( Não mexa com o que você não conhece. Isso pode acabar mal... Muito mal. H.S.)
Magnus primeiramente vê tudo turvo à sua frente.
Nota pessoas no seu santuário e um segundo depois, desperta totalmente com com o cheiro estonteante de carne fresca nas narinas.
"Que cheiro maravilhoso!"
Não apenas ele está deliciado com o aroma que emana daqueles homens, mas a sua esposa Cíntia, seu filho Olavo, que já está na fase adulta e a caçula, Pérola, que ainda está na adolescência e ávida por uma suculenta carne também despertam.
Porém, como acabam de acordar do sono profundo, não têm chance de reagir.
Foram amarrados.
Os olhares se cruzam, num cúmplice pensamento de deixarem os humanos agirem com a normal insensatez.
Iam se permitir ficar presos, por enquanto.
Dali a três dias do tempo da mansão na superficie da ilha, surgirá a lua sangrenta. Momento propício para que a verdadeira identidade deles viesse à tona.
Voltariam a ser krorobos. Monstruosos cães de três cabeças, comedores de carne.
Magnus firma os olhos nos bandidos.
Sabe que aqueles homens que invadiram a mansão, não fazem parte do banquete, mas não tem problema. Muito pelo contrário.
Podiam ser excelentes aperitivos, assim que chegasse a hora.
Até porque está farto de fazer dieta.
Farto de toda e qualquer regra e não é aquele grupo de criminosos que vai impedi- lo de mais uma vez ter um banquete bem-sucedido.
Magnus avistou a sua família.
Aos poucos, os outros membros vão recobrando as forças.
O processo não é demorado, mas lembra que todas as vezes, ele os recebe com uma vigorosa lambida para despertarem mais rápido.
Cíntia e os filhos estão presos, mas
como é de se esperar, nenhum se preocupa com o fato de estar nas mãos daqueles bandidos.
Eles é que devem se preocupar, mas para variar, deixa pensarem que estão diante de uma mera família vítima de um assalto.
Othan expressa frieza ao se aproximar dele.
— Você tem uma bela casa. Adorei tudo ... Especialmente o ouro que creio ter mais por aí, e claro, as joias!
Magnus não se intimida com o desdém do estranho. Enfrenta-o com o olhar e mantém-se calado. Othan se surpreende com o audacioso gesto.
Primeira vez se vê diante de uma vítima intrigante. Podia afirmar que ele o olhava como se fosse uma presa. Aquilo é estranho, mas ia mostrar àquela família quem mandava ali.
— Você não gosta de conversar? Gosto quando me deixam a par de tudo... À propósito...Você tem uma bela família e seria uma pena se levar a culpa, caso "acidentalmente" eu e meus homens acabem com eles.
Magnus esboçou um sutil sorriso zombeteiro.
"Que idiota! Esse humano acha que está no comando. Está ferrado!"
— Você pode ficar à vontade e levar o que quiser... Só não mexa com a minha família. Estão convidados para o meu banquete!
Por aquela resposta tranquila, Othan não espera. Acha estranha a atitude daquele pai de família.
Normalmente, ao fazer ameaças, ouve as lamurias triviais, implorando pela vida dos familiares , regados a muitas lágrimas, mas receber um convite para um banquete? Só pode ter veneno na comida.
— Banquete? Ora...Outras pessoas virão aqui? Surpreendente!
— Sim... Meus convidados! — Magnus delata as narinas novamente. — E já chegaram.
Os olhos de Othan brilham. Vira- se para os seus homens e comenta:
— É galera! Tá melhor do que eu pensava! Teremos festa!
Mac, um dos comparsas, bem grandalhão, deu uma ideia:
— Podíamos fazer de conta que somos os anfitriões. Assim conhecemos cada um para selecionar as transações.
Lupan, o todo tatuado e hacker, acrescentou:
— Talvez tenham uma lista. Posso agilizar investigando a vida de cada um. Cadê o sistema de câmeras?
Olavo, o filho mais velho de Magnus, que até então, só ouvia, explicou:
— Não temos lista, nem tecnologia. Preferimos usar métodos mais simples.
Othan pôs uma das mãos no queixo. Não lembrava de ter perguntado algo para aquele " moleque".
— Ah, não! Bom, eu também usarei métodos mais simples para mostrar que agora você me irritou. Com tanta riqueza e não ter um simples wi-fi? Inconcebível!
Ele olha para o lado. Fixa em Tony que é um cara bombado, que luta boxe nas horas livres.
— Ô, Tony!
— Sim, chefe!
— Mostre a esse "fedelho" que não deve abrir a boca, quando os msis vrlhos falam...A menos quando eu mandar! Só que não foi isso que aconteceu!
O homem se aproximou e antes de nocautear Olavo, falou:
— Você é sem dúvidas o moleque mais burro que já conheci!
Olavo o fitou, zombeteiro. Aquele gesto foi a gota d'água.
Cíntia e Pérola gritam, enquanto o rapaz leva um soco certeiro e ele desmaia.
Othan fica satisfeito e olha em direção à matriarca que tem a fisionomia tomada pela raiva.
Ela tem tanto ódio que é capaz de arrebentar as cordas e devorá- los sem mesmo se transformar numa krobor.
— Vocês irão se arrepender amargamente por baterem em meu filho!
Ele achou interessante a mulher raivosa tentar defender o filho, mesmo em desvantagem.
— Cala a boca... Vagabunda!
Ela arregalou os olhos diante da ofensa e olhou automaticamente para o marido. Magnus a forçou no olhar a baixar a guarda. Tudo tem sua hora certa.
Othan, indiferente ao que está acontecendo entre ele, retoma:
— Bom, hoje estou tão timista que ainda não vou matá-los....— Dá ordem aos comparsas: — Mac e Lupan: Vocês ficam aí. Enquanto isso, vou causar o pânico ali nos convidados. Me acompanhe, Tony!
O boxeador que ainda acariciava a mão, após bater em Olavo, endireitou o corpo e saiu.
Mac e Lupan, continuam a humilhar e a ameaçar a família Hut, que prefere agora se manter em silêncio, aguardando o momento de acabar com eles.
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Atualizado até capítulo 76
Comments
Márcia Jungken
Magnus é bem exigente 🤣🤣🤣🤣🤣
2023-09-14
2
Ana Cristina
Só quero ver o quanto são valentes quando virem os pets 🤣🤣🤣🤣
2023-07-14
2
Ana Cristina
Vai por mim otário, nunca irrite uma mãe
2023-07-14
1