Fragmentos Da Morte

Fragmentos Da Morte

Prólogo

  A escuridão da noite, assustadoramente confortável, por mais duradoura que seja, sempre acaba sendo modificada pela bela luz que a grande Lua emana. Dentro da imensa floresta Mávros a situação não se difere. Todas as noites, após o Sol se por no horizonte, o ambiente abaixo das grandes copas das árvores se torna sinistro, mas, belo, com vários filetes de luz branca que escapam por entre as folhas. Inesperadamente, essa noite possuía mais algumas características únicas.

  Um jovem, que não possuía aparência comum, com uma grande cicatriz no rosto, e cabelos sujos pela poeira de carvões, corria por entre as árvores e plantas do interior da floresta, com um grande brilho desesperado em seus olhos. Seus pés descalços, latejavam mais forte a cada passo dado, e, por mais que não parasse para conferir, ele sentia que um rastro de sangue ficava em suas pegadas. Assim, como seus pés se feriam em pedras e raízes, seus braços e peito expostos, possuíam várias linhas vermelhas das quais escorriam um líquido vermelho rubro.

  Sua mente não discernia os vários barulhos vindos de dentro da floresta ao seu redor, pois seus passos pareciam preencher todo o espaço entorno dele. Mas, infelizmente, um som pesado que o acompanhava era fácil de se perceber. O garoto estava sendo perseguido por algo que jamais vira.

  Os grandiosos deuses, que tanto glorificava em sua infância, pareciam ter lhe abandonado naquela situação desesperadora. "Por favor, me ajudem!". Seus pensamentos se repetiam, como as curvas de um infinito labirinto, e, em sua cabeça, algumas cenas de sua vida começaram a surgir. Ele estava se recordando de quando corria entre as árvores ao redor de sua casa, que ficava no limite da cidade, um pouco antes da entrada da floresta.

  Naquela época, ele possuía pouco tempo de vida, apenas algumas primaveras, e ele corria com seus irmãos, estampando um sorriso ingênuo em seu rosto. Sua mente desejou retornar para aquela época. Sua mente desejou poder correr feliz e tranquilo mais uma vez, ao invés de brincar de pega com a morte.

  "Por que isso está acontecendo?". Sua memória feliz foi sobrepujada por um cenário oposto. Ele se viu amarrado em um tronco, ao centro da pequena cidade, cercada por todas aquelas pessoas que um dia considerou como família, mas que, infelizmente, agora lançavam-lhe, ofensas e injúrias, acompanhadas de pedras pequenas que feriam sua carne, deixando hematomas e cortes por todo seu corpo.

  Pouco antes de alcançar sua maioridade, ele fora acusado de causar um pequeno massacre, o qual fizera em busca de um objetivo egoísta e pessoal. Não haviam razões para ele ser acusado, já que sua família também foi assassinada naquele dia fatídico, mas, uma infelicidade lhe aconteceu. Uma tatuagem. Uma marca colocada pelos deuses em seu corpo, definiu que ele era o assassino, apesar de que suas memórias só mostravam a inocência de um garoto.

  As pessoas, entristecidas e enraivecidas, o espancaram, mas, por intermédio do representante da cidade, não o mataram, apesar de desejarem. Aquele homem não havia os interrompido por pena do garoto, mas, apenas para a sua própria satisfação, já que a sua filha única havia sido morta também.

  Um sentimento de desespero se cravou na alma do garoto naquele dia, no momento em que viu o olhar daquele homem. O representante era sempre bondoso e alegre, e possuía o sorriso mais belo da cidade. Mas, quando ele olhou para o garoto no chão, seus olhos brilhavam com a cor do ódio, e sua face representava o imenso nojo que ele sentia.

  Para que o garoto pudesse viver mais um pouco, sofrendo a pena por suas ações, foi proposto que o tornassem o sacrifício daquela estação. Normalmente, aquilo era feito com animais criados exclusivamente para o ritual de passagem das estações, mas, não haviam leis que proibiam o uso de uma pessoa. Muito pelo contrário. O ritual era originalmente feito com pessoas, exclusivamente, prisioneiros em tempos de guerra.

  Algumas pessoas quiseram negar aquela possibilidade, mas, após um curto e intimidante discurso, o representante convenceu a todos que não havia uma maneira melhor de fazê-lo sofrer o que era necessário.

  "Eu juro que eu não fiz nada, então por quê? Por que tinha de ser eu?"

  O garoto agora se encontrava dentro da floresta, após ser solto ali dentro para ser devorado por algum tipo de criatura, durante a última noite do inverno.

  Estava frio abaixo das árvores, mas, o garoto escorria suor sem parar, e sua respiração estava bastante ofegante. Apenas os deuses sabiam o quanto ele estava correndo naquele ponto. Já faziam horas que ele estava naquele ritmo, apesar de seu corpo não aguentar mais um passo.

  O esgotamento então surgiu, e, após um passo em falso, ele caiu rolando no chão, batendo de costas em uma grande rocha, com o pé enganchado em uma raiz. Sua cabeça doía, e seu folego estava quase no fim, o deixando com um pouco de dificuldade para se levantar. Sua visão, apesar de turva, estava acostumada com o breu da noite, então, enxergar os movimentos das plantas ao seu redor era bem fácil.

  _ Por favor...

  Sua voz rouca, mal podia ser escutada por si mesmo. O desespero em sua mente, continuou aumentando à medida em que aqueles movimentos se intensificavam, ao mesmo tempo que se aproximavam dele cada vez mais. Um grito seco começou a se formar na garganta do garoto, se tornando algo insuportável de segurar após alguns segundos. Os movimentos na mata já estavam bem próximos dele, quando o som de sua voz finalmente saiu, esgotando o seu último fôlego controlado.

  _ POR FAVOR, ME DEIXA EM PAZ!

  Após o grito moldado por desespero, a respiração dele se tornou quase incontrolável, e ele teve de se esforçar por alguns segundos, para voltar a respirar normalmente. Sua mente parecia mais clara quando seu coração se acalmou e sua batidas normalizaram. O desespero alucinante ainda estava vivo em sua mente, mas, um alívio repentino começou a se espalhar por seus pensamentos, quando ele se viu novamente em meio a floresta, que, felizmente, agora estava apenas quieta e escura, como deveria.

  O garoto se viu apoiado em uma pedra imensa, enquanto se esforçava para soltar o seu pé da raiz que provocou a sua queda. Uma luz clara iluminava tudo ao seu redor, criando algumas sombras entre algumas arvores e outras.

  Quando finalmente conseguiu soltar a raiz de seu pé, o garoto se levantou apoiando uma de suas mãos na rocha atrás de si, e sentiu uma sensação nostálgica ao ver a paisagem ao seu redor. Ele estava no centro de uma pequena clareira, que formava um semicírculo em volta da rocha na qual batera. Ao se virar, ele percebeu que atrás de si, também havia uma árvore grande, mas, não o suficiente para alcançar o topo da floresta. Ela possuía galhos longos e fortes, que se ramificavam de um tronco não muito grande, mas, grosso e rígido. Surgindo de alguns galhos menores, cercadas por folhas verdes vívidas, ele conseguia ver algumas frutas pequenas e com um formato levemente arredondado.

  _ É um pouco irônico, sabia?

  Uma voz grossa e amplificada, ecoou por aquela pequena clareira, o que fez com que o garoto se assustasse, virando abruptamente, procurando o dono daquela voz. Naquele movimento assustado, ele não foi capaz de enxergar ninguém ao seu redor, mas, uma coisa prendeu a sua atenção.

  Em meio as várias sombras que se formavam a partir da luz da lua, dezenas de pequenos brilhos o encaravam fixamente. Ele conseguiu distinguir aqueles brilhos, como vários pares de olhos, pertencentes a dezenas de kouks que o observavam em meio a profunda escuridão da noite.

  (Kouks: corujas)

  _ Animais malditos, vocês não sabem fazer outra coisa além de assustar as pessoas?

  Um longo pio surgiu de um ponto mais a sua frente, e ecoando pela floresta, pareceu responder à pergunta do garoto. Ignorando aquela resposta sinistra, ele se virou, e tornou a observar aquele árvore, com curiosidade e nostalgia no olhar. O garoto reconhecia aquele lugar, mas, não conseguia se lembrar de onde. Parecia um lugar que tinha visitado em sonhos perdidos em sua memória.

  _ Por favor, trate as nossas amigas com um mais de respeito, você não se lembra delas, mas, felizmente, elas ainda se lembram de você. Ou melhor, do seu cheiro.

  Aquela voz surgiu novamente, acompanhada de alguns pios de kouks, e, dessa vez, o garoto encontrou o dono dela. Ou o que parecia ser o dono.

  Em meio aquelas kouks empoleiradas em diversos galhos, uma sombra especifica se destacava dentro da própria sombra da floresta. Aquela figura possuía uma forma humanoide, mas, era impossível distinguir sua aparência da escuridão ao seu redor. Ela era formada apenas por breu, e nem sequer a luz da lua era capaz de iluminar seus traços.

  _ E quem seria você? – o garoto se esforçou para que a sua voz soasse firme, e forçou seu corpo a manter uma postura corajosa, mas, um sentimento aterrador incitava uma ideia em sua mente. Aquele breu que o observava de volta, também estava o perseguindo esse tempo todo.

  _ Eu sou seu amigo. Ou melhor, seu aliado. Também posso ser considerado seu salvador. Mas, infelizmente, você ainda não possui lembranças sobre isso!

  Algumas kouks piavam enquanto aquela voz se manifestava, acompanhando cada palavra com uma sonoridade diferente.

  _ Me desculpe, mas, acho que nós não nos conhecemos! – a voz dele saiu trêmula, mas, ele estava se esforçando para manter a postura.

  _ Creio eu, que isso seja algo até compreensível. Já fazem algumas estações desde a última vez que nos vimos.

  Naquela figura, que antes apenas se via o breu, surgiram dois brilhos avermelhados no local que seriam os olhos. Aqueles olhos sinistros começaram a o encarar, e, mesmo a distância, era possível notar a firmeza e penetração daquele olhar.

  _ Também creio que nunca o vi antes.

  O garoto estava tateando a superfície atrás de si, buscando por um apoio melhor, para que pudesse se preparar para fugir novamente. Sua mão encontrou algumas saliências na rocha, e ali ele segurou firme. Infelizmente, ele não era o único que estava prestes a se mover.

  Durante o curto espaço de tempo gasto em um piscar de olhos, aquela sombra se moveu de onde estava, parando em frente ao garoto. Agora que aquele ser estava bem perto dele, era possível notar a diferença de altura entre os dois. O garoto, mesmo possuindo uma altura mediana, não chegava nem perto dos dois metros e meio que aquela sombra ostentava sobre ele. Aqueles olhos vermelhos vidraram no garoto, e era como se a própria morte estivesse o observando.

  Aquela sombra se aproximou ainda mais, e, o que deveria ser o seu rosto, encarou o garoto bem perto, quase o tocando. A leve brisa causada pela respiração daquele ser, provocava arrepios ao tocar a pele do garoto, pois não existia calor naquele toque de ar. Apenas o frio o acariciava.

  _ Essa casca nunca me conheceu, mas, nós dois sabemos que o seu eu verdadeiro, me reconhece independente de minha aparência.

  Apesar de sua voz soar forte e evidente, era impossível discernir uma boca se movendo em meio a toda aquela escuridão. Mas, uma boca definitivamente existia naquele breu, já que a cada palavra dita, um hálito frio e seco era sentido pelo garoto em seu rosto.

  _ Casca?

  O garoto se sentiu pressionado, e, por um mísero segundo, suas pernas vacilaram, fazendo com que ele fosse ao chão novamente.

  _ É aterrador saber que a pior situação aconteceu, mais uma vez. Você ainda não possui lembranças sobre si mesmo, Thanatos?

  _ Thanatos? Me desculpe, mas, infelizmente, eu não sou um deus, e nem sequer nasci abençoado por um!

  _ Até um certo, isso é uma grande verdade, mas, felizmente, nem tudo é igual ao que parece!

  O garoto estava sentado encarando aquele ser acima de si, com um desespero forte em seu olhar. Ele estava cheio de pensamentos negativos, onde a maioria mostrava a sua morte diante da luz da lua. Mas, novamente, uma surpresa mudou um pouco sua mente.

  O braço direito daquela sombra se tornou visível, e, para a felicidade do garoto, um braço humano surgiu, se estendendo para ele, como se quisesse ajudá-lo a se levantar. Pacientemente, a sombra ficou esperando que o garoto pegasse a sua mão.

  _ Pensei que você queria me matar!

  _ Acho que nós começamos com o pé esquerdo. Creio eu que você se precipitou sobre as minhas reais intenções!

  _ Então... Você não vai me matar?

  _ Eu prefiro resolver esse assunto de uma forma mais pacífica.

  O garoto parecia indeciso, e sua mente começou a se dividir sobre o que era o certo para se fazer naquele momento. Suas emoções entraram em conflito dentro de si, e nenhuma solução racional surgiu daquela briga interna. Por fim, ele agarrou aquela mão paciente à sua frente, se entregando ao destino do qual não poderia escapar.

  O braço o ergueu facilmente, colocando-o de pé novamente, e até servindo de apoio quando ele quase mais uma vez.

  _ Bem... como posso ajudar?

  _ Seria interessante se você fosse capaz de me explicar que árvore é essa.

  O braço apontou para a grande árvore que crescia atrás da rocha.

  _ Ela me parece familiar, mas, infelizmente, eu não sei o nome dela!

  _ Você já escutou alguma vez sobre a Macieira da Areia? Ou talvez a conheça por seu apelido único, a árvore da Morte!

  _ Na minha cidade, existiam alguns livros que contavam sobre essa árvore, mas eu nunca tinha visto nenhuma pintura dela.

  _ Ela é bela, não é?

  _ Magnífica. Seus galhos refletindo a luz da lua, parecem ter saído do interior de um belo sonho.

  _ É irônico, pois mesmo sem suas memórias, você sempre recita as mesmas palavras diante dessa visão!

  _ Sempre?

  _ Quando eu disse que já nos conhecíamos, me referi a suas vidas passadas. É um pouco forçado esperar que você se lembre, mas, nós sempre nos encontramos neste mesmo lugar, em seu último dia vivo.

  _ Mas, você não disse que não me mataria?

  _ Novamente, você me interpretou mal. Eu não quero te matar, mas, me vejo obrigado a fazer isso, já que você não se lembra nem de uma de suas criações favoritas, Thanatos.

  O garoto não parecia tão desesperado quanto antes, mas, seu olhos ainda possuíam o brilho do medo. Ele já estava aceitando aquela ideia terrível que sua mente vinha lhe mostrando. Seus sentidos pareciam desaparecer um pouco a cada segundo, e, aos poucos, a floresta foi se tornando mais escura do que estava.

  Ainda existia um pouco de esperança em sua mente, o que enrijeceu seu corpo, quase que o preparando para um último movimento.

  _ E não existe nenhuma outra saída?

  _ Você se lembra de mim, Thanatos?

  _ É claro que me lembro, eu nunca me esqueceria de você! Eu estava apenas brincando!

  _ Então, qual é o meu verdadeiro nome?

  O garoto estremeceu. Ele já sabia que seu blefe não o levaria a lugar algum, mas, a voz da sombra soou tão fria, que ele não pôde conter o seu medo. Em um movimento desesperado, ele saiu correndo na direção oposta em que estavam, se afastando cada vez mais daquela árvore, e da sombra que estava abaixo dela.

  Ele correu por alguns metros, mas, foi derrubado novamente, quando um calor repentino atravessou a sua coxa esquerda, o fazendo gritar e se contorcer de dor e agonia. Uma flecha construída com madeira negra e uma ponta de aço vermelho, fora atirada em sua perna, e, ainda em atravessada em sua carne, criou um buraco do qual escorria bastante sangue, de forma descontrolada.

  Se passaram alguns segundos, e o garoto foi erguido pelo pescoço, sendo mantido erguido no ar por aquela mão humana.

  _ Por quê? Por que você sempre insistir em agir de maneira idiota? Não era evidente que você não conseguiria fugir de mim? Então, por quê?

  A sombra parecia irritada e desapontada. Mais uma vez, ela aproximou seu rosto do garoto, e encarou seus olhos, como se enxergasse seus pensamentos.

  _ Infelizmente, eu sou humano. Nós costumamos fazer muita coisa idiota!

  O garoto estava se debatendo um pouco, tentando se soltar daquela mão, mas, ele se sentia fraco demais para lutar. Ele já havia perdido bastante sangue, o suficiente para que uma pequena poça se formasse no chão abaixo dele.

  _ Eu não queria, Thanatos, mas, não existe outra saída. Enquanto você não voltar a ser quem era, eu não poderei descansar verdadeiramente.

  _ Me desculpe, mas, infelizmente, não vai ser nesta vida que você vai descansar!

  Enquanto se debatia, o garoto agarrou a flecha em sua perna e a puxou, rasgando a sua carne mais um pouco. A dor era alucinante, mas, ele lutou para não desmaiar. Com a flecha em sua mão, ele encarou aqueles olhos vermelhos com muita raiva, e cravou a ponta afiada no olho esquerdo.

  _ Por quê? Você não consegue entender que isso é inútil?

  A flecha perfurou aquele olho vermelho com facilidade, e, no mesmo instante, um liquido vermelho rubro começou a escorrer pelo corpo da flecha. Infelizmente, aquela mão não o soltou. Pelo contrário, ela começou a apertar o pescoço do garoto com mais força, limitando o ar que chegava ao seu pulmão.

  _ Isso tudo é inútil! Você só está prolongando o seu próprio sofrimento.

  O rosto do garoto começou a ganhar uma tonalidade roxa, e, seus olhos, se tornaram cada vez mais vermelhos, devido à falta de ar em seus pulmões. Sua visão já estava parcialmente embaçada, e seu corpo começou a perder o movimento.

  O garoto teve direito a uma última visão antes de seu ultimo suspiro. Da escuridão que formava aquele ser, o braço esquerdo surgiu, mas, este era mais monstruoso e se assemelhava bastante com o braço de um arkou adulto.

  (Arkou: urso)

  Na mão daquele braço monstruoso, um grande machado também surgiu, moldado em madeira negra e aço vermelho. Como se o corpo daquela sombra tivesse aumentado, a escuridão se espalhou ao redor dela, e escondeu o machado mais uma vez, que se ergueu atrás da sombra. O garoto apenas conseguia ver a base do cabo negro do machado.

  Aqueles olhos vermelhos encararam-no uma última vez, observando o brilho desesperado de seus olhos, antes do instante de sua morte. Alguns segundos se passaram, e, no momento em que o pio de uma kouk ecoou pela floresta, a mão largou o garoto no chão, que teve um último segundo para observar a grande lua no céu, que o iluminava e abraçava naquele momento final.

  O machado ressurgiu mais uma vez, e, em um movimento rápido, decepou a cabeça do garoto sem nenhuma dificuldade. Antes que aquela lâmina afiada trouxesse a sua morte e levasse seu último suspiro embora, o garoto conseguiu ouvir a sombra dizendo algumas palavras de despedida.

  _ Adeus, Thanatos. Não foi nesta vida, e talvez não seja na próxima, mas, nós nos reencontraremos.

...Ó,ti zei proérchetai apó káti pou péthane!...

^^^(Tudo aquilo que vive, vem de algo que morreu!)^^^

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!