Vou de encontro com a guerra

Os pensamentos de Hakon estavam uma bagunça pensado no que falar para o seu pai enquanto ele caminhava em direção ao trono. Ele esperava que Herald pudesse compreender sua decisão, mas sabia que as chances eram escassas. Herald sempre fora um homem de ação, prático e direto, e a ideia de seu filho se demorar um mês antes de se juntar à luta poderia não ser bem recebida.

Herald levantou o olhar de um mapa espalhado sobre uma grande mesa de madeira ao lado de seu trono assim que Hakon se aproximou. Seu olhar se fixou em Hakon, e por um momento, o jovem sentiu-se como um garoto de novo, prestes a ser repreendido.

— Pai, precisamos conversar — começou Hakon, tentando manter a voz firme.

Herald assentiu, indicando para Hakon seguir em frente.

— Eu... — Hakon hesitou, buscando as palavras certas. — Eu quero ajudar na guerra, eu vou ajudar. Mas eu preciso de um mês para... resolver alguns assuntos — Diz Hakon tentando esconder o fato de saber magia.

Herald ficou em silêncio por um longo momento, olhando para Hakon. Então, para a surpresa do jovem, o homem soltou uma risada profunda e sonora.

— Meu filho tem estado bem ocupado não é? me pergunto que assuntos seriam esses — disse Herald — Tudo bem, faça o que você quiser, claro, depois daquilo que eu vi no campo de batalha sua ajuda séria muito útil na guerra mais não é como se a situação fosse urgente — Afirma Herald dando uns tapas no ombro de Hakon.

Hakon relaxou, aliviado. Ele não esperava uma aceitação tão fácil. Mas a expressão de Herald logo se tornou séria novamente.

— e pai, eu ouvi uma coisa da Emily —

— o quê? — pergunta Herald.

— que você quer me apresentar para a princesa do império, a irmã da Eliza — fala Hakon desconfortável.

— Ah! Isso? — Herald começa a rir — era brincadeira filho, eu sei que vocês dois estão juntos — sussurra Herald perto do ouvido de Hakon.

— Você sabe? Quero dizer, não do que o senhor está falando... — diz Hakon disfarçando.

— Garoto, eu sou o chefe da tribo, eu sei de tudo o que acontece nessa ilha mais vou logo lhe avisando, eu quero muito netos ein — diz Herald rindo.

Hakon fica envergonhado, Herald para de rir após um tempo e os dois se despedem, Hakon sai do salão e caminha pela vila e vê todos arrumando as suas coisas, alguns pegavam o máximo de armas que podiam, outros pegavam as suas mobílias valiosas e colocavam em carroças e as empurravam para a praia aonde permanecia alguns navios do império que haviam chegado para levá-los, e tinha até mesmo gente carregando ovelhas, porcos e até galinhas para os navios mais esses obviamente os guardas não deixavam entrar nos navios. Hakon chega na casa de Emily, e ela se encontra parada em frente a sua própria casa como se estivesse esperando por Hakon.

— Como foi? O seu pai deixou você ficar? — pergunta Emily se aproximando de Hakon.

— Sim e foi estranhamente fácil até — Diz Hakon percebendo a decepção no rosto de Emily após a sua resposta — Você queria que ele disse não né? — pergunta Hakon com um sorriso.

— é claro, vamos ter que ficar mais um mês separados, eu queria que você viesse comigo — Diz Emily pegando na mão de Hakon.

— não se preocupe, um mês passa em um piscar de olhos — Diz Hakon com um sorriso caloroso.

Ao terminar de falar, uma trombeta é ouvida vindo da praia.

— está na hora de ir... — Diz Emily deprimente.

Os dois se beijam uma última vez e logo Emily vai para o seu navio, e Hakon, sobe em cima de uma casa e vê todos desaparecendo no horizonte junto com o sol. A noite caí e Hakon vai para sua casa e adormece na sua cama com Biki ao seu lado pronto para dar tudo de si no treinamento nesse próximo mês.

DOIS MESÊS DEPOIS.

Na ilha de Nevis, em uma noite escura um brilho roxo ilumina a floresta da ilha, o brilho parece se mexer, numa velocidade incrível, de um lado da ilha o brilho atravessa a ilha até o outro lado em segundos e sobe até o topo da montanha mais alta da ilha e lá no topo o brilho cessa revelando uma pessoa.

— e lá se vai mais um par de botas pro lixo — diz Hakon tirando as suas botas que estavam pegando fogo e a jogando para longe, no topo Hakon vê toda a ilha e percebe o sol nascer.

— A Emily e o pai vão me matar... estou atrasado um mês... — diz Hakon suspirando e coçando uma pequena cicatriz na sua bochecha que ele havia ganhado a algumas semanas lutando com uma serpente do mar.

Biki pousa na cabeça de Hakon bagunçando o seu cabelo.

— acho que está na hora de irmos para guerra também Biki — diz Hakon que logo desce a montanha normalmente.

Ele arruma as suas coisas (algumas roupas, seu arco e adaga) e vai para a praia aonde o seu pequeno barco o espera, e no horizonte Hakon vê um pássaro se aproximando dele com um bilhete na pata, Hakon reconhece o pássaro, era o pássaro de Eldur, Hakon pega o bilhete e o lê.

" Hakon eu pesquisei algumas coisas aqui na ilha sobre aquilo que você me contou, sobre aquela garota, levou um tempo porquê as informações eram muito poucas então levou um tempo para eu entender do que se tratava e o assunto é meio complicado para explicar sobre em apenas uma carta e também preciso que você traga a garota para eu ter certeza que é isso que estou pensando que é.

Ass: Eldur"

Hakon suspira pesadamente e preocupado, ele sobe a bordo do seu barco e começa a navegar para o continente principal.

Descubre qual dos impérios vencerá a guerra, descubre o que Emily tem e veja o que mais aguarda Hakon no próximo livro "A ascensão de um viking e a guerra imperial".

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