| Com Um Sorriso Bobo No Rosto

Melissa: Acordo cedo com a Bruna, me troco e troco ela, corro para abrir as cortinas e a janela. Sinto o sol aquecendo a minha alma, olho a vista e fico encantada com como essa fazenda é linda. Me viro de costas e a Bruna está cantando, enquanto pula na cama. Fico sorrindo admirando a minha filha.

Bruna: Mamãe vem...

Melissa: Subo na cama e pulo com a Bruna, caio na cama e ela cai por cima de mim.

Eu te amo minha flor!

Bruna: Eu também te amo mamãe.

Melissa: Desço com a Bruna, ela corre até a Marlene e o Bruce e dou bom dia aos dois. A Marlene passa por mim e me dá um beijo terno. Ela leva o café da manhã da Daiane na cama devido ao pé dela, desce e tomamos café da manhã juntos.

(Léia, empregada)

Léia: Senhora a bandeja de café da manhã do senhor Maurício ficou pronta.

Marlene: Obrigada querida, pode deixar que levo para ele.

Melissa: O Maurício está bem?

Marlene: Estava indisposto hoje, o Bruce já examinou ele, é só um resfriado.

Melissa: Ontem tomei um banho de chuva e ele me acompanhou. Posso levar a bandeja? Queria de alguma forma retribuir o cuidado que ele teve comigo.

Falo um pouco sem graça, principalmente com Léia me olhando de cima a baixo com cara de nojo.

Marlene: Suba querida, talvez ele precise de ajuda ou companhia. Vamos levar a Bruna até a Baby, tudo bem?

Melissa: Claro. Muito obrigada, Marlene.

Pego a bandeja da mão da Leia e posso jurar que ela rosnou para mim.

Marlene: Melissa sobe e encaro a Leia que desvia o olhar.

Léia está aqui anos e sempre ignorei a forma que encarava o meu filho, porque nunca passou disso. Serei clara e direta, porque não sou mulher de rodeios. Trato todos os funcionários dessa casa com respeito e não aceito que faltem com respeito com os meus hóspedes. A Melissa e a Bruna são parte dessa família e terei tolerância zero para qualquer forma de despeito com elas. Fui clara?

Léia: Sim, senhora. Me perdoe.

Marlene: Obrigada, pode se retirar.

Bruce: O aconteceu?

Marlene: Vi a Melissa ficar sem graça e reparei a Léia encarar ela com uma expressão de nojo. Não aceito isso, Melissa é gentil com todos aqui, além disso essa mulher não merece mais nenhuma dor.

Bruce: Está certa minha rainha. Ficarei mais atento a isso.

No quarto do Maurício...

Melissa: Bato e entro no quarto do Maurício, ele está deitado e coberto até o pescoço. Coloco a bandeja no criado mudo e me aproximo dele. Me sento na cama e passo a mão pelo rosto dele com carinho para ver se ele está com febre, ele abre os olhos e me dá um sorriso.

Bom dia.

Maurício: Bom dia.

Melissa: Está com febre.

Maurício: O meu pai já me deu um remédio. Esperei ele sair e me cobri todo, está bem frio.

Melissa: Que danado.

Tiro o edredom do Maurício e ele resmunga. Ele fica me olhando enquanto pego a bandeja fé café da manhã.

Senta para comer, eu te ajudo.

Maurício: Não precisa.

Melissa: Você aceitou quando disse que não precisava? Eu te respondo. Não! Me ajudou ainda sim. Então deixa de ser teimoso e senta.

Maurício senta e coloco um travesseiro atrás das costas dele. Entrego o chá para ele e espero ele beber. Ele toma alguns goles, corto a omelete e levo um pedaço até a boca dele, que abre sem reclamar.

Maurício: Vai me deixar mal acostumado!

Melissa: Está doente por minha causa, é o mínimo que posso fazer. Além disso, não estou fazendo nada que já tenha feito por mim. É um bom amigo Maurício e retribuir essa amizade é um prazer.

Maurício: Amigo? Mal sabe ela que quero ser bem mais do que apenas amigo dela.

Não foi sua culpa Mel.

Melissa: Maurício come bem, ele fica satisfeito e guardo o que sobrou na bandeja. Tem algo com a Léia?

Maurício: O quê?

Melissa: A funcionária da cozinha.

Maurício: Nunca tive nada com nenhuma das funcionárias da propriedade, porque a pergunta?

Melissa: Ela me olhou tão estranho quando pedi para trazer o seu café da manhã, que imaginei que pudessem ter algo. Perguntei porque se fosse o caso, falaria com ela, para não terem nenhum mal entendido.

Maurício: Não esquente com isso, falarei com ela a respeito.

Melissa: Não preciso, se acontecer de novo agora que sei não tem nada eu mesmo falo com ela.

Maurício: Está se sentindo bem?

Melissa: Bem demais, é até estranho. Hoje abri as janelas e vi como aqui é bonito, ainda não tinha reparado a propriedade.

Maurício: Há alguns anos falamos que iríamos tirar férias, mas nunca sobrava tempo devido ao trabalho. Agora que estamos aqui pude reparar como está bonito, tinha esquecido alguns detalhes.

Melissa: Eu cresci na fazenda, cuidando dos animais com a minha mãe, a Bruna se tornou a minha prioridade, ocupei toda a minha mente com ela e acabei me esquecendo do quanto fazia falta, coisas simples como alimentar os animais.

Maurício: Amanhã, se estiver melhor e quiser podemos acordar cedo e fazer essas coisas juntos.

Melissa: Serio mesmo?

Maurício: Claro que sim.

Melissa: Vou cuidar tão bem de você, que amanhã vai acordar ótimo.

Maurício dá uma gargalhada e me encara, fico sem graça com o jeito que ele me olha e desvio o olhar.

Maurício: Posso me cobrir agora? Está frio!

Melissa: Deixa ver se está com febre ainda.

Me aproximo e toco o rosto do Maurício, ele não está mais tão quente e suou um pouco, a febre deve estar cedendo. Cubro ele e limpo o suor da sua testa. Bruna entra no quarto com a Marlene e pede ajuda para subir na cama. Ela deita com o Maurício e fica fazendo carinho no rosto dele.

Bruna: Deita aqui mamãe.

Melissa: Não meu amor, o Maurício precisa descansar.

Bruna: Deita mamãe, por favor.

Marlene: Vou fazer um chá de limão, para você meu amor.

Saio do quarto porque não quero atrapalhar os três.

Maurício: Pode deitar Mel.

Melissa deita na cama, brincamos um pouco e a Bruna acaba dormindo nos meus braços.

Ela acordou cedo hoje, estava cansada.

Melissa: Vou levar ela, precisa descansar.

Maurício: Não precisa, ela é o melhor remédio para qualquer doença.

Melissa: Nisso tenho que concordar com você. Vou arrumar as coisas dela e volto com o seu almoço.

Me levanto e encaro a Bruna com o Maurício dormindo quase em cima dele e ele abraçado com ela com um sorriso bobo no rosto.

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