Capítulo 16
Em uma sala bastante espaçosa, havia apenas uma mesa comprida com onze cadeiras. Todas as cadeiras estavam ocupadas pelos membros da elite do grupo Black Eyes. Peter, o líder do grupo mafioso, sentou-se na cadeira principal.
Um largo sorriso enfeitava seu rosto envelhecido. Ele segurava um grande envelope.
"Finalmente, posso recuperar meu tesouro perdido", disse Peter, seguido por uma gargalhada de pura felicidade.
Ele abriu o envelope e deixou o conteúdo cair sobre a mesa. Havia várias fotos e papéis. Seus olhos brilharam ao ver a foto de um celeiro usado para armazenar colheitas.
"Como senti falta deste lugar!", disse Peter, ainda em tom de alegria.
Havia um rolo de papel perto dele. Ele o abriu, revelando a planta baixa da fábrica de Li, destruída pela bomba. Peter ordenou a seus homens que encontrassem o ponto exato onde o celeiro costumava ficar.
Todos os membros do Black Eyes olhavam para seu líder, que parecia muito diferente naquele dia. Era evidente que o item recuperado da residência Li era muito valioso e significativo para ele.
"Então? Já descobriram onde ficava o celeiro?", perguntou Peter.
"Estou tentando encontrar o ponto exato na localização atual", respondeu o jovem de óculos.
Peter mal podia esperar para recuperar seus 1.000 lingotes de ouro. Cada barra pesava 1.000 gramas. Ele havia enterrado três baús contendo os lingotes de ouro que tomou de um sócio que o havia traído. Na verdade, os 1.000 lingotes de ouro eram produto de um roubo que ele e seu amigo haviam cometido contra a maior empresa de mineração do continente. Até hoje, o caso do desaparecimento dos lingotes de ouro permanecia sem solução.
Seu plano original era que ele e seu amigo fundissem o ouro para encobrir seus rastros das autoridades. No entanto, durante a viagem, eles se desentenderam e acabaram lutando. Peter foi o vencedor do duelo, e seu amigo morreu, assim como seu homem de confiança. Com isso, todo o ouro roubado ficou para ele.
Um evento inesperado ocorreu enquanto procuravam por uma fundição de ouro abandonada em um local remoto. Dois policiais suspeitaram do carro em que estavam e tentaram fugir. Um dos policiais atirou em um dos pneus, impossibilitando a fuga. Eles não tiveram escolha a não ser eliminar os policiais também.
Para salvar o fruto do roubo, Peter e seu homem de confiança procuraram um lugar para esconder a grande quantidade de ouro. Por sorte, encontraram um celeiro não muito longe dali e enterraram os baús de madeira à direita do poço, alinhados com a maior árvore do local.
Para seu azar, Peter e seu homem de confiança foram presos por tráfico de drogas e armas ilegais ao entrarem na capital. Ele passou onze anos na prisão, e ninguém sabia sobre o ouro enterrado.
Assim que saiu da prisão, sua primeira ação foi procurar o local onde escondeu seu tesouro. No entanto, o local havia se transformado em uma fábrica. Para recuperar sua fortuna, Peter tentou comprar a fábrica da empresa Li, mas o Sr. Jimmy Li recusou, pois muitas pessoas dependiam dela para trabalhar e sobreviver. Com a recusa, a única opção que restou foi destruir a fábrica.
"Senhor, terminei os cálculos. Este deve ser o local onde ficava o celeiro", disse o homem encarregado por Peter, apontando um ponto com um laser vermelho.
"Ótimo. Assim podemos nos concentrar em encontrar meu tesouro ali", disse Peter, enquanto os membros da elite aplaudiam.
Sandra ainda acompanhava Daniel no hospital. Apesar de Sindy e Leon insistirem para que ela fosse para casa descansar, ela se recusava a sair do lado do marido. Queria estar presente quando ele acordasse e ser a primeira pessoa que ele visse.
"Por que você não acorda? Você prometeu que sempre me protegeria. Se continuar dormindo assim, como poderá me defender daqueles bandidos?", disse Sandra, esperando que Daniel ouvisse suas palavras e abrisse os olhos.
Dois dias se passaram e Daniel ainda não havia acordado. Sandra temia que seu marido a deixasse para sempre.
"Eu não quero ser viúva. Você tem que acordar, não pode morrer!", Sandra sacudiu Daniel, frustrada por ele não abrir os olhos.
Apesar de seus gritos e lágrimas, Daniel permaneceu imóvel. Seu corpo não respondeu aos seus chacoalhões.
"Deve haver alguma outra maneira de trazer alguém de volta à vida", murmurou Sandra, lembrando-se das histórias que ouvia quando criança.
Ela olhou ao redor, certificando-se de que estavam sozinhos. Então, sentou-se na beirada da cama onde Daniel estava deitado.
"Por favor, acorde! Eu te amo, Daniel", implorou Sandra, com um olhar apaixonado.
Lentamente, seus lábios macios tocaram os lábios secos de Daniel. Sentindo que não era o suficiente, ela o beijou delicadamente. Em seu coração, ela rezava pela recuperação de seu marido.
Enquanto beijava Daniel, ela sentiu o beijo ser retribuído. Lentamente, as pálpebras dele se abriram, revelando seus olhos. Ela se assustou ao perceber que ele havia aberto os olhos.
Sandra se afastou rapidamente, mortificada por ter sido pega em flagrante.
"Vão ficar se beijando até quando? O médico está cansado de esperar na porta para examiná-lo, Daniel."
Sandra se levantou de um pulo e se postou ao lado da cama. Seu coração quase saltou do peito ao perceber que alguém havia presenciado a cena.
Nathan e Dilan estavam parados perto da porta, acompanhados pelo médico e uma enfermeira. Os quatro sorriram para Sandra e Daniel.
Sandra não fazia ideia de que Daniel já estava acordado desde o dia anterior. Ele havia fingido estar em coma para avaliar a situação no hospital. Tendo crescido em um ambiente hostil, onde era necessário usar táticas dissimuladas para sobreviver, ele era cauteloso com o que o cercava.
O médico afirmou que Daniel estava bem e o aconselhou a evitar esforços. Ele até sugeriu que fossem viajar para ajudar na recuperação. Se a mente e o coração estivessem tranquilos e felizes, a cura seria mais rápida.
"Vamos sair para um encontro! Para você melhorar logo", disse Sandra, corando.
Daniel sorriu levemente. Ele queria aproveitar o tempo com Sandra para colocar seu próximo plano em ação.
*
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Atualizado até capítulo 119
Comments
Fatima Vieira
Daniel é muito esperto
2025-02-25
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