Capítulo 1

•Louco na minha casa não grita, louco na minha casa escuta. ~ Autor Desconhecido.•

Pandora

Mais uma vez meu despertador toca, estou cansada de tanta tarefa que fui obrigada a fazer até às 5hrs da manhã e olha, por pura ironia, são exatamente 5:30. Vida de escrava é isso, não tenho o título de escrava, mas minha mãe e minhas irmãs me fazem ser.

Margô: PANDORA!!

Escuto minha mãe gritando meu nome.

Pandora: Já levantei, só vou escovar os dentes

Realmente vou fazer isso, parece estranho minha própria mãe me tratar como escrava, mas ela mesma me disse que eu não era filha dela, então não tinha por que ser boazinha comigo, não precisa ser boazinha, apenas tratar com um pouquinho de respeito.

Heloísa: Oh empregada, vem logo, eu quero meu café da manhã.

Heloísa, minha irmã do meio, a mais velha já deve estar na mesa com nossa mãe, abro minha porta já que escovei os dentes.

Pandora: Qual a parte de já vou, você não entendeu?

Ela segura em meu pescoço e seus olhos brilham em um azul bem chamativo.

Heloísa: Você só serve para nos servir, não esqueça disso sua insignificante.

Meus olhos ficam vermelho vivo e eu toco em seu braço com força.

Pandora: Se lembre Heloísa, se eu morrer, vocês ficam com fome.

Ela me olha revirando os olhos, me soltando, saindo em seguida para a cozinha onde é meu destino, por sorte boa parte do café estava pronto, só precisava realmente passar o café.

Guinevere: Mãe, sabe que o baile para o nosso alfa escolher a sua esposa é nesse final de semana, preciso de roupas novas.

Heloísa: Você acha que ele vai escolher você? entre nós duas com certeza serei escolhida.

Margô: Parem as duas, não quero indigestão logo no café.

Elas se calam por poucos segundos.

Heloísa: Mudando de assunto, onde está o papai?

Margô: Foi na sede da máfia, resolver uns assuntos, logo ele volta.

Deixo o café pronto em cima da mesa e me dirijo para os fundos da casa para retirar os lixos, sim eu não como junto com elas, apenas depois que todos se retiram que eu posso comer alguma coisa, vou para a frente da casa onde está a nossa lixeira e logo vejo meu pai.

Pandora: Bom dia pai, está tudo bem?

Ele me olha e logo seu semblante de preocupação desaparece um pouco

Alucard: Oi Pandora, bom dia. Sua mãe e suas irmãs tomaram café?

Pandora: Estão reunidas na mesa.

Ele concorda e entra quase que correndo, dou de ombros e jogo o lixo ali. Quando entro em casa, as minhas irmãs estão na porta do escritório só ouvindo a conversa, ao meu benefício eu consigo escutar de longe, mas ninguém sabe disso.

Margô: Por que está tão aflito, querido?

Alucard: O alfa precisa encontrar uma esposa, porém o alfa decretou que o seu beta precisa se casar antes dele e como somos os únicos com filhas na idade correta, caímos pra pato.

Margô: E quem você escolheu? Espero que tenha sido aquela que não é minha filha.

Alucard: Pare de falar que a Pandora não é sua filha.

Margô: Ela é sua filha e não minha, ela é apenas uma tentativa de conseguir durar no útero e durou, agora está aí só nos dando despesas.

Respiro fundo, isso já não é uma novidade, eu sempre sou rejeitada aqui desde quando eu nasci.

Alucard: Então vamos dar a Pandora em casamento para o Beta. Hoje ele virá aqui em casa com o alfa para saber, a nossa decisão. É isso, então arrume um vestido bem lindo para Pandora.

Margô: Um vestido assim?

Alucard: Compre o melhor, não quero o alfa e o beta achando que tratamos nossa filha como empregada.

Sorrio de lado ao ouvir a última frase, um dia eles irão saber e não será hoje, mas logo saberão.

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