capítulo 18

— Eu também te achei parecida com ela quando te vi pela primeira vez — digo para ela um pouco pensativo.

Nós dois ficamos em silêncio por alguns segundos e do nada veio aquela vontade enorme de sentir seus lábios novamente contra o meu do mesmo jeito que eu havia sentido há meses atrás, então de repente eu tive uma ideia, o que pode ser meio mirabolante, mas pode dar certo.

— E se você e a sua mãe se mudarem para minha casa? — perguntei para ela com um sorriso em meu rosto.

Eu faria de tudo para manter ele a minha vida por perto e se isso significava chamar a mãe dela para morar na minha casa também com toda certeza eu chamaria.

— Eu não sei — Lili falou me olhando um pouco confusa e sem jeito.

E como eu não queria pressionar ela em nada disse para pensar e até conversar com a mãe dela se fosse o caso, mas que eu queria participar de perto da criação da nossa filha disso eu nunca abriria mão ela balançou a cabeça em confirmação Lily fez uma expressão de dor com toda certeza os pontos da cesariana de emergência estavam doendo porque ela fez esforço demais em um só dia.

— Vamos que você tem que descansar — digo para ela pousando levemente a minha mão em sua coluna.

— Eu estou bem — Lily falou revirando os olhos enquanto caminhávamos pelos corredores do hospital.

— Não tem nem 24 horas direito que você fez uma cesariana de emergência — digo para ela de um jeito calmo.

— Nem me lembra disso que eu ainda me sinto a mãe de bosta por não ter a capacidade de carregar a minha filha dentro do meu útero — Lily falou de um jeito melancólico.

Paramos por alguns segundos, ela me olhou e eu via a tristeza estampada em seus olhos azuis.

— Não ter terminado de gerar ela não te faz ser menos mãe, não se culpe por uma coisa que você não tem culpa, se Deus permitiu que ela viesse ao mundo tão pequenininha é porque ele tinha algum propósito — digo para ela tocando o seu rosto.

Ela ficou me olhando absorvendo com certeza tudo que eu disse para ela, pois Lily não tem culpa do nascimento da nossa filha ter se antecipado e eu tenho fé que a nossa pequena Hope vai sair dessa e vai dar muitas alegrias nós dois ainda ficamos algum tempo nos olhando e eu sentia aquela necessidade de estar sempre perto dela, nossas bocas estavam tão próximas uma da outra e mais um pouquinho tenho certeza que um beijo aconteceria não que eu não quisesse que isso acontecesse, mas preferiria que fosse de um jeito mais calmo e que não estivéssemos em um hospital.

— Obrigada pelas palavras — Lily falou com um sorriso em seus lábios.

— Eu não quero que você se sinta mal por algo que era inevitável — digo para ela com um pequeno sorriso.

— Isso é inevitável — foi tudo que ele falou.

Continuamos caminhando pelos corredores do hospital até chegarmos em seu quarto entramos e ajudei ela a se deitar logo em seguida uma enfermeira apareceu para trocar os curativos da cesariana então me despedir dela e caminhei até a porta quando eu toquei na maçaneta ela me chamou me virei e vi que a enfermeira havia acabado e agora estava possivelmente aplicando algum remédio na veia.

— Fica — Lily sussurrou tão baixo que eu quase não escutei.

— Tudo bem — digo para ela me virando e chegando mais perto.

Puxei a cadeira e me sentei perto da sua cama ela estava meio sonolenta então creio que rapidamente ela pegaria no sono devido ao remédio nós ficamos conversando sobre algumas coisas fúteis e a cada segundo ela bocejava seus olhos ficavam mais pesados e quando ela estava quase dormindo me surpreendi pelo fato dela ter pegado na minha mão fiquei olhando para as nossas mãos juntas por alguns segundos quando olhei novamente para ela para falar alguma coisa vi que ela tava dormindo então permaneci assim com as nossas mãos unidas e pensando que o futuro tinha reservado para a gente?.

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