Capítulo 4 - Refúgio

Ela percebeu que o sol já se pôs, já que ela havia ido ao rio meio-dia, ela começou a ficar preocupada, porém, percebeu que isso somente a atrapalhava e decidiu pensar mais um pouco em qual trilha ela seguiu para vir ao rio.

— Bom, eu acho que foi aquele caminho, eu não posso estar errada. — Gesticulou ela.

Andando em direção ao caminho, ela percebe que está diferente, então naquele momento ela se deu de conta que já havia perdido o caminho certo.

— Oh! céus, o que eu faço agora, tenho que colocar essa cabeça para funcionar. — Ela começou a pressionar a sua cabeça, para tentar lembrar de algo.

— Não, eu me perdi, um dia de muita sorte. — Espera, eles podem pensar que fugi? Se pensarem sobre isso eu posso ser castigada, eu deveria pensar antes de agir, que raiva!

Nadine começou a dar socos em sua cabeça.

— Vamos lá, eu consigo lembrar.

Ela começa a ir em qualquer direção sem ao menos pensar que aquilo pode acabar piorando a situação. Começa a escurecer, ela começa a ficar totalmente desesperada e sem chão, o medo toma o seu corpo, pois a sua mãe dizia que a noite era traiçoeira, quem se perdia nela, não ficaria vivo.

— O senhor, me ajude. - Nadine ficou atrás de uma árvore, ela já tinha consciência que qualquer movimento que ela fizesse agora só iria piorar. Ela fecha seus olhos e tenta pensar em algo bom, porém os sons de corujas voado e galhos caindo sobre a floresta a deixa com os nervos a flor da pele, a situação piora quando ela escuta passos pesados e galhos sendo esmagados no chão.

"Que não seja uma criatura faminta, que não seja uma criatura faminta!" Repetia ela em seu pensamento.

Os sons ainda continuavam, mas a cada medida que dava os passos, mais pertos eles ficavam da árvore em que Nadine estava, até que uma sombra enorme ficou próximo ao lado dela, era uma criatura que fungava, parecia estar sentindo cheiro.

"Aí droga, ele percebeu que eu estou aqui" Pensou ela

A criatura fungou mais uma vez, ela começou a rosnar e correr em direção a árvore, mesmo que estivesse escuro a luz da lua ajudou Nadine escapar daquela direção, ela saiu correndo mais rápido que pode, ela ainda escutava os sons de passos pesados, porém em uma velocidade maior, a criatura parecia convicta a tentar mata-lá a todo custo. Cansada e já sem fôlego, ela pensou que já havia despistado a criatura, porém ao mover a sua cabeça em direção a luz da lua, percebeu a silhueta de um enorme lobo, parecia estar faminto, ele estava concentrado em sentir o cheiro dela novamente.

Sem tentar se mover, em questão de segundo ela sentiu alguém por trás de seu corpo e tampando a sua boca.

— Olha, você se meteu em grandes problemas mocinha. - Era Ashton, seus olhos vermelhos estavam brilhantes iguais a rubi, o medo sumiu do seu corpo, agora ela estava bastante preocupada com o sermão que ela receberia dele e de Bella.

— Eu vou me mover, nós vampiros temos a habilidade de correr rápido, peço que se segure.

Nadine concordou com a cabeça, ela estava soando bastante, pois ficou correndo da grande fera, ela estava tentando processar como ela não virou jantar de lobo.

Ashton disparou em direção ao castelo, a criatura percebeu o movimento e tentou se aproximar, porém, de nada adiantou, afinal Ashton já era um vampiro experiente e conhecia todas as criaturas que estavam ali por perto. Os dois chegaram ao castelo, ele retirou as mãos que estavam sobre a cintura de Nadine para que ela não pudesse cair, mais ele a segurou tão forte.

— Quem mandou você sair do castelo sem as minhas ordens? Lembre-se eu que mando aqui, eu deveria ter deixado você virar comida de lobo! - Gritou Ashton

— Eu apenas queria sair um pouco! - Ela gritou novamente.

— A Bella que deveria cuidar de você por ela ser mais velha e ter experiência, você não consegue cuidar de si mesma e ainda tenta sair? Você não conhece o mundo lá fora. - Ele franziu o rosto e a raiva estava aparente.

— Eu sei me cuidar sozinha, você acha mesmo que a Bella é minha babá ou algo do tipo? - Ela franziu de volta.

— Agora eu tenho mais certeza que você precisa de uma, deu sorte que não se machucou, tome mais cuidado da próxima vez. - Ele saiu andando.

— Ah sim, muito obrigado senhor. - Disse Nadine em um tom de ironia.

"Que ódio, eu já sabia que eu iria levar um sermão, mas eu não consigo deixar as pessoas tentarem ser grossas comigo, elas podem tentar se aproveitar de mim, se bem que ele me salvou"

Nadine se levantou do chão, ela caminhou em direção ao seu quarto, quando ela abriu a porta ela se deu conta que Bella estava ali, na janela, ela havia visto tudo. Ela tentou fechar a porta novamente, mas Bella tem força, e agarra a marceneta.

— Entre.

— Não venha me dar sermão, eu já escutei o suficiente hoje. - Nadine pega uma toalha para tomar banho.

— Sim, eu sei que você já levou um sermão, mas ainda falta a minha parte. - Você como novata aqui e minha responsabilidade, caso você morresse ou algo quem seria culpada seria eu, por favor não se coloque em perigo mais nunca.

Nadine sentou na cama e Bella também.

— Me desculpe, não sabia que isso iria causar tanto, eu agi por vontade própria.

— Muito bem! eu sei que você tem espírito aventureiro, mas essas aventuras já são demais para você, amanhã eu te levo para conhecer o bosque já que você gosta tanto de sair assim.

— Mas você terá contato com o sol, não pode?

— Bom, não e o meu caso, eu posso ter contato com o sol.

— A então está ótimo! Estarei esperando você amanhã. - Nadine sorriu e foi em direção a banheira.

Bella saí do seu quarto e vai para o dela.

Na casa anterior de Nadine.

— Estamos com as nossas vidas estáveis agora, eles já deram o pagamento, veja esposa, vamos sobreviver agora!

A mulher olha com nojo.

— E quanto a vida de nossa filha? Você sabe como ela está? Se ela ainda tá viva? Eu não te entendo! - Os olhos enchem de lágrimas.

— Mulher tola, deveria ter vendido às duas, vocês só trouxeram desgraça na nossa vida, agradeça por eu ter vendido aquela megera que você chama de filha.

O pai de Nadine a tratava totalmente diferente de quando ele conversava com ela, na verdade, ele ofereceu Nadine em símbolo de desprezo que sentia pela menina, ela dizia que ela não era a sua filha de sangue e que sua mulher o traiu com outro homem.

— A Nadine é nossa FILHA! Você não tem direito de falar assim dela! - A mulher gritou

— Nossa filha? Certamente eu nunca engano em minhas palavras, ela não tem meu sangue em suas veias, você sabe muito bem disso! - Ele gritou de volta e apontou um dedo na cabeça da mulher.

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Comments

Mariane Nana 🌺

Mariane Nana 🌺

nao entendi essa atitude dela pra quem estava preocupada de levar um sermão ela ta enfrentando ele

2023-05-07

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