A mãe de Ella, minha então sogra parece surpresa para não dizer contrariada já o homem ri de um jeito debochado.
— Esposa? seu irmão não se casaria sem que eu fosse previamente avisada.
— Se cassou, e me arrisco a dizer que não teria feito melhor escolha, Sierra é um doce.
Sorrio para ela, a mulher de cabelos loiros e pele muito bem cuidada toca meu rosto.
— Sem sombra de dúvidas e uma mulher lindíssima, uma verdadeira jóia.
— Obrigada senhora.
Respondo timidamente.
— Cora, não sou tão velha assim, onde está meu filho?
— Dormindo...Cora, eu não quis acorda-lo, trabalhou até tarde, estava cansado.
— Besteira, meu filho foi criado para ser um líder, um homem sem fraquezas ou necessidades bobas, vou agora mesmo acorda-lo.
— Melhor não senhora.
Digo com mais rispidez que pretendia e sua expressão pesa sobre mim.
— Quem acha que é para me dizer o que posso ou não fazer? Nero é meu filho.
— E eu sou a esposa dele, a dona dessa casa, assim que estiver pronto para se juntar a nós ele fará, não vou permitir que o incomode.
Me fuzila com o olhar, parece querer dizer algo mais não o faz como pretendia, soa elegante.
— Tem razão, ele deve estar mesmo cansado, não custa deixarmos que descanse um pouco mais.
Sorri de forma que um arrepio percorre minha espinha.
— Vamos querido? Vou pedir a um dos funcionários que preparem nosso quarto.
O homem lhe oferece o braço que ela aceita, quando estão indo em direção a porta rapidamente nos olha, sorri malandro jogando uma piscadela, me sento na espreguiçadeira ao lado de ela segurando em sua mão, ela gélida, trêmula.
— Conte-me tudo, qual o seu problema com aquele cara?
— Não é nada, esqueça isso Sierra.
— Me disse que éramos amigas, que poderia confiar em você e foi o que fiz, porque não faz o mesmo agora?
— Felippo é um crápula, um tarado doente.
— Ella, ele...
— Não, não porque eu não dei trela, não baixei a guarda, um dia antes de vir para cá ele tentou entrar no meu quarto, estavam sumindo calcinhas minhas e sei que foi ele, o peguei espiando pelo buraco da fechadura.
— Meu Deus, temos que contar isso ao seu irmão.
—Não podemos.
— Por que? Ele certamente saberia o que fazer.
— Nero é explosivo, quase matou um ex namorado da mamãe por agredi-la a dois anos atrás, em agradecimento ela o mandou para cadeia.
Balanço a cabeça incrédula.
— Ele não sabe do Felippo, mamãe pediu para não contar nada e andou praticamente escondida por meses, ela estava na Itália, veio de lá com esse cara, menos de um ano juntos e ela já o achava confiável o suficiente para colocar dentro de casa.
— Vi os olhares dele para você, sinto muito Ella.
— Para mim? Não Sierra, o que me preocupou foi como ele olhava para você, certamente te achou um desafio mais interessante, a forma como enfrentou mamãe para proteger o Nero, ninguém fala com a senhora Coralina Fitzgerald como falou, não se não quiser entrar na lista negra dela, não sei o que veio fazer aqui mais uma coisa é certa, fique atenta, não baixe a guarda nem para ela nem para aquele lixo a quem chama de marido.
Me preocupo ao ouvir suas palavras.
— Com licença Ella, vou ver como está o Nero.
Ela assente, ficou visivelmente abalada, subo as escadas em direção ao meu quarto quando no corredor o tal Felippo me para.
— Sierra, acertei?
Faz graça e meu semblante se fecha.
— Não sou muito bom com nomes mas me recuso a esquecer o de alguém com uma aparência como essa.
Varre meu corpo dos pés à cabeça.
— Com licença, estou com pressa.
Tento passar por ele mas agarra meu braço.
— Pelo visto Ella já falou demais, é uma garotinha chata que não sabe ser grata a quem lhe convida para uma boa festa, você parece ser bem mais esperta.
Tenta tocar meu rosto e eu o estapeio.
— Tire essas mãos imundas de mim, fique longe de nós, de mim e de Ella, meu marido é o Capo de Cosa Nostra Americana e não vai recusar se eu pedir sua cabeça em uma bandeja, basta que eu conte a ele tudo que fez a Ella.
Rosno entre os dentes ele se afasta.
— É definitivamente uma mulher intrigante, linda, decidida, dona de si, gosto de mulheres empoderadas, é realmente uma incógnita senhorita Bonano.
— Senhora.
O corrijo.
— Casada, muito bem casada, e se não quer que eu conte ao meu marido todos os elogios que acaba de me fazer, saia da frente.
Ele dá um passo para trás, ergue as mãos em rendimento, entro no meu quarto ofegante trancando a porta por dentro, Nero está saindo do banho enrolado em uma toalha.
— Tudo bem? Parece assustada.
— Estou bem, só um pouco ansiosa.
Ele sorri, me estende uma de suas mãos e eu agarro.
— Se soubesse que voltaria para o quarto eu teria esperado, tomariamos esse banho juntos.
Me abraça.
— Acho que não vai ser possível, vamos ter que deixar para uma outra hora.
— Porque?
— Temos visita, sua mãe acaba de chegar a está casa.
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Atualizado até capítulo 60
Comments
Luciana Santos
a velha gosta de troglodita
2025-01-11
0
Ivanilde T. Serra
Certissima bota essa cobra no lugar dela
2025-01-23
0
Ivanilde T. Serra
Acabou a paz de Nero
2025-01-23
0