Capítulo 11

Raquel, ao ver que o Lobisomen havia se acalmado, sorri.

— Agora tenta voltar à sua forma normal, Damon — pede gentilmente, olhando fixamente para ele. Vira-se para a porta ao ouvir que estavam batendo. Amaldiçoa mentalmente — Eles chegaram.

Raquel sorri ao ver como as mãos do rapaz estavam voltando ao normal e, pouco a pouco, seu corpo também, e, sem esperar, pega a mão de Damon, por fim a roupa, para pular em direção à janela com ele. Felizmente, caíram em um monte de grama e flores. A garota fica quieta, deitada no chão, ouvindo a porta do seu quarto se abrir com um estrondo.

— Ela não está.

— Sua Alteza, asseguro-lhe que vi a princesa junto com o príncipe, e-eles estavam abraçados — Raquel, que ouvia tudo, franze a testa. Definitivamente, aquela era Lia.

"Maldita servente. Definitivamente, você vai pagar", amaldiçoa. Ela já percebeu que Lia não era alguém em quem podia confiar.

— Pois não há nada — o imperador olha para a criada com raiva. — Não me faça perder meu tempo — Sem mais, o homem vai embora irritado, enquanto a imperatriz olha para Lia furiosa.

— Sabe que, por sua culpa, minha filha não poderá se casar? Como ousa dizer que ela estava abraçada com aquele bastardo? — Lia abaixa a cabeça sem poder dizer uma palavra, enquanto a imperatriz vai embora irritada, assim como o imperador.

Enquanto isso, ao ouvir que todos haviam ido embora, Raquel se levanta de cima de Damon, já que, ao caírem na grama, ela acabou em cima do rapaz.

— Já foram — desvia o olhar, ao perceber que o albino não estava vestido. — Toma — entrega a roupa que havia conseguido pegar. Ele a pega para se vestir sem questionar, para depois olhar para Raquel — O quê?

— O-obrigada — sussurra olhando para a garota, que se aproxima apoiando as mãos no ombro dele.

— Eu não sabia que você era um...

— Lobisomen — completa a palavra, enquanto Raquel assente, embora esteja bastante confusa, já que o romance nunca mencionou esse acontecimento sobre Damon.

— F-foi surpreendente.

— Por que você me ajudou? — olha Raquel fixamente nos olhos, em busca de algum sinal ou algo assim.

— Eu te disse, Damon, quero reparar meu erro, por ter feito tudo aquilo com você no passado, especialmente eu.

— Reparar seu erro? — Raquel assente. — Sabe como detesto ouvir essas palavras da sua boca.

— E-eu...

— Mas, mesmo assim, é surpreendente ver a princesa arrogante tentando se desculpar. — Raquel olha para o rapaz surpresa ao sentir que ele a pega pela cintura. — Diga, princesinha — o albino sorri de lado para fazer Raquel se sentar em seu colo, surpreendendo a garota.

— Damon...

— De que forma você está disposta a pagar por seu erro, como diz?

— Você... O-o que você quer? — pergunta olhando fixamente para o rapaz.

— Você me daria tudo o que eu quisesse?

— E-eu...

— Responda, princesinha.

Apertando o ombro de Damon, Raquel o olha hesitante. Sem dúvida, o ódio do rapaz por ela era puro.

— Bem, eu te darei o que quiser, embora saiba que você realmente nunca deixará de nos odiar, a mim e a toda a família real. E, para dizer a verdade, acho que merecemos seu ódio — olha fixamente para Damon.

Ele tenta afastar Raquel e tirá-la de seu colo, mas a garota não o deixa.

— Agora me diga, Damon, o que você realmente quer de mim?

— Não quero nada — olhando fixamente para Raquel, responde secamente. — Não quero nada de você e muito menos da sua família.

A garota arqueia uma sobrancelha, sorrindo.

— Tem certeza de que não quer nada de mim? — roça os lábios nos do rapaz.

— Eu tenho cer- — Raquel não o deixa terminar ao selar seus lábios em um beijo profundo.

Ela havia entendido perfeitamente que, se realmente quisesse se salvar da morte, não só teria que buscar o perdão de Damon ou curar seu coração, se ela realmente quisesse viver. Definitivamente precisava do coração do rapaz. Precisava que Damon a tivesse em seu coração.

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