Ouço um barulho irritante vindo do meu lado esquerdo e suspiro.
Droga de despertador, penso eu para mim mesma enquanto o tento desligar.
Consigo tocar no telefone e desligar o despertador, mas passados dez minutos ele volta a tocar e decido levantar-me.
- Ah! Segunda-feira! Primeiro dia de aulas, o inferno chegou! - digo eu irritada.
- Filha!!! Levanta-te! Despacha-te! Vai tomar banho e veste-te! - grita a minha mãe do andar de baixo.
- O inferno chegou mesmo. - digo eu para os meus botões e reviro os olhos para o tecto.
Pego na toalha de banho que estava pendurada num cadeirão no fundo do meu quarto e vou tomar um banho bem demorado ao som de música.
- Débora sai imediatamente do banho! Não te quero a chegar tarde no primeiro dia de aulas do segundo período! - grita a minha mãe a bater na porta da casa de banho.
- Que chata... - digo eu irritada.
Acordar cedo nunca foi o meu forte e fico sempre de mau-humor quando isso acontece.
- Já vou mãe! Tenho tempo! - grito eu da casa de banho enquanto seco o cabelo.
- Vou preparar a tua roupa e o teu pequeno-almoço, então. - responde ela.
- Eu gosto de escolher o que vestir mãe! - irrito-me eu.
- Tivesses acordado mais cedo. - grita ela de volta.
Eu reviro os olhos para o meu próprio reflexo e ao ouvir a minha mãe descer as escadas solto um grito de raiva.
Assim que acabo de secar o cabelo prendo-o com um carrapito e vou vestir-me.
Felizmente a minha mãe tem o mesmo gosto que eu e escolheu umas calças pretas com uma camisola branca de gola alta e botas pretas felpudas.
Assim que desço as escadas a minha mãe olha para mim com um sorriso e o meu pai já saiu para o trabalho.
- O pai já saiu? Nem esperou para me dar um beijo de bom dia e boa sorte nas aulas. - digo eu triste e desanimada.
- O teu pai não podia esperar Débora. Sabes que ele está quase a receber a promoção, se se atrasar pode não a receber. - explica a minha mãe. - Filha não fiques triste e já agora, estás linda. - conclui ela com um sorriso que me contagia na hora.
- O que há para pequeno-almoço? - pergunto eu feliz.
- Assim está melhor. Fiz torradas, não sabia se preferidas os cereais, mas como já está tarde fiz algo mais rápido. - respondeu a minha mãe.
- Sim mãe, agora vou andando para a escola. - digo eu a despachar.
- Nada disso filha. Eu vou-te levar à escola e depois sigo para o trabalho. - responde a minha mãe com um sorriso gigante no rosto.
Seguimos para a escola que, na verdade fica a cinco minutos de carro, o que veio a calhar porque já estava mesmo em cima do toque de entrada.
Eu olho para o portão verde da escola sem vontade nenhuma de lá entrar, porque sinto que algo de muito errado está prestes a acontecer...
- Bom dia Deby! - diz uma voz atrás de mim e eu sinto os meus músculos todos a ficarem tensos por reconhecer a voz atrás de mim...
*****
Começamos com uma nova história!
Temos uma jovem no início do segundo período letivo que odeia a escola, quem aí sente o mesmo?
Pai ausente em trabalho e mãe galinha, combinação perfeita.
O que será que a Deby sentiu? O que será que vai acontecer?
Quem será que a pessoa que lhe falou e que fez com que toda ela ficasse tensa?
Fica comigo para mais capítulos!
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 75
Comments
Mari Nascimento
essa pessoa me parece boa
2023-09-08
0
Mari Nascimento
até aí tudo bem
2023-09-08
0
Mari Nascimento
magia é algo surreal
2023-09-08
0