Capítulo 5

- Oi? Mas mãe... Como assim? A nossa vida toda está aqui! Vamos para onde?? Quando?? - pergunto eu chateada e reparo que o Luís olha para mim com ar preocupado.

Ele sai do meu campo de visão quando a minha mãe arranca e eu sinto o meu coração despedaçar.

- Filha, o teu pai vai ser gerente de uma empresa vai ganhar muito dinheiro, vamos subir na vida. - responde a minha mãe.

- E agora? Quando vamos? Eu não quero! Um país novo! Tudo de novo mãe! Sabes o quanto é difícil arranjar novas amizades? Eu sou introvertida, eu não me dou muito com as outras pessoas! Nem quero imaginar ir sozinha para algum lado. - digo quase a chorar.

Sinto o meu telefone vibrar e vejo que é o Luís.

- Filha, vai correr tudo bem vais ver. Vamos estar todos juntos. - diz a mãe sem muitas certezas.

- Ah mãe, por favor! Queres enganar quem? Nem tu acreditas nisso! - respondo revoltada.

- Não há nada a fazer Débora, portanto começa a habituar-te à ideia porque no final desta semana já vamos estar lá. - diz a minha mãe com tom de voz severo.

Eu começo a chorar e decido responder ao Luís.

- Deby o que aconteceu? - pergunta Luís na mensagem.

- A minha mãe acabou de informar-me que vamos sair daqui. O meu pai recebeu um aumento e vamos ter de nos mudar. - respondo eu em meio de lágrimas.

- Agora?? Não achas estranho estarmos os dois a ir embora exatamente na mesma altura? - pergunta ele.

- Já sabes quando vais? Eu vou já no final da semana. Acreditas?? No final de semana! Nem dão tempo de acabar os estudos. - digo eu desesperada.

- Ainda não sei. Sabes para onde vais? - pergunta Luís.

- Não, ainda não... - respondo eu.

- Não fiques assim Deby. Se quiseres vou ter a tua casa... - diz ele.

- Não podes, vou ter de arrumar tudo até sexta-feira. - respondo infeliz porque na realidade o Luís era a companhia que eu mais queria neste momento. - Vou ter de ir, falamos mais logo.

Um peso começa a entrar no meu peito e sinto dificuldade em respirar. Começo a arfar com a dificuldade em respirar e a minha sorte é que já estávamos quase a chegar a casa.

- Débora, o que se passa? Estás a ter um ataque de ansiedade? - perguntou a minha mãe preocupada.

Ela parou o carro à porta de casa e eu saí do carro a correr para entrar em casa e no meu quarto.

Sentia o meu mundo desmoronar e entrei no quarto à pressa, tranquei a porta, coloquei os fones e fiquei abraçada às pernas sentada no chão à espera que o sentimento de pressão no meio do peito se fosse.

Medo do desconhecido, medo do bullying, medo de viajar, tudo isso se acumulou de repente na minha vida e nas minhas costas.

Ouço alguém bater na porta, mas mantenho-me nessa posição com as lágrimas a escorrer pela minha face, a minha vida ia mudar para pior e a única coisa que eu ia conseguir fazer era assistir.

*****

Capítulo tenso este.

A mãe de Deby não consegue notar a infelicidade da filha e o que isto pode causar.

Será coincidência tanto Luís quanto a Deby irem viajar na mesma altura?

Para onde será que eles vão?

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