Alguns dias se passaram e Melissa já estava trabalhando no jornal local. Ela trabalhava com a chefe da redação Antônia Albuquerque. Sua chefe era negra, 50 anos, alta cabelo afro, na altura dos ombros, tinha um semblante sério, mas era gentil e educada. Antônia gostava muito do desempenho de Melissa no Jornal, deu a ela uma pequena coluna sobre economia. Melissa seguia sua rotina e trabalho e Marcos a visitava no kitnet a cada 2 dias.
Já era 26 de janeiro, neste dia Melissa chegou muito cansada do trabalho, lembrou-se que Marcos não a visitaria naquele dia, então tomou um banho e fez uma chamada de vídeo para Marcos.
-Oi Amor! Como foi seu dia? -Perguntou Melissa- Senti sua falta.
-Tudo bem Mel e seu dia foi produtivo?
- Está tudo bem, o dia foi cansativo. Como está se adaptando em trabalhar em casa? Afinal me apossei do seu escritório...
- Trabalhar em casa é melhor que eu esperava. Na verdade, alugar esse kitnet não era necessário. Mas que bom que serve pra você Amor.
-Amor vou tomar um chá e depois vou cozinhar meu jantar.
-Mel, jante primeiro, depois tome o chá. Senão você vai perder o apetite! – Disse ele calmamente.
-Tá bem Amor, mais tarde te ligo.
Melissa não imaginava, mas Marcos observava pelas câmeras escondidas. Ele sabia que Melissa não era nada obediente, fazia exatamente o que queria. Ela foi até a pia, encheu a chaleira e ferveu água para seu chá de Hortelã. Deixou água fervendo em uma panela para cozinhar algo. Neste tempo o chá esfriava. Marcos sabia que era inevitável que fosse até o kitnet de Melissa.
Após o chá esfriar, Melissa pegou um pote com mel e o adoçou, 5 minutos depois ela dormia em sono profundo. Marcos vendo que ela dormia e a boca do fogão estava acesa com panela em uso, dirigiu o mais rápido possível para lá. Melissa não sabia, mas ele tinha cópias das chaves do portão e da porta. Ele entrou, desligou o fogo, abaixou a trava do botijão de gás. Foi até Melissa e disse:
- Boa noite. Amor você esqueceu a panela no fogo.
Ela não acordava e nem se mexia, ele mexeu em seus pulsos e assegurou que ela não acordaria. Ele foi até o banheiro e misturou um tipo de pó a um creme de pele de Melissa. Em seguida sentou-se nos pés de sua cama e disse:
- Estou cansado de ter que vir aqui todos os dias. Porque você é tão teimosa? Custa tomar o chá após o jantar? Se eu não fico de olho, você coloca fogo na casa e o pior e que vão ver você dopada! Não posso esperar esse vidro de mel acabar. Vou jogá-lo na pia. É bem capaz de você querer tomar chá pela manhã. Logo você começará dormir demais, se atrasará e chegará tarde no trabalho. Mas não quero que você perca o emprego. Ainda...
Marcos havia misturado medicamentos para dormir no vidro de mel de Melissa, enquanto ela dormia, ele aproveitava para vistoriar seu celular e notebook, a procura de alguma ligação com Jonas Fialli. Ele havia descoberto as senhas de Melissa vistoriando as gravações das câmeras e aplicando um zoom na imagem. Até aquele momento nada. Ela ainda nem havia reativado as redes sociais, os contatos em seu celular eram pouquíssimos e conversas curtas e cheias de carinho, a maioria era conversas com mulheres.
Nesta etapa Marcos pensava que Melissa realmente havia se apaixonado por ele e não fazia questão de reencontrar Jonas. Mas ele tinha certeza que ele a encontraria cedo ou tarde. Ele cobriu Melissa com uma manta leve, trancou o kitnet e foi a caminho de casa. Já eram 23:00, ele avistou uma padaria muito luxuosa. Marcos estacionou o carro e entrou. Lá ele deixou pago, uma encomenda.
No dia seguinte Melissa custava a despertar, mesmo com o despertador do celular no último volume. Logo ela ouviu alguém batendo em sua porta e reclamando, ela olhou e percebeu que o alarme do celular já tocava havia mais de 10 minutos. Ela imediatamente desabilitou o toque do alarme, foi até a porta e se desculpou com o homem do lado de fora. Não dava tempo para tomar um banho rápido. Ela sentia- se faminta, se deu conta que não havia preparado o jantar, não se lembrava de ter apagado a boca do fogão. Tudo que ela se lembrava era de ter tomado uma grande caneca de chá. Foi até o armário, iria fazer mais um pouco de chá, foi quando percebeu que o mel havia acabado. Ela se sentiu confusa, tinha certeza que havia mais da metade de conteúdo no pote. Ela sentiu-se estranha, havia dias que aquilo vinha acontecendo, ela dormia sem se alimentar, acordava atrasada e não se lembrava de muita coisa.
Minutos depois o interfone tocou. Era um entregador da padaria, avisando que o Dr. Marcos Mansur havia pedido para entregar uma cesta de café da manhã para ela. Melissa ficou surpresa, parece que Marcos adivinhara que ela estava faminta. Ela recebeu a cesta, foi rapidamente lavar o rosto, escovar os dentes e se vestir para o trabalho. Em seguida ela penteou e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo, após passou seu creme de pele. Logo ela se deliciava com os pães, frutas e sucos da cesta.
Chegou ao trabalho e enviou uma mensagem agradecendo Marcos e dizendo o quanto o amava. Ele não visualizou, provavelmente estava dormindo. Ela foi para casa um pouco mais tarde para almoçar, ainda sem notícias de Marcos. Quando retornou ao trabalho, sentiu-se muito incomodada, a pele de todo seu corpo estava coçando e levemente avermelhada. Ela foi até uma farmácia e comprou uma pomada, o que foi o suficiente para conter a irritação. Ao chegar em casa ela fez uma chamada de vídeo para Marcos.
Ele atendeu, Melissa o agradecia pela linda cesta de café da manhã. Ele percebeu que a pele do rosto e braços de Melissa estavam avermelhados. Então perguntou:
-Mel, você está bem?
-Sim Amor, é só uma leve alergia, não sei qual a causa.
-Você foi ao médico?
- Não, eu comprei uma pomada e resolveu um pouco.
- Eu fico preocupado Mel.
- Não é nada grave, Amor lembre-se que amanhã você vem jantar comigo.
-Como poderia esquecer, eu conto cada segundo para estar a seu lado.
Após meia hora de conversa, despediram-se com um eu te amo mútuo.
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Atualizado até capítulo 82
Comments
Romantico Anonimo
Já estou com pena da Melissa
2023-10-12
1
Romantico Anonimo
Nossa, que sangue frio
2023-10-12
1