Capítulo 4

Enquanto trabalhava , Fernanda aquele dia estava com os nervos à flor da pele, pois ainda pensava no brutamontes que praticamente a atacou no vestiário das funcionárias do hospital e mesmo morando em um lugar dominado pelo tráfico e cercado de violência ela nunca foi abordada por um homem daquela forma atrevida que foi atacada por ele. Porque por lá todos a respeitavam.

Fernanda não parava de pensar quem era ele por que ela nunca o tinha visto por lá se ele trabalhasse no hospital certamente ela já teria o visto.

Depois ela pensou que talvez nunca tenha o visto porque havia sido contratada recentemente graças a sua melhor amiga que era sua vizinha e lhe falou sobre o emprego e ela era muito grata ela por isso, pois tinha acabado de ser demitida por ser assediada pelo seu chefe onde trabalhava também na limpeza e acabou despejando um balde de água suja nele quando ele lhe ofereceu dinheiro para ir para cama com ele. Por ser muito bonita e atraente Fernanda sempre chamava muita atenção mais do que queria e isso acabava se tornando um problema para ela.

Fernanda parou de pensar um pouco e se concentrou em seu trabalho passando pano no imenso corredor do hospital onde as pessoas não respeitavam o seu trabalho e continuavam a circular por lá a fazendo toda hora ter que refazer o seu serviço mesmo com o aviso que o piso estava molhado.

Algumas das mulheres ricas e de nariz empinado até viravam a cara para ela quando passavam ou lhe olhava com desprezo como se ela fosse um ser muito inferior a elas só por trabalhar na limpeza e não ter o mesmo dinheiro e posição que elas. Mas muitas que estavam acompanhadas a olhava com raiva por que mesmo com o uniforme do hospital e os cabelos longos e ondulados escondidos embaixo de uma toca Fernanda chamava a atenção de seus acompanhantes.

Ela estava terminando agora sua tarefa esperando todos passarem olhando distraidamente para elas quando ela olhou para um dos corredores e logo reconheceu o homem que a atacou vindo em sua direção mais dessa vez ele não estava com as roupas caras que ela havia visto ele antes estava com um conjunto de moletom escuro que parecia um pouco apertado nele, mesmo assim com aquelas roupas informais ele continuava lindo e muito atraente.

___Fernanda. Não é? É esse o seu nome. Disse ele olhando para seu crachá com um sorriso charmoso quando se aproximou dela como os outros pisando no chão que ela acabou de limpar, mas seus sapatos estavam limpos e não marcaram o chão como das outras pessoas.

___Sim. Mas eu vou avisar logo se me agarrar novamente como fez no vestiário eu vou acertar sua cabeça com essa vassoura. Disse Fernanda desconfiada e apreensiva olhando para ele.

___Não. eu não vou agarrá-la.Eu supus que já que trabalhava na limpeza estaria trabalhando em um dos corredores por isso vim até aqui para me desculpar com você. Prazer Doutor Alessandro Alves Sanches. Seremos colegas de trabalho porque a partir de amanhã eu também farei parte do quadro de funcionários do hospital. Disse ele sorrindo estendendo a mão para ela e Fernanda ao ouvir ele dizer o sobrenome dele ficou mais apreensiva do que já estava e agora preocupada porque com certeza seria despedida porque pelo sobrenome que era o mesmo nome do hospital ela logo deduziu que ele era um dos donos dali, mas mesmo com medo de perder o emprego ela não se arrependia de tê-lo agredido porque ela só fez isso para se defender dele porque ele a agarrou e sua honra estava em primeiro lugar. Ela ficou indecisa se apertava ou não a mão grande dele estendida para ela e então tirou uma das luvas e resolveu apertá-la.

___Nossa ! Sua mão está gelada. Isso tudo é medo de mim? Não precisa Fernanda.Eu já disse que não vou agarrá-la eu só agi daquela forma porque exagerei na bebida e acabei me portando muito mal com você. Pode não acreditar pelo modo que me portei com você, mas eu nunca fiz isso antes. Agarrar uma mulher sem a permissão dela ou sem ter certeza que era isso que ela queria. Disse ele segurando por um bom tempo a mão delicada dela que sumiu em contato com a mão grande como dele.

___Porque não diz logo que verificou a minha ficha e descobriu o meu nome e veio aqui para me despedir. Sinceramente seria mais honesto de sua parte ao invés de vir com essa conversa que veio aqui se desculpar. Homens ricos como o senhor sempre acham que podem fazer tudo que quiser e que garotas como eu temos que aceitar isso. Disse Fernanda com seu jeito franco de ser e dizer tudo que pensa tirando rapidamente a mão da dele como se uma corrente elétrica percorresse seu corpo e a fizesse se sentir muito estranha e excitada de uma forma que nunca se sentiu na presença de um homem por mais bonito e atraente que ele fosse.

___Garotas como você? Para mim você já deixou de ser uma garota há muio tempo ainda mais depois do que vi hoje cedo. Disse Alessandro com um desejo indisfarçável olhando para ela.

___Desculpe o que eu disse. Outra vez estou sendo indelicado com você. Você é muito desconfiada e franca também, diz o que pensa eu gosto disso. Mas eu não vou despedi-la e nem tenho poder para isso. Disse Alessandro olhando em volta e notando que todos que o conhecia funcionários dali e alguns pacientes que frequentavam o hospital estavam olhando muito para os dois com certeza se continuassem conversando ali eles seriam alvo de mexericos e do jeito que ela ficou quando também notou isso, ela pensou o mesmo.

___Será que podemos conversar na minha sala.Eu lhe dou a minha palavra que vou manter uma distância segura de você e principalmente não vou agarrá-la. Disse Alessandro agora com as mãos nos bolsos do moletom olhando com um sorriso gentil para ela.

__Mas eu não posso largar o meu trabalho para conversar com o senhor eu preciso muito desse emprego e não quero dar motivos a minha supervisora para ser demitida por justa causa. Disse Fernanda envergonhada vendo que ela agora era o centro das atenções.

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