— Queres matar-nos? Enlouqueceste de vez. — disse eu e comecei a ficar em pânico.
— Enlouqueci? Não meu amigo, tu não sabes o que é loucura mas vais descobrir agora. — respondeu Xavier e aproximou-se da porta.
Maya e os outros alunos colocaram-se atrás de mim e de Richard a pensar que os podíamos proteger.
Xavier toca na porta e diz:
— Illusio! Cincinno porta!
Maya soltou uma interjeição e correu para a porta sendo a tirada para trás com a força da magia.
— AHAHAHAH. Olha eles a correrem para a porta Xavier estão a tentar sair... Que engraçados. — disse o Rui, depois olhou para mim e disse. — Devíamos aquecer um pouco as coisas não achas? Estou curioso para ver o que estes fazem agora. — concluiu Rui com uma gargalhada.
Xavier riu-se em alto e bom som e lançou a sua magia.
— Calesca! — disse Xavier apontando para a sala.
Assim que lançou o feitiço um calor sufocante invadiu a sala, quase não dava para respirar, comecei a suar muito e ao encostar-me à parede para me apoiar queimei-me.
Olhei para a mão e tinha uma queimadura grave, quando olhei para a porta já não havia sinal nem de Xavier nem de Rui.
Comecei a entrar em pânico porque percebi que nos tinham abandonado aqui a todos para a morte.
— Maya! Tu sabes que magia é que eles lançaram? — pergunto eu.
— Estamos camuflados Tobias. Não há nada que possamos fazer... — disse ela a começar a respirar pesadamente.
O pânico que eu sentia devia passar com toda a certeza para a minha cara mas tentei controlar-me o melhor possível.
Eu sabia que não tinha como ninguém nos ajudar porque estávamos camuflados a não ser que mandássemos um sinal.
Fui a correr ter com Richard que tentava segurar a irmã que estava a ferver e já quase a desmaiar e disse:
— Richard temos de unir os nossos poderes e explodir com a parede. É a única forma de chamarmos a atenção de que estamos aqui.
De repente ouço passos da parte de fora e vejo Isabella.
— Que estranho... Jonathan e Alice disseram para os vir buscar mas não está ninguém aqui... — disse Isabella. — Bem devo tê-los perdido por pouco. Vou procura-los. — concluiu ela e começou a ir embora.
— Isabella! — gritou Richard.
— Richard pára. Não vale a pena. Não gastes as tuas forças! Precisamos de nos unir. — pedi eu.
Olhei a volta e disse:
— Vão todos para o canto mais longe da porta e ponham as mesas em modo defensivo. Não queremos que o impacto da força dos nossos poderes vos magoe. É a única forma de sairmos todos vivos daqui.
Nós ajudamos a pôr uma espécie de muralha protetora com as mesas e cadeiras e já fracos demos as mãos e ficamos de frente para a porta.
— Já sabes Richard, foca-te na raiva que sentes pelo Xavier e no sofrimento que ele te está a fazer passar neste momento. — disse eu com a voz a arrastar, eu não sabia se isto ia resultar porque sentia que estávamos demasiado fracos, mas o objetivo era chamar a atenção de Isabella e se ela visse a porta da sala voar ia achar estranho e ia tentar perceber o que estava a acontecer.
Juntos focámos todas as nossas energias na raiva e uma grande fonte de energia levantou-se em nós e explodiu para a frente, a porta voou para fora e por um tris não acertou na Isabella.
Ela voltou a correr para a sala e rapidamente entendeu o que se estava a passar quando viu o que se passou a seguir.
O que nós não esperávamos com a explosão do nosso poder era que a barreira que Xavier tinha posto à volta da sala ricocheteasse.
Só tive tempo de pensar na amizade pelo Richard e todos os outros e uma bolha de proteção formou-se à nossa volta fazendo com que a energia explodisse o teto da sala.
Um pouco de ar fresco entrou pela abertura do teto e nós conseguimos finalmente respirar.
Já várias pessoas se encontravam na porta a olhar sem entender e sem compreender o que se estava a passar.
Isabella tentou entrar mas foi tirada para trás tal como Maya tinha sido.
— Meus Deus! Saiam da frente! Há alunos fechados aí dentro! — grita Isabella com raiva.
Todos se afastaram devido à raiva que sentiram na voz dela e disse:
— Finem Augurium!
Percebi rapidamente que Isabella tinha retirado todos os encantamentos, uma vez que, já não sentia tanto calor como antes e devido às expressões de horror que vi na cara de todos à nossa frente, percebi que todos nos viam quase desmaiados dentro da sala.
— Meu Deus! Tobias! Richard! O que aconteceu? — pergunta Isabella que entra a correr dentro da sala.
— Não toquem nas paredes nem no metal, está a ferver. Tivemos aqui fechados bastante tempo com um calor sufocante, há alguns colegas que desmaiaram, eles estão ali barricados atrás das mesas. — expliquei eu a um dos adultos que passava por mim.
— Não te preocupes. O calor já passou. Eu acabei com toda a magia aqui presente nesta sala. Vocês estão a salvo. — respondeu Isabella.
— Eles estão desidratados, tragam água. Rápido! — disse um senhor atrás de mim que tirava as mesas e cadeiras do caminho de modo a chegar à restante turma.
— A salvo? Olha à tua volta Isabella! Parece-te mesmo que estamos a salvo? — pergunto eu irritado.
Maya estava desmaiada juntamente com mais seis colegas e eu queria vingança.
Eu levantei-me para ir atrás do Xavier mas fui parado por Isabella.
— Nem penses. Não vais sair daqui sem te hidratares. Tu estás com uma expressão de raiva na tua cara Tobias. Vingança não serve de nada. Não faças nada de estúpido. — avisou ela.
Isabella olha para o tecto e pergunta:
— Porque raio destruíram o teto?
— Não foi de propósito como podes imaginar. — respondo eu irritado.
Um copo de água foi-me entregue e eu bebi-o na hora e percebi que realmente precisava de mais para ficar bem.
— Desculpe... É possível ter mais? — pergunto eu ao senhor.
O senhor sorri e dá-me mais três copos de água.
Finalmente Sentia-me hidratado mas a raiva continuava a borbulhar dentro de mim mas decidi não agir.
Depois de todos estarmos fora da sala e hidratados fomos para casa ainda abalados e deixámos os mais velhos a trabalharem na destruição e na confusão causada dentro da sala.
Xavier tinha como objectivo matar os garotos.
Os alunos da turma agora vêem no Tobias e no Richard a salvação para todos os problemas.
Jonathan e Alice enviaram Isabella para ver dos miúdos, significa que estão a tentar manter a palavra de os manterem a salvo só que chegou tarde demais.
Será que Tobias vai ter a sua vingança?
Vamos ver no próximo capítulo!
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Atualizado até capítulo 75
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