Alguns dias se passaram, o Senhor Louis decidiu, de maneira unilateral e sem nenhum acordo prévio, fechar o mercado. Consequência disso, os seguranças da Montana expulsaram bruscamente os comerciantes que estavam lá.
Com violência, eles depredaram as lojas dos comerciantes que ainda tentavam resistir. Assim, o Mercado Montana se encontrava agora em total desordem, com várias lojas já derrubadas.
Alguns comerciantes eram vistos chorando, implorando ao pessoal da Montana para que não os expulsassem.
"Por favor, não nos expulse, precisamos sustentar nossos filhos e esposas. Se formos embora daqui, onde vamos vender?" um comerciante mais velho suplicava desesperadamente aos seguranças.
"Sou apenas uma mãe solteira, meu marido já faleceu, se não vender, meu filho passará fome, Senhor." uma mulher também implorava por compaixão aos seguranças.
Contudo, os seguranças favoreceram aqueles que os haviam pago, ignorando as súplicas e lamentos dos comerciantes.
"Destruição total neste mercado!" gritou o chefe dos seguranças no local.
No entanto, os comerciantes não queriam desistir, acreditavam que o tempo de contrato das lojas ainda não havia expirado, portanto decidiram resistir aos seguranças. O ambiente tornou-se caótico, pois nenhuma das partes queria ceder.
...****************...
A confusão no mercado chegou ao conhecimento do escritório central da Montana, Raisa estava profundamente decepcionada com o Senhor Louis por ter expulsado os comerciantes do mercado sem piedade.
Além do mais, Raisa sentia-se desvalorizada, pois o Senhor Louis tomou a decisão sem seu conhecimento, e ela ainda não havia informado Bastian sobre o plano de despejo do mercado.
Raisa foi ao encontro de seu pai para protestar contra sua decisão unilateral. "Como o pai pôde fazer isso? Devido à decisão precipitada do pai, o nome da Montana será manchado na mídia e perante a sociedade."
O Senhor Louis parecia extremamente inquieto, "Pai achou que eles não resistiriam e que nada tão ruim aconteceria, Raisa."
"Ahh..." Raisa massageava suas têmporas sentindo uma dor imensa, e, como gerente da Montana, ela se sentiu obrigada a ir até o mercado para tentar resolver a situação.
Decidida a proteger a reputação da Montana, Raisa se dirigiu ao mercado acompanhada por quatro guarda-costas, embora estivesse muito nervosa, ciente de que poderia ser alvo da fúria dos comerciantes. Mas estava disposta a correr esse risco pelo bem da imagem da Montana.
Não podia deixar que a Montana fosse vista como uma empresa sem consciência por ter expulsado os comerciantes à força.
Chegando ao mercado, Raisa procurava por alguém, em particular, seu marido.
Será que Bastian estava participando do tumulto também?
Raisa suspirou, questionando-se por que deveria se preocupar com o destino daquele homem. Afinal, a relação entre ela e Bastian era estritamente profissional; Raisa não tinha motivos para se preocupar com ele.
A situação no mercado estava caótica, a ira dos comerciantes escalava, e os seguranças pareciam estar perdendo o controle.
Raisa precisava acalmá-los, aproximou-se dos que protestavam.
Alguns comerciantes protestavam mostrando cartazes e escritas em cartolinas.
GRUPO MONTANA DESUMANO, SEM CORAÇÃO.
O GRUPO MONTANA FALTA COM A HUMANIDADE.
POR FAVOR, TENHAM PENA DE NÓS QUE SÓ QUEREMOS SUSTENTAR NOSSAS FAMÍLIAS.
DEVOLVAM NOSSO DINHEIRO DO ALUGUEL.
Raisa lia cada uma das mensagens exibidas em cartazes e cartolinas enquanto continuavam a gritar: "Grupo Montana não tem coração."
Raisa precisava enfrentá-los, protegida por seus quatro guarda-costas. Mas estranhamente, ainda não havia visto Bastian.
"Sou Raisa Montana, gerente do Grupo Montana. Queremos pedir desculpas sinceramente pelos erros que cometemos, prometemos trabalhar para restaurar a condição do mercado, porque..."
No entanto, os comerciantes já não queriam mais ouvir promessas vazias do Grupo Montana. "Balela, vocês só estão dizendo isso para nos fazer calar, daqui a pouco vocês derrubam tudo e constroem um shopping no lugar."
Raisa queria explicar novamente que o que eles pensavam não era verdade, ela lutaria para que todos os comerciantes pudessem voltar a vender no mercado, mas um grupo de pessoas, incapaz de controlar suas emoções, começou a atirar frutas em Raisa.
Com rapidez, os quatro guarda-costas tentaram protegê-la, mas estavam sobrecarregados com o número de comerciantes querendo ferir Raisa, descontando nela sua frustração e ódio.
Raisa ficou extremamente assustada, incapaz de fugir por estar cercada pela multidão, até que alguém jogou uma grande quantidade de farinha em sua direção.
De repente, alguém se colocou à frente de Raisa, permitindo que ela se escondesse em seus braços para protegê-la, de modo que as costas dessa pessoa ficaram cobertas de farinha e também recebendo objetos lançados pela multidão.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 73
Comments
Elis Alves
Como esse estúpido é um presidente de uma grande empresa? Achou mesmo que as pessoas teriam seus trabalhos arrasados sem protestar? Jumento
2025-02-28
0