A manhã começara silenciosa na mansão dos Banksy, mas a sala de estar agora era palco de uma dor profunda. Cleide e Bruno estavam abraçados, chorando, a dor e a descrença estampadas em seus rostos. A atmosfera era tão densa que parecia sufocar o ar. O choro abafado preenchia o espaço, enquanto as paredes, cúmplices silenciosas, guardavam o lamento da família. Felipe, aproximou-se com passos hesitantes, as lágrimas escorrendo por seu rosto.
— Pai, por favor... isso não pode ser verdade... o meu irmão não morreu! — Felipe soluçou, a voz trêmula quebrando o silêncio pesado da sala.
Nesse momento, Albert, atraído pela comoção, desceu as escadas com uma expressão de confusão e temor. Ao ver a família reunida em prantos, o coração dele disparou, e o rosto pálido revelava o medo de descobrir o motivo de tanta tristeza.
— Quem... quem morreu? O que está acontecendo? Por que vocês estão chorando? — Albert perguntou, a voz carregada de uma angústia crescente.
— Albert... o seu irmão, o Arthur... ele estava voltando para o Rio de Janeiro de ônibus... — Bruno ergueu os olhos para o filho. O olhar estava perdido, vermelho e molhado. A dor era evidente em cada traço de seu rosto, em cada linha de expressão endurecida pelo sofrimento. Respirou fundo, ele precisou de um momento para se recompor. — O ônibus capotou... e ele... ele não resistiu aos ferimentos.
— Quer um abraço do seu outro irmão? — Felipe murmurou, a voz suave e quebrada pela dor.
— Você sempre será o meu irmão... sempre! — Albert ergueu os olhos para Felipe, o olhar perdido e dolorido. Os dois se abraçaram, compartilhando um momento de conforto na dor, um elo ainda mais forte pelo luto que ambos sentiam.
Cleide, que assistia à cena em silêncio, estava destroçada. Mas, por trás das lágrimas, surgiu uma determinação inquebrável. Virou-se para Bruno e, com a voz firme, apesar da tristeza, expressou seu desejo.
— Eu quero ver o meu filho... agora mesmo! — declarou ela, e a intensidade em sua voz deixou claro que não aceitaria objeções.
— O corpo dele ainda está no hospital... depois vai para o necrotério — explicou Bruno, surpreso com a determinação de Cleide, a voz carregada de pesar.
— Não me importa onde ele está. Eu quero ver o meu filho! — insistiu Cleide, cada palavra impregnada de dor e amor de mãe.
— Tá bom... — Bruno suspirou, derrotado pela força de Cleide. — Vamos agora.
— Albert —, Bruno se aproximou de Albert, com um toque de cuidado e instrução. — Vá para a empresa... fique no meu lugar por enquanto.
Albert assentiu, ainda absorvendo a dor. Cleide, com o rosto molhado de lágrimas, ajeitou-se rapidamente. Felipe e Albert permaneceu sozinhos na mansão, o vazio tomando conta da sala.
Do lado de fora, a porta da mansão dos Banksy se abriu, revelando Bruno e Cleide com os rostos marcados pela dor e pelo cansaço emocional. Cleide segurava a mão de Bruno com força. Em seguida, ele olhou para ela, seus olhos transmitindo uma mistura de pesar e determinação.
— Eu vou dirigir, amor. Não se preocupe — ele disse, a voz baixa e firme, tentando transmitir segurança. — Vamos estar com Arthur em breve.
Cleide não respondeu. Apenas assentiu com a cabeça. Depois entraram no carro em silêncio, Bruno ligou o motor, e o som grave do carro foi a única coisa que quebrou o silêncio profundo que pairava sobre eles. Conforme o carro avançava pelo caminho, Cleide fixou o olhar na estrada, os pensamentos vagueando entre lembranças e a dor da realidade que a aguardava. A mão de Cleide permanecia entrelaçada à de Bruno, mas agora, era ele quem segurava com firmeza, tentando encontrar consolo em meio ao silêncio e ao sofrimento compartilhado.
Dentro da mansão dos Banksy, o silêncio era quase opressor, Felipe e Albert estão sentados na escada, imersos em sua dor. O único som era o choro contido de Albert, cada soluço ecoando pela sala. Albert finalmente ergueu o rosto, os olhos vermelhos e cansados. Sua voz saiu em um sussurro quebrado, quase inaudível, carregada de arrependimento.
— Eu... não consigo acreditar que ele se foi, Felipe... — murmurou Albert. — Eu deveria ter estado lá para ele.
— Ninguém podia prever isso, Albert... — respondeu Felipe, que observou o irmão, sentindo a mesma dor que parecia crescer a cada segundo, a voz suave mas firme. — Arthur sabia o quanto nós o amávamos.
Ele envolveu os ombros de Albert com o braço, e os dois ficaram ali, em silêncio, compartilhando a dor de maneira muda. Depois de um momento, Felipe respirou fundo, reunindo a força necessária para dizer o que sabia que precisava ser dito.
— Precisamos ser fortes agora, pelo papai, pela mamãe... e por nós.
— Você está certo... — murmurou Albert, limpando as lágrimas com a manga da camisa, assentindo devagar, tentando manter a voz firme. — Mas é tão difícil.
Felipe deu um leve aperto nos ombros do irmão, em um gesto silencioso de apoio, e os dois permaneceram juntos, sentados na escada.
Enquanto isso. O quarto de André estava iluminado pela suave luz da manhã, mas o ambiente era preenchido por uma sensação de urgência. Sentado na beira da cama, ele terminava de calçar os tênis com pressa, os pensamentos já distantes. De repente, a porta do quarto se abriu, revelando sua mãe, Lorena, com uma expressão surpresa ao vê-lo acordado tão cedo.
— Meu filho, para onde você vai tão cedo? — perguntou Lorena, a voz carregada de preocupação.
— Mãe, eu preciso muito ver o Felipe — disse André, que levantou o olhar, respondendo com um suspiro enquanto terminava de se arrumar, a determinação brilhando em seus olhos.
— Meu Deus do céu! A Cleide acabou de perder um filho, e você já quer ir pra lá assim tão cedo? — questionou Lorena, se aproximado, a surpresa se transformando em uma leve reprovação, num tom hesitante, como se temesse feri-lo.
— Ele é meu melhor amigo, mãe. — André suspirou profundamente, terminando de ajeitar os sapatos antes de se levantar. Ele foi até a mãe e segurou suavemente o rosto dela entre as mãos, transmitindo o carinho e a compreensão que sentia. — Ele precisa de mim... eu tenho que estar ao lado dele nesse momento difícil.
— Meu filho. — Lorena o encarou, uma mistura de surpresa e apreensão. — Eu sei que ele é seu melhor amigo, mas tudo tem limite, André...
— Fica calma, mãe. — Ele sorriu levemente, acariciando o rosto da mãe para tranquilizá-la. Em seguida, inclinou-se e deixou um beijo suave em sua bochecha. — Eu volto logo, tá?
Sem dar espaço para mais protestos, André se virou e saiu do quarto. Ela observou o filho partir em silêncio, incapaz de impedir o desejo de apoiá-lo. Em seguida, Lorena sentou-se na beira da cama, o olhar perdido na porta por onde André acabara de sair. As palavras escaparam de seus lábios, um reflexo de seus pensamentos mais profundos.
— Meu filho gosta demais do Felipe...
Os olhos de Lorena estavam levemente marejados. Lentamente, ela se afastou, deixando aquele quarto, imersa em uma mistura de amor, apreensão e intuição.
Na manhã silenciosa do apartamento de Pilar, o aroma do café preenchia o ar, mas a paz do momento era interrompida por uma reclamação impaciente. Pilar examinava o pedaço de pão em suas mãos, franzindo o rosto com desagrado.
— Olha, mas o que é isso? Parece mais um bloco de tijolo, de tão duro! — resmungou, batendo o pão na mesa para provar seu ponto.
— Ai, mami, eu não sei se vou aguentar ser pobre... — disse Alessandra, do outro lado da mesa, suspirou dramaticamente, levando a mão à testa como se fosse desmaiar, com um tom teatral, mas o desdém e a insatisfação eram reais.
— Minha linda e amada filha —, Pilar soltou uma risada baixa e lançou um olhar carinhoso para a filha. Tocou a mão dela com confiança, sua expressão cheia de um otimismo obstinado. — Você nunca vai ser pobre. Porque, depois que casar com o Albert, você será rica! Rica! — declarou Pilar, com a certeza de quem já planejara o futuro.
— Ai mãe! — Alessandra sorriu, mas ergueu o rosto com um ar de ofensa honrada. — Eu vou me casar com o Albert, não é por dinheiro, mas sim por amor — disse, tentando dar um ar romântico à situação.
Antes que Pilar pudesse responder, os passos firmes de Carlos ecoaram pelo apartamento. Ele se aproximou da mesa, e com um movimento brusco, jogou o jornal sobre ela. Pilar e Alessandra o olharam, surpresas.
— O que é isso, Carlos? — perguntou Pilar, franzindo a testa.
— O filho da família Banksy está morto — afirmou Carlos, que se sentou à mesa, sua expressão carregada de seriedade.
As palavras causaram um impacto imediato em Alessandra, que arregalou os olhos, levando a mão à boca em um reflexo de surpresa.
— Ai, meu Deus, qual deles? — perguntou Alessandra, ansiosa.
— O que fugiu de casa... — Carlos, sem tirar os olhos do jornal, continuou calmamente. — Arthur. Ele morreu em um acidente de ônibus.
Alessandra ficou em choque por um instante, antes de se levantar bruscamente da mesa, a preocupação estampada em seu rosto.
— Ai, meu Deus... eu preciso ficar ao lado do meu noivo nessas horas tão difíceis! — disse, já saindo apressada em direção ao quarto para se arrumar.
Carlos acompanhou a cena com um sorriso malicioso, que foi impossível de esconder. Pilar, percebendo a expressão no rosto dele, o observou com uma mistura de indignação e desconforto. Carlos por um instante, capturando o brilho cínico em seus olhos, enquanto Pilar permanecia em silêncio, absorvendo a notícia e a reação peculiar do marido.
O carro de Bruno e Cleide parou na entrada do hospital, suas luzes refletindo o exterior frio e impessoal do prédio. Cleide saiu do carro apressada, os movimentos trêmulos denunciando a angústia que pulsava dentro dela. A bolsa pendia frouxamente em seu braço, quase esquecida, enquanto ela olhava ao redor, como se o ambiente hostil lhe causasse um pavor que jamais imaginara sentir.
— Eu só quero ver o meu filho... — murmurou Cleide, a voz embargada pelo desespero. — Eu preciso ver o Arthur...
— Vamos. Eu estou aqui com você — disse Bruno, sem soltar a mão dela, respirou fundo, tentando reunir a força necessária para enfrentar o que estava por vir.
Eles adentraram o hospital juntos, o som de seus passos ecoando pelos corredores vazios e frios. Cleide, que olhava fixamente para a frente, seus olhos vidrados e marejados. Bruno, ao seu lado, mantinha uma expressão de seriedade profunda. Cada corredor que atravessavam parecia interminável, aumentando a angústia de ambos. Enfermeiros e médicos passavam apressados, mas nenhum deles parecia notar o casal desolado, como se fossem apenas duas sombras se movendo entre a pressa da rotina hospitalar.
Finalmente, chegaram à porta de uma pequena sala no final do corredor. A enfermeira que os guiava parou e, com um gesto silencioso e respeitoso, indicou a entrada. Cleide olhou para Bruno, e por um momento parecia hesitar, como se não soubesse se realmente estava pronta para enfrentar aquela terrível realidade. Ele acenou com a cabeça, incentivando-a, e juntos, cruzaram a porta... Dentro da sala, o corpo de Arthur repousava em uma cama, coberto por um lençol branco que mal escondia a fragilidade daquele momento. Cleide deu alguns passos vacilantes até o corpo, suas mãos tremendo ainda mais. Ela estendeu a mão para tocar o lençol, puxando-o lentamente, até revelar o rosto de Arthur. O choro abafado escapou de sua garganta, e ela levou a mão à boca, incapaz de conter a dor avassaladora.
— Meu filho... — murmurou, a voz quase irreconhecível pelo sofrimento.
Bruno colocou uma mão em seu ombro, o olhar pesado de tristeza, compartilhando a mesma dor que devastava a esposa. Ele fechou os olhos por um momento, segurando o choro, permitindo-se um breve segundo de fragilidade antes de abraçar Cleide, que desabava ao seu lado.
Enquanto, a luz da manhã entrava suave pelas janelas do apartamento de Pilar, iluminando os detalhes luxuosos e organizados do ambiente. Na mesa do café, ela mexia a colher na xícara de porcelana com uma expressão que misturava tédio e irritação. O silêncio foi interrompido por uma risada seca de Carlos, que se recostava na cadeira com um ar de superioridade quase teatral. Pilar olhou para ele, os olhos apertados e o cenho franzido. Não conseguia acreditar naquilo.
— Você não tem vergonha nessa sua cara, não? — Pilar disparou, inclinando-se um pouco à frente, sem disfarçar a irritação. — Ficar rindo da desgraça dos outros!
— Minha querida, — Carlos riu mais uma vez, agora com um toque de sarcasmo, arrastando as palavras com uma satisfação que fazia Pilar querer lhe atirar a xícara — em breve eu vou ser o presidente da empresa Banksy.
— O quê? — Pilar riu, um riso alto e debochado que ecoou pelo apartamento. Ela jogou o corpo para trás e apontou o dedo bem no rosto de Carlos, zombando da pretensão dele. — E como é que você vai ser presidente da Banksy, se o Bruno nem aguenta olhar pra tua cara? — desafiou ela, entre risadas.
— Digamos que eu tenho um pequeno segredinho do Bruno... — Carlos murmurou, com um tom malicioso e calculado, os olhos fixos nos de Pilar.
A expressão de Pilar mudou de imediato. O riso morreu nos seus lábios e uma sombra de surpresa misturada com apreensão cruzou seu rosto. Carlos, por outro lado, continuou rindo. Em seguida, Carlos ficou em silêncio, seu olhar se transformou. Um sorriso lento e enigmático surgiu em seu rosto, o suficiente para silenciar a risada de Pilar e deixá-la curiosa.
Já no a empresa Banksy, o ambiente era de expectativa contida. Albert entrou pela porta da frente, seus passos pesados ecoando pelo corredor. Ele caminhava devagar, como se cada passo fosse uma luta, e os olhares preocupados dos funcionários o acompanhavam. Ao chegar ao seu escritório, Albert parou por um instante, observando a mesa abarrotada de papéis e documentos que esperavam por sua atenção. Uma batida suave na porta interrompeu seu momento de introspecção. A assistente, com um olhar sério e solidário, entrou no escritório. Ela se manteve à porta, respeitando o espaço do chefe.
— Albert, se precisar de algo, estou aqui para ajudar. Sinto muito pelo seu irmão, — disse ela, a voz suave, mas carregada de empatia.
— Obrigado... preciso de um momento. Pode me deixar sozinho? — ele respondeu, a voz quase um sussurro, carregada de um cansaço que parecia ter se instalado em sua alma.
A assistente acenou com a cabeça, compreendendo a necessidade dele, e saiu, fechando a porta atrás de si com um cuidado quase reverente. Assim que ficou sozinho, Albert finalmente se permitiu desmoronar. Com um gesto brusco, ele colocou a cabeça nas mãos, lutando contra as lágrimas que ameaçavam transbordar. Ali, sentado à mesa que antes era um símbolo de poder e controle, ele se sentiu vulnerável e perdido. Os papéis à sua frente tornaram-se um borrão, e as lembranças invadiram sua mente.
Do outro lado, uma mulher chamada Heloísa estava em seu quarto, a energia da manhã envolvia-a enquanto ela se preparava para sair. Vestida de maneira elegante, com um sorriso empolgado nos lábios, ela se posicionou diante do closet, retirando uma bolsa grande e preta que parecia ser a companhia perfeita para seu dia.
— Tá na hora de eu trabalhar! — exclamou, quase animada, enquanto imaginava as oportunidades que o dia poderia trazer.
No entanto, ao se dirigir para a porta, um som familiar interrompeu seu ímpeto: a televisão. Heloísa hesitou, atraída pela voz da âncora, que apresentava uma reportagem que fez seu coração parar. Ela se aproximou, seus passos se tornando lentos e cautelosos, e sentou-se na beira da cama. Quando as imagens de seu sobrinho Arthur começaram a passar na tela, seu sorriso se desfez, dando lugar a uma expressão de surpresa e tristeza.
— Nossa, meu sobrinho morreu... — murmurou, a realidade do que havia acontecido batendo em sua mente como um martelo. — Minha irmã deve estar arrasada!
A gravidade da situação a atingiu como um tsunami. Heloísa se levantou, seu corpo inquieto, enquanto caminhava de um lado para o outro, o coração pesado de preocupação por Cleide, sua irmã. Após alguns momentos de reflexão, uma decisão firme começou a tomar forma em sua mente.
— Eu tenho que me encontrar com a Cleide... — Heloísa falou, sua voz carregada de determinação. — Ela é minha irmã, precisa do meu apoio!
De repente, Heloísa guardou a bolsa grande e preta de volta no closet, decidindo que as obrigações profissionais poderiam esperar. Rapidamente, ela trocou de roupa. Sem hesitação, Heloísa saiu do apartamento, cada passo em direção à mansão dos Banksy carregado de empatia e a esperança de que sua presença pudesse trazer algum conforto à sua irmã em um momento tão devastador.
O clima no hospital era tenso e pesado quando Bruno e Cleide entraram no consultório do médico, os corações pulsando em um compasso lento, atormentados pela dor da perda. A recepcionista os conduziu pelo corredor, e ao abrir a porta do consultório, o silêncio parecia ecoar em seus ouvidos. Eles se sentaram, e Bruno, com um gesto decidido, tomou a iniciativa.
— Aqui estão os documentos de Arthur. Queremos agilizar o sepultamento, — disse ele, sua voz grave revelando a urgência da situação.
— Eu sinto muito pelo que aconteceu com o filho de vocês, — falou o médico, ao observar a tristeza estampada no rosto do casal, sentiu a necessidade de oferecer palavras de empatia.
— Eu acabei de ver o meu filho — disse Cleide, segurando as lágrimas que ameaçavam escapar, interrompeu o silêncio com um pedido carregado de emoção.
— Eu sei que está sendo muito difícil para vocês. — O médico hesitou por um momento, e continuou. — Vocês não quer saber sobre a saúde da moça?
— De quem você está falando? — questionou Cleide, que ficou confusa, o olhar se desviando para Bruno, que também parecia perplexo. Ela voltou o olhar para o médico, buscando respostas.
— A mulher que estava com seu filho no ônibus... por sorte, ela sobreviveu e não perdeu o bebê, — revelou o médico, suas palavras cortando a névoa de tristeza com uma inesperada luz de esperança.
Cleide e Bruno trocaram olhares de surpresa e confusão. Cleide sentiu uma onda de emoções percorrer seu corpo. Lentamente, ela se levantou da cadeira, um brilho inesperado começando a surgir em seus olhos, enquanto um sorriso suave começava a tomar conta de seu rosto.
— Meu filho... não se foi completamente. Ainda vai ficar uma parte dele aqui na Terra com a gente! — exclamou Cleide, a emoção pulsando em cada sílaba, como se uma nova vida estivesse sendo infundida em seu coração despedaçado.
A imagem de Cleide, radiante e esperançosa, se destacava em meio à escuridão que a cercava, e, enquanto a cena ao redor começava a escurecer lentamente, a luz de sua revelação iluminou aquele momento sombrio. A cena congelou, capturando a essência da esperança e da renovação, e o capítulo se encerrava...
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 5
Comments