O Chamado do Medo

Sara estava animada para sua primeira noite em sua nova casa. Ela sempre quis morar em um lugar que pudesse chamar de seu, longe de seus antigos vizinhos barulhentos e da poluição sonora da cidade. Quando chegou em casa, ela rapidamente desempacotou suas coisas e se aconchegou em sua nova cama. O silêncio era ensurdecedor. Ela nunca esteve em um lugar tão sereno antes.

De repente, um som estranho chamou sua atenção. Era quase um uivo distante, mas sua mente imediatamente a descartou como o vento ou um animal selvagem lá fora. Ela tentou ignorar o som e dormir, mas a sensação de inquietação não a deixou. Logo em seguida, o uivo retornou, dessa vez mais alto e mais próximo.

Sara respirou fundo e levantou-se para investigar a origem do som. Ela passou pela sala, escutando atentamente, mas nada ouvia. Quando chegou ao quintal, ela viu uma figura escura movendo-se rapidamente na direção da floresta. Era impossível ver quem ou o que era, mas Sara rapidamente percebeu que não estava sozinha.

Seu coração palpitava, mas ela queria saber o que estava lá fora. Ela pegou uma lanterna e saiu para a floresta. Ela se arrependeu imediatamente, mas sentiu-se obrigada a continuar a seguir a sombra. Ela andou por alguns minutos antes de ver a silhueta mais uma vez, parada em um pequeno claro na floresta. Pesados galhos e folhas o circulavam, fazendo com que sua figura ficasse apenas parcialmente visível. Apenas o brilho dos seus olhos era claramente visível no escuro.

Sara tremia quando se aproximou, descobrindo que era um homem velho, curvado e enluvado, segurando uma rosa negra entre as mãos enrugadas.

Ele olhou para ela e disse em voz baixa: "Você nunca deveria ter vindo aqui". "Por quê?", perguntou ela, fervendo de medo.

"Este lugar tem um segredo terrível. Um mal antigo que não pode ser esquecido. Fique longe daqui ou enfrentará sua ira", disse ele.

Com isso, o velho homem desapareceu na escuridão, deixando Sara sozinha no escuro. Ela se sentiu arrependida por ter ido tão longe, mas o fascínio pelo desconhecido a havia levado a tal ponto. Ela prometeu não voltar lá novamente, mas alguma coisa dentro dela a disse que não seria fácil.

Sara não conseguia conciliar o sono naquela noite. Ela se manteve acordada, pensando no encontro com o homem velho e no que ele havia dito. Ela sentiu o medo começar a se infiltrar em seu coração, mas continuou a tentar ignorá-lo. Ela dormiu em pequenos intervalos, mas sempre acordava com a sensação de que algo estava errado. Era como se algo maligno a estivesse observando.

Quando o sol finalmente nasceu, Sara sabia que precisava fazer algo para se livrar do medo. Ela decidiu explorar a floresta de novo, mas desta vez estava determinada a encontrar respostas. Ela contornou árvores e arbustos, e finalmente chegou a um laguinho que nunca tinha visto antes. Quando se aproximou, viu que havia algo brilhante no fundo do lago. Perecia ser uma chave. Sara sabia que ela tinha que pegá-la, mas temia que algo malévolo a estivesse guardando.

Ela começou a se curvar para pegar a chave quando, de repente, a água se contorceu e uma mão estalada subiu. A mão agarrou a chave e desapareceu rapidamente na água escurecida.

Sara estava paralisada de choque e, enquanto tentava processar o que havia acontecido, uma voz cavernosa ecoou ao seu redor: "Você deve ir embora agora, antes que seja tarde demais".

Sara sabia que essa era uma voz que vinha do mal antigo do qual o velho homem havia avisado-a. Ela se virou rapidamente e correu sem olhar para trás, aterrorizada com o que poderia acontecer se não saísse dali imediatamente. Quando finalmente chegou em casa, ela trancou a porta e se sentou, questionando tudo o que havia visto e ouvido naquela noite. Ela sabia que havia algo de muito errado com a floresta e que agora estava sendo puxada para algo sombrio e desconhecido.

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