Cap. 8

Helena

Abro os olhos após uma noite de sono tranquila, e ter uma noite como essa era tudo que eu não esperava  depois de um dia atípico como foi ontem. Dei um soco no olho do meu chefe, tive uma crise de choro em frente a ele, desmaiei na rua, além de ir jantar com o Julian... Acordo pensando no Julian… A principio pensei que ele fosse fazer algo comigo, e só me tranquilizei quando ele me estacionou perto do restaurante. Que cabeça a minha, sofri tanto que fico imaginando situações que não existem. O cara me ajudou e eu pensando besteira.

Como eu posso pensar que um homem como o Julian precisa raptar uma mulher como eu? Ele deve ter milhares de pretendentes por ai, afinal ele é um homem bonito, cheiroso, educado... que não presta... pelo menos que é o que dizem, mas não é o que parece... não tem como ter uma opinião formada sobre ele pois nos conhecemos a apenas um dia.

Vi ele que ele ficou olhando para algumas pessoas no restaurante, talvez alguém que ele conheça, mas ninguém se aproximou da nossa mesa o que de certa forma mexeu com o Julian, deixou ele incomodado.

Mas apesar de tudo estranho que aconteceu nesse dia, eu gostei do que o Julian fez por mim...

Fazia tempo que eu não comia tanto... depois dos problemas que tive, comer se tornou algo rotineiro  e sem prazer, apenas para me manter viva... Mas ontem foi diferente. A comida do restaurante onde o Julian me levou é maravilhosa e as sobremesas… hummm não posso reclamar! Julian foi atencioso ao pedir duas porções para mim, e quando cheguei em casa pensei que não conseguiria dormir com a barriga cheia, mas eu dormi bem.

Hoje consegui tomar café em casa e coloquei um lanche na bolsa. Quando cheguei na empresa, encontrei com a Marie que me cumprimentou de forma carinhosa como sempre, e com o Heitor que carregava a filha no colo. O dia que o Heitor trás a filha para o trabalho faz tudo com ela nos braços, sorrindo feliz por ter a filha perto dele. A sol é linda, ela está com oito meses de idade. Toda vez que a vejo gosto de brincar com ela que sorri de qualquer palhaçada que eu faço. Eu amo criança... uma pena que eu nunca serei mãe.

_ A sol é linda. Falo segurando a mãozinha gorducha dela que tenta pegar o meu cabelo.

_ A minha neta é linda. Fala Marie fazendo um carinho na bochecha da.Sol.

_ Ela é...

_Julian, o que aconteceu com o seu olho? Perguntou a Marie olhando para a entrada da empresa me fazendo gelar. Será que o olho dele piorou de ontem para hoje? A noite não observei o seu rosto, pois a luz do restaurante era mais baixa em um tom amarelado. Olhei para o Julian e percebi que o olho dele está mais inchado do que ontem.

_ Bom dia. Julian cumprimentou a todos. _ Marie, eu estou bem, foi apenas uma pancada. Falou depois que Marie segurou seu rosto entre as mãos  olhando para a área que estava  inchada e vermelha abaixo do seu olho sem mencionar que quem bateu no seu rosto fui eu.

_ Mas esta inchado... você não fez uma compressa de agua morna? Ajuda a melhorar...

_Isso não é nada mãe, lembra como eu deixava o olho do Julian roxo quando brigávamos na adolescência? Eu sempre ganhava as nossa brigas.  Comentou Heitor rindo e Sol acompanhou o pai dando uma risada gostosa. A atenção de Sol, que antes sa chegada de Julian, estava voltada para mim, voltou-se para ele. A menina olhava para Julian, e até esticou o braço para ele. Julian se afastou dela serio como sempre e nossos olhares se encontraram provocando uma leve alteração nos meus batimentos cardíacos.

_ Heitor, quando for possível, você poderia ir à minha sala? Perguntou Julian sem graça.

_ Claro, tenho que resolver algumas pendências nessa manhã, assim que terminar vou a sua sala.

_ Está bem.

_ Julian, sexta feira e quero que você me acompanhe a um lugar. Falou Marie, que as sextas costuma ir a Instituição que cuida de mulheres vitimas de violência domestica, a mesma ela ajuda a manter e onde nós nos conhecemos. Por que será que ela quer levar ele na instituição? Essa duvida ficou na minha cabeça.

_ Eu te acompanhei, Heitor estarei na minha sala. Falou Julian indo para a sua sala.

_ Helena, na sexta você quer nos acompanhar a instituição? O Julian não vai estar na empresa, e você poderá conversar com algumas mulheres, e sempre bom mostrar que podemos seguir apesar do que passamos.

_Sim, e irei com vocês. Se estou aqui hoje e por causa daquela instituição. Agora com licença, ja está na minha hora. Disse indo em direção ao elevador.

Comecei a trabalhar conferiando os emails, quais são as datas das próximas reuniões na empresa, e se o Julian tinha algum compromisso importante marcado.  E o Julian novamente se trancou na sua sala e não me pediu nada.

No meio da manhã fui a copa tomar um pouco de café, senão o sono vai tomar conta de mim. O café a essa hora é fresquinho do jeito que eu gosto. Será que o Julian gosta de café? Perguntou ao terminar o meu café. Acho que não custa nada levar uma xícara de café para ele.

Bati na porta três vezes e o Julian não atendeu. Abri a porta vendo com ele parecia concentrado na leitura de um documento.

_ Posso entrar? Perguntou chamando sua atenção.

_ Pode, o Heitor já chegou?

_ Ainda não... Eu trouxe um café para você... não sei se você gosta.

_ Obrigado, pode deixar sobre a mesa. Falou voltando a olhar para o documento.

_ Claro. Coloco a xícara sobre a mesa e me viro para sair.

_ Helena... Julian chama o meu nome.

_ Em que posso ajudar.

_ Eu só queria saber se você está bem, e se já se alimentou hoje. Fala Julian preocupado, pelo menos era o que eu pensava. _ Não é bom ficar desmaiando na rua, é e não vai ser eu quem vai te ajudar sempre que isso acontecer, pode encontrar alguém mal intencionado...

_ Não se preocupe, não acontecerá outra vez. Digo saindo da sala pois não quero continuar esse assunto.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***