Capítulo 7

*Olá minhas leitorinhas lindas, tudo bem?

Passando por aqui pra pedir desculpas pois não coloquei uma introdução, como sempre faço, lá no início do livro.🙈

Esse romance está contando a história de Nicollas Blake, filho de Aaron e Sofy, o casal lindo do meu outro livro, Entre a Razão e o Coração. E se você caiu aqui de para-quedas e ainda não leu o livro com a história dos pais, vale a pena dar uma conferida, até pra não ficar meio perdida com alguns personagens que vão aparecer por aqui mais pra frente😉.

Bom, como já viram, tem é caroço nesse angu, mas eu prometo que vou colocar todos os pingos nos i, e nossa fofinha Isy vai ser cercada de muito amor.

Quero pedir que continuem comentando, curtindo, votando, favoritando, presenteando com 💐 e ❤. Seu feedback é muito importante pra mim e além de me incentivar a continuar escrevendo me ajuda a aumentar a visibilidade do livro na plataforma.

Obrigada a cada uma de vocês! Se houver algum erro de português eu peço desculpas e aceito que sinalizem para que eu possa fazer a correção. Enfim, boa leitura à todas!

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- Sofy, por favor, senta aqui. - Aaron se senta e me puxa, me acomodando em seu colo, enquanto acaricia minhas costas. - Calma, respira.

Eu tento respirar o mais devagar possível, mas o ar parece faltar.

- Pai, aquele documento...- nosso filho entra na sala. - Mãe! - ele vem correndo até onde estamos. - Pai...porque a mamãe tá assim? O que aconteceu? Mãe, fala comigo!

- Calma, filho! - meu marido diz, tentando se manter calmo. - Ela está nervosa. Deixa ela se acalmar pra poder falar...

Vejo nosso filho se levantar e correr até o frigobar e voltar com uma garrafinha d'água.

- Toma Mãe, bebe isso. - tadinho, ele parecia desesperado.

- Tá tudo bem...meu amor. - digo, fazendo carinho no rosto dele e tentando parecer o mais tranquila possível, mas por dentro estou uma pilha de nervos.

- Não tá não. Sua mão está gelada e eu te conheço, dona Sofy. - diz, franzindo a testa. - Foi o Nicollas de novo? Ele continua arredio com essa história de casamento?

- Não, Adrian! - respiro fundo. - Seu irmão não sabe e nem tem culpa por eu estar nervosa...

- Bom, saber ele não sabe, mas quanto a culpa...

- Aaron! - repreendo meu marido, que ergue as mãos em rendição e move os lábios em um "desculpa".

- Tá vendo?! - Adrian passa as mãos nos cabelos. - Ele não quer saber de compromisso, Mãe. Para de tentar fazer ele se acertar com alguma mulher, deixa ele viver nessa vida louca que ele se enfiou. A senhora vai ficar nervosa desse jeito e eu vou acabar perdendo a paciência e saindo no braço com ele.

- Adrian Donartti Blake! - digo,séria. - Seu irmão não tem culpa alguma do que aconteceu e você nunca mais repita uma sandice dessas! Onde já se viu? Ameaçar brigar com o próprio irmão?! Eu não criei vocês pra isso, ouviu bem?

- Ow, ow, quem te deixou brava assim, baixinha? - meu irmão, Brian, entra na nossa sala e se abaixa à minha frente. - Eu ouvi sua voz alterada e vim ver o que houve. Me fala, eu vou ter que bater em quem?

Eu sorrio do jeito todo super protetor dele, sempre foi assim.

- Começa batendo no cabeça dura do seu afilhado mais velho! - Adrian diz, com deboche.- Quem sabe assim entra alguma coisa de bom naquela cabeça dura?!

- Adrian, já chega! - Aaron se levanta do sofá e me coloca sentada. - Vai agora pra sua sala, antes que eu perca a paciência! - Diz firme, e nosso filho sai chateado.

- Ele e o Nicollas ainda estão se estranhando por causa daquela garota? - Brian pergunta, se sentando ao meu lado.

- Infelizmente sim. - digo, desanimada. - Se eu pegar essa tal de Paloma, nem sei do que sou capaz.

- Calma, amor. - Aaron acaricia minha mão. - Eles vão se resolver, dê tempo ao tempo...

- Cara, eles eram realmente unidos, até dividiram a mesma mulher..

- Brian! - digo, brava. - Eles não sabiam que aquela mulherzinha estava ficando com os dois.

- Ok, tudo bem. Mas foi uma bela lição para o Adrian, porque ele e Allan se aproveitaram muitas vezes dessa coisa de serem gêmeos idênticos pra enganar as garotas. Aí, agora doeu, né?!

- Sim,mas agora não é isso o que está me preocupando...

- Então o quê é? Fala pro seu mano que resolve tudo. - diz, convencido.

- Você pode resolver o fato do Nicollas ser pai de uma bebê que ele sequer sabe que existe? Da mãe dessa minha neta ter passado por uma gestação conturbada e nem sequer imaginar quem é o pai da filha dela por ter sido drogada no dia em que a filha foi concebida? - digo e vejo meu irmão arregalar os olhos.

- Put@ merd@! Que doideira!

- Pois é meu amigo.- Aaron toca o ombro do meu irmão. - Agora imagina quando a gente contar a história pro Nicollas?

- Pera aí, ele não sabe? Como você sabe, Sofy? Se ele que é o pai ainda não sabe? Xii, bugou aqui agora...- Brian faz cara de confuso e eu sorrio discretamente.

- Bom, nem o Aaron sabe ainda da história, mas eu vou contar, só deixa eu fechar a porta, porque essa sala hoje tá pior que casa da mãe Joana!

Levanto e fecho a porta, depois me sento na cadeira e começo a contar pros dois, que me ouvem atentamente, e suas expressões de surpresa vão se intensificando a cada palavra.

Quando enfim termino de contar tudo o que sei, Aaron permanece de boca aberta e Brian parece pensativo.

- Tá explicado! - ele diz, dando um pulo da cadeira.

- Explicado o que, maluco? - Aaron o encara.

- Pensa, Aaron. O Nicollas virou um mulherengo pior que eu e você juntos, e olha que nós éramos terríveis. - diz, sorrindo, mas logo continua. - Ele só ficou assim de uns tempos pra cá, e segundo o que a Sofy contou, bate com a data em que ele engravidou essa moça.

- Sim, mas o que isso tem a ver? - meu marido pergunta, confuso.

- Faz todo sentido! - digo, surpresa. - O Nicollas tem saído com moças morenas, de cabelos escuros...ele está buscando a Mariana!

- Exatamente! - Brian diz, orgulhoso. - Eu sou um ótimo detetive.

- Calma aí, oh Sherlok, você só esqueceu um detalhe..

- Ah, pronto! Inveja mata, sabia Aaron?!- Diz, indignado. - Esqueci o quê?

- O Nicollas pode até estar em busca dessa moça, mas segundo ela, ele nem viu o rosto dela, como ele ia reconhecer?

- Amor...- me aproximo do meu marido e beijo seus lábios levemente. - Você reconheceria meu beijo? - digo,carinhosa.

- Em qualquer lugar, minha rainha. Até de olhos vendados!

- Então.. - sorrio. - Nosso filho sentiu o beijo da Mariana, os toques dela, eles tiveram um momento íntimo que de alguma forma foi marcante pra ele, e se ele a encontrasse...

- Mesmo sem lembrar do rosto, lembraria do beijo! - Aaron diz, pensativo. - Mas ainda tenho receio da reação dele.

- Eu também. - digo, respirando fundo. - Tenho medo dele rejeitar a filha. Nossa neta é uma bebê tão linda e alegre, e a Mariana daria a vida por aquela pequena sem pestanejar.

- Posso dar minha opinião de padrinho e tio? - Brian diz.

- Claro! Você conhece nosso filho tão bem quanto nós. - Aaron diz.

- Eu acho que o Nicollas pode nos surpreender. - diz, se sentando novamente. - Pensem, ele nunca quis um filho por não querer ser pai fora do casamento e nunca quis casar porque não queria se amarrar à mulher nenhuma. Mas, mesmo sem perceber, ele se amarrou às memórias e lembranças da única noite que teve com essa moça e de lá pra cá, mesmo que inconscientemente, busca sempre a encontrar nos braços de outras. Ele pode não admitir nem pra si mesmo, mas já gosta dessa moça. E eu duvido que ele rejeitaria um filho, ainda mais sendo esse filho um fruto da única noite que foi realmente importante pra ele até hoje, e ainda tem o bônus de vir acompanhado da morena que ele busca há mais de um ano!

Bom, pensando por esse lado, até que faz sentido. Mas eu ainda me sinto meio insegura.

- Você pode ter razão. - pondero. - Mas ainda assim, eu já disse pra Mariana que ela vai trabalhar como secretária pessoal do Nicollas, mas isso foi antes de saber de tudo e de descobrir que ela é a mãe da minha neta.

- Vai por mim, maninha.- Brian diz, afagando minhas costas. - Relaxa. O Nicollas já é um adulto, e ele têm todo o direito de saber que é pai, assim como essa princesinha têm todo o direito de ter tanto o pai quanto a mãe presentes na vida dela.

- Eu...- respiro fundo. - Você tem razão! .

- Eu sempre tenho razão, baixinha. - ele diz, convencido, e eu faço língua pra ele.

Somos adultos? Sim!

Mas às vezes a criança que mora em nós é quem toma conta!

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