| O Gosto Dos Lábios Macios e Deliciosos Da Cecília

Cecília: Acordo sozinha quarto, banho, me troco e me arrumo no banheiro com receio que Lucas entre. Saio do banheiro e o encontro parado, escorado no canto da parede. Ele me encara de um jeito sério, cruzando os braços.

Bom dia Lucas.

Lucas: Bom dia senhora Cecília

Cecília: Já tomou café da manhã?

Lucas: Já sim. Posso tomar um banho aqui?

Cecília passa por mim, deixando o seu perfume no ar, nunca senti nada tão bom quanto o cheiro da rainha de gelo.

Cecília: Claro. Tem algum segurança na porta? Queria tomar café da manhã enquanto se arruma, aqui mesmo no restaurante do hotel.

Lucas: Pode esperar?

Cecília: Estou com dor de cabeça Lucas, preciso comer.

Lucas: Espera só um instante que vou falar com o Souza.

Cecília: Lucas volta e avisa que o Souza vai me acompanhar. Dou bom dia ao Souza e ele mal me responde sem fazer contato visual, a sua expressão é de puro medo.

Souza está se sentindo bem?

Souza: Sim, senhora Cecília.

Cecília: Caminho em silêncio até o restaurante, tomo café da manhã lendo alguns e-mails e um homem que nunca vi na vida se aproxima. Souza o impede de prosseguir e ele fala comigo a distância.

Homem: Bom dia linda, que tal companhia?

Cecília: Não, obrigada.

Homem: Linda podemos conversar e nos conhecer melhor.

Cecília: Abro a boca para responder e escuto a voz grave e grossa do Lucas.

Lucas: Não ouviu ela dizer que não?

Homem: Um homem aparece, ele coloca a mão no meu ombro me fazendo gemer de dor, o seu olhar é assustador e saio o mais rápido possível do restaurante.

Cecília: Lucas coloca o homem para correr gemendo igual uma menina. Cada dia, compreendo mais o meu pai fazer questão do Lucas ser o meu guarda-costas. Ele mete medo com um olhar em qualquer engracadinho que se aproxima de mim. Termino de comer e seguimos para a loja que vou escolher o meu vestido. Experimento uns três vestidos e escolho um que parece que foi feito para o meu corpo. Volto ao hotel, a equipe que contratei chega para me arrumar e o Lucas aguarda do lado de fora. Ele preferiu usar um terno e ficará a distância apenas como o meu guarda-costas essa noite. Termino e gosto do resultado no espelho, aviso o Lucas para me esperar no carro e desço com o Souza.

Lucas: Cecília desce as escadas do hotel, ela está perfeita. Abro a porta da limousine, dou a mão para ajudar ela entrar.

Cecília: Toco a mão do Lucas e sinto um arrepio percorrer todo o meu corpo com a forma que ele me olha. Pela primeira vez na minha vida, me intimido e desvio o olhar. Chegamos ao local do evento e comprimento vários empresários. Um antigo colega da faculdade, Donovan me chama para dançar e aceito. Tiro a mão boba de cima da minha bunda e ele me dá um sorriso safado. Me afasto e ele me puxa com brutalidade colando os nossos corpos.

Só vou pedir educadamente para me soltar uma vez.

Donovan: Solto a Cecília que me encara bem séria.

É só uma dança Cecí.

Cecília: Não me chama assim!

Me afasto e caminho em passos rápidos até o banheiro. Só uma pessoa me chamou de Cecí, o meu coração está disparado e tento me recompor com as lembranças dolorosas que invadem a minha mente. Me sinto sufocada, estou tendo uma crise de pânico. Me abaixo na parede e abraço as minhas pernas, tento os exercícios que a Alice me ensinou e parece que nada está funcionando.

Lucas: Cecília praticamente corre até o banheiro. Bato duas vezes na porta e ela não responde. Arrebento a porta e peço ao Souza que não deixe ninguém entrar. Cecília está encolhida no chão lutando para respirar, me abaixo e sinto uma angústia a vendo tão venerável. Ela repete sem parar a frase "te imploro que lute".

Cecília, estou aqui...

Cecília: Estou naquele maldito carro outra vez, vendo o Maicon morrer agonizando bem diante dos meus olhos.

Lucas: Cecília não me escuta, acredito que esta tendo uma crise de pânico. Solto os braços dela das pernas, a levanto num tranco e puxo para o meu peito. O seu corpo inteiro treme e ela chora. Passo a mão pelos cabelos dela e beijo a sua testa.

Olha para mim, vai ficar tudo bem.

Cecília: Quando tenho uma crise de pânico sempre desmaio, porque nada me acalma. Hoje foi diferente, pela primeira vez consigo me acalmar, escuto a voz do Lucas, não sei como, mas estou envolvida nos braços dele. Ele beija a minha testa e abraço ele apertado. Me sinto segura com ele como nunca me senti antes.

Lucas: Está melhor?

Cecília: Sim, obrigada.

Me afasto me ajeitando com muita vergonha, do Lucas ter me visto desse jeito. Peço um tempo a ele e me arrumo como dá. Me encaro no espelho, estou tão confusa, o Lucas está me deixando maluca e não sei como agir com ele.

Lucas: Cecília sai do banheiro sem fazer contato visual, ela volta a festa como se nada tivesse acontecido. Vejo o idiota que dançou com a Cecília caminhando até o banheiro. Peço ao Souza que fique de olho nela e vou ao banheiro.

Donovan: Um idiota entra no banheiro e fica parado na minha frente.

Ficou maluco é? Sai da minha frente!

Lucas: Hoje vou apenas te dar um aviso.

Pego a mão do idiota e quebro sem dó.

Donavan: Ohhhh... meu Deus, seu maluco!

Sinto a pior dor que já senti na vida e mal respiro.

Lucas: Nunca mais toque a Cecília ou se aproxime dela. Se falar algo, vai ser a última vez que vai falar na vida!

Deixo o idiota chorando no banheiro e volto até a Cecília. Ela me avisa que vai embora. Ninguém aqui realmente a conhece, ela sorri e cumprimenta todos e ninguém percebe que ela não está bem. Entramos no carro em silêncio e seguimos assim até o hotel. Cecília entra no quarto e me encara sem jeito.

Cecília: Pode abrir o zíper do vestido até o meio das minhas costas por favor?

Lucas: Senhora Cecília...

Cecília: Se não se sentir bem em fazer, posso pedir ao Souza.

Lucas: Posso fazer.

Cecília se vira e coloca os cabelos de lado. Abro lentamente o zíper do vestido dela.

Cecília: Até aí tá bom. Obrigada.

Me viro de frente para o Lucas, ele se aproxima e não recuo. Não me precipito, quero beijá-lo, mas não farei sem ter certeza que é o que ele quer.

Lucas: Luto conta mim mesmo em vão, puxo a Cecília sem delicadeza alguma, adentro os seus cabelos e beijo a sua boca.

Cecília: Lucas invade a minha boca com a sua língua, um beijo que começa bruto e resisto. Ele parece querer me punir com o beijo e chega a ser doloso a forma que ele segura o meu cabelo. Coloco as mãos no peitoral dele tentando empurrá-lo.

Lucas: Cecília tenta me empurrar, mas sou incapaz de deixá-la se afastar, suavizo o beijo e ela se entrega por completo. As nossos línguas se embolam e sinto que nunca provei na vida algo tão bom quanto o gosto dos lábios macios e deliciosos da Cecília.

Cecília: Lucas desce as suas mãos até a minha cintura e segura firme colando os nossos corpos, o beijo fica intenso e tão gostoso que tenho dificuldade me afastar para respirar.

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