Capítulo 7

Entro no quarto batendo com força a porta, seis noites sem dormir direito, sem conseguir pregar os olhos graças aos malditos pesadelos que voltaram a me atormentar desde que ela chegou, que tipo de influência tem essa garota em minha vida para trazer de volta os traumas do meu passado? A anos não sonhava com as torturas de Simon, as surras e agora o tenho visto até quando estou acordado, fazendo mal não só a mim mais a ela como o louco maníaco que tanto me machucava, desde que meus olhos pousaram sobre Sierra Bonano não tive um único segundo de paz, tenho estado como um viciado em abstinência, quanto não estou por perto quero estar e isso me tem enlouquecido, tenho que me afastar dessa casa, procurar refúgio longe dela ou quebrarei a promessa feita a mim mesmo de jamais me apaixonar, eu jurei, jurei sobre o corpo do maldito Simon que seu sobrenome morreria comigo, que não daria a ele a chance de disseminar pela terra um pouco mais de sua semente daninha e maligna, todos os planos foram para o espaço quando aqueles olhos com um tom de verde intrigante me fitaram, entro no banho na intenção de relaxar, preciso esfriar minha cabeça já que para terminar de me foder Ella acaba de chegar, amo minha irmã mais ela é um anunciato de maus presságios tipo a ventania que antecede ao temporal, se Ella está em Seattle não vai demorar para Cora também estar, minha mãe é problemática, um problema perigoso e narcisista que não tenho tempo nem desejo de solucionar, a última vez que esteve nessa casa ganhei de presente uma sentença de seis meses de reclusão por agressão física e tentativa de homicídio, um dos moleques que insiste em se relacionar lhe quebrou dois dentes com um surra que eu fiz questão de replicar, no lugar das duas facetas de porcelana perdidas tirei dele todos os dentes que tinha na boca e parti ao meio o osso de seu maxilar, Cora definitivamente é mestre em agradecer a atenção dada a ela, me denunciou a polícia e só não estou preso até agora porque dinheiro faz qualquer coisa vira uma put@ de pernas abertas, não fiquei nem um dia na cadeia mais isso não graças a ela, pela miserável eu estaria apodrecendo atrás das grades.

Saio do banho escolhendo no closet uma jaqueta de couro e uma calça preta rasgada, uma camiseta da mesma cor e as botas de combate surradas, tenho assuntos a resolver com os Montoia e não vai ser algo bonito de se ver, desço as escadas e tanto Ella quanto Sierra conversam sentadas no sofá, minha irmã sorri enquanto Sierra me encara como sempre tem feito o que as vezes acredito ser uma forma de me provocar.

— Onde vamos?

Ella pergunta caminhando em minha direção, sirvo duas doses de bebida e ela me acompanha.

— Eu vou sair, vocês não vão a lugar nenhum, tenho que resolver uns assuntos de trabalho e eles não incluem as duas.

— A sem essa Nero, nunca venho te visitar e quando faço isso me deixa presa em casa?

Ella choraminga.

— Aposto que a Sierra concorda comigo, olhe para ela, está até pálida de tanto ficar cativa nessa mansão.

Olho para Sierra que não diz nada.

— O que querem fazer? Ir ao shopping? ao cinema?

— Ao bar, da última vez prometeu me levar ao "Hells", Ela certamente vai querer conhecer.

— Sem chance.

Pego minhas chaves.

— Nero.

— Não tem conversa Ella, fiquem em casa.

Saio batendo a porta, entro no carro em direção ao galpão apelidado pelos líderes da máfia de "Albergue", nem um outro lugar cheira a morte e a sangue como aquele, ainda do lado de fora consigo ouvir gritos de desespero, abro o portão de aço maciço para me deparar com os Montoia sendo esquartejados ainda vivos por Orfeu com uma serra elétrica, três dos quatro irmãos estão amarrados em fila, um ao lado do outro completamente nus, as mãos foram arrancadas e possuem agora apenas uma perna cada, me sento em uma cadeira, meus cotovelos se apoiam aos joelhos encarando a cena com um sorriso animado, faço sinal para Orfeu que arrasta Bill o mais velho dos três até os meus pés, seus olhos vermelhos nadando em sangue pela pressão direcionada a eles lacrimejam uma mistura de salmoura bordo.

— Vejo que estão se divertindo sem mim, não é de bom tom começar uma festa sem a presença do anfitrião.

— Perdoe-me Capo, eles não paravam de se debater.

Sorrio e Orfeu se cala, arranco a jaqueta depois a camiseta a colocando sobre a cadeira, arrasto Bill até um dos objetos de tortura bem no meio do galpão, a cadeira de madeira usada muito tempo para execução de condenados foi um presente de um velho amigo comandante de estado, lanço sem qualquer gentileza o corpo de Bill sobre a cadeira prendendo o que resta de seus braços a extremidade, em instantes fica sem a língua e suas pálpebras, foram arrancadas cirurgicamente por mim em segundos, gruni feito um porco quando começam as descargas elétricas, o cheiro de carne queimando não demora tomar o lugar, embaixo de seu corpo uma poça nojenta de seus dejetos, um dos membros mais influentes da máfia americana nadando em sua própria merda, somente quando para de se debater desligo a energia que a alimentava, Orfeu me entrega uma toalha branca para que eu possa limpar o sangue que nesse momento também o lava.

— Confessaram?

— Sim senhor.

— Contei apenas três, onde está Filippo Montoia?

— Não o encontraram Capo, disseram que ele está em uma viagem a Itália.

— Filho da puta, provavelmente coordenando as negociações da minha carga.

Rosno em fúria e Orfeu se afasta.

— E quanto aos outros dois?

Olho para os corpos enfileirados.

— O caçula morreu de hemorragia minutos depois que lhe arranquei a perna, o outro ainda respirava.

Ando até os corpos me certificando que os dois estão mortos, Ives um dos irmãos ainda resistia.

— Satanás...

Ele sussura ao me ver, sorrio maligno.

— Sim, e estou aqui para arrasta-lo para o inferno.

Digo baixinho próximo a sua face, tem tanto desespero em seus olhos que me sinto lisonjeado.

— Me dê á machadinha!

Estendo a mão e Orfeu me entrega, uso a arma no pescoço de Ives batendo repetidas vezes até que a cabeça se desprenda do corpo, me levanto com o rosto coberto por respingos de sangue chutando a cabeça para longe como quem chuta uma bola.

— Vou precisar de um banho.

— Irei pedir ao soldados que providenciem isso agora, que preparem o reservado.

Me sento na poltrona olhando todo o sangue que escorre pelo chão, uma c@rnificina, um mass@cre.

— Se prepare para sair também Orfeu.

Ele assente.

— Vamos ao "Hells", irá fazer minha escolta.

Sai me deixando sozinho, preciso beber um pouco, transar com alguma vag@bunda, por minha cabeça no lugar, sempre fui o responsável por minha sanidade e me recuso a deixar uma pirralha inocente e ingênua estragar tudo, Sierra Bonano não vai pertubar meus pensamentos,ela não vai me arruinar.

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Comments

Ivanilde T. Serra

Ivanilde T. Serra

kkkkkkkk só te avisando que ela já se infiltrou na sua cabeça

2025-01-23

0

Maristela Mota yaman

Maristela Mota yaman

iludido

2025-03-04

0

Arlete Fernandes

Arlete Fernandes

Pior que elevai brochar kkkkk

2025-01-21

1

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