Esperei Por Você
|CAP-01|
Ano-2019-Rio de Janeiro. São Paulo-Cidade São Sebastião.
Raquelle Oliver. Esse é o meu nome, um nome comum como qualquer outro, dado pelos meus pais. Minha mãe sempre me dizia que meu nome era derivado de Raquel e que tinha um significado bonito em hebraico: "Ovelha".
Mas há algo em mim que chama a atenção, que me diferencia. Meus cabelos, um tom dourado radiante, fluindo em ondas perfeitas que capturam a luz do sol. Meus olhos, tão azuis como o mais profundo oceano, hipnotizam quem os encontra. E minha pele, suave como pétalas de rosas, brilha com um tom de marfim.
Sou uma boa filha, irmã, esposa e até nora dedicada à minha sogra, mas a senhora Morgana nunca me aceitou como esposa para seu filho. Para ela, sou a mulher que nunca será boa o suficiente.
Faço qualquer coisa pela minha família, principalmente pelo meu pai e minha mãe. Lembro-me de perguntar a minha mãe por que ela escolheu o nome Raquelle em vez de Raquel, e ela me disse que foi em homenagem à minha bisavó, uma mulher guerreira e a mãe dela.
Venho de uma família grande em Minas Gerais, de um pequeno povoado onde sou amada. Sinto falta da minha cidade desde que a deixei, mas meu coração está dividido, com saudades de lá...
Sou formada em odontologia, uma das melhores faculdades, e sou uma dentista profissional, tendo como chefe o meu marido. Mas isso é outra história...
No meu trabalho, cuido da saúde bucal e realizo cirurgias. Mas, por trás do meu jaleco branco e da seriedade da profissão, há uma aura de beleza que encanta meus pacientes.
Eles ficam cativados pelos meus olhos azuis, que refletem compaixão e tranquilidade, enquanto minhas mãos habilidosas trazem alívio aos seus sorrisos.
Aos vinte e sete anos, casei muito jovem e sem experiência em relacionamentos. Agora, reflito sobre minha vida nos tempos de faculdade.
No entanto, nem tudo são flores na vida de um casal. Tenho um desejo ardente de ser mãe, é maior do que todos os meus sonhos mais ambiciosos...
Cada dia que passa e tentamos sem sucesso, sinto meu coração se partir um pouco mais, eu não quero desistir desse sonho, estou determinada a lutar por ele.
E quem sabe, no futuro, os traços da minha beleza possam ser herdados por um pequeno ser, criando uma nova geração de encanto e amor.
Sinto em meu coração e sei que logo acontecerá, é uma questão de tempo, devo buscar ter fé, pois não perco as esperanças!
“Àgua mole e pedra dura, tanto bate até que fura!”—Como diz minha mãe que tanto amo.
Na maioria das vezes, brigamos, Léon sempre vai para casa de minha sogra Morgana. Essa sim é uma megera indomável em pessoa!
Ele é o primeiro a pedir desculpas por ser ríspido comigo na maioria das vezes, sei que ele me ama com a mesma intensidade que eu.
Desde o nosso primeiro encontro, que até então não acreditava que ele poderia olhar para uma pessoa como eu. Léon sempre foi bonito desde os tempos de faculdade, com um físico forte e alto, cabelos marrons e os olhos da mesma cor.
No clarão do sol, eles são como ver o mel, motivo para me causar ciúmes. Ele é tão bonito e alto, parece aqueles modelos e atores de TV. Chamam bastante atenção por onde passa com olhos penetrantes em cima de cada passo seu.
Na clínica onde trabalhamos, essa atenção vem das mulheres loucas para terem ao menos um pouco de sua atenção, não me respeitavam para nada, mesmo sabendo que sou sua esposa dele. Uma vez ele disse:Não dê tanta importância a essas coisas, você pode arrumar um escândalo agora, sabe que sou famoso, graças às mídias e ao meu sucesso. A imagem dele era tudo e por ele mantive vistas grossas.
Não importa quantas vezes tive que ouvir isso dele e ser humilhada, uma mulher apaixonada, ela simplesmente não pensa mais nela e sim no homem e dedica a sua vida a ele, por medo de perdê-lo e não ser amada...
No tempo da faculdade, eu não gostava muito de maquiagens. para nada em absoluto, meu pai sempre dizia que a mulher é linda como Deus a fez. Era o suficiente para mim, mas isso mudou em minha vida, quando conheci
Léon, o homem mais lindo que os meus olhos presenciaram e até então o mais popular.
Decidi viver no Rio de Janeiro por conta própria e confesso que no início tinha medo, por estar aqui sozinha sem ter nem sequer um único alguém conhecido, mas os meus estudos eram mais importantes.
Graças ao meu pai, que com sua luta e trabalho e à minha mãezinha que tanto amo, eu realizei meu maior sonho e me tornei uma dentista profissional e, então, meu pai enviava dinheiro e com os seus esforços ajudou muito.
Lembro da minha partida e quando deixei todos chorando por sentirem a minha falta e me desejaram boa sorte na minha nova vida, mas que iriam esperar meu retorno algum dia e então aquele momento foi o mais doloroso.
Sair da minha cidade natal para viver em outro estado diferente do seu e principalmente sem a minha família, era solitário e, ao mesmo tempo, terrível, trabalhei no que podia, mas não era o suficiente.
Com o dinheiro que meu pai enviava, ajudava nas despesas do meu aluguel do meu apartamento, a senhora dona do lugar, era tão boazinha, mas ela morreu e quem começou a trabalhar em seu lugar foi a sua filha irritante. Ainda lembro como hoje as palavras da mocréia que vivia para atormentar a minha vida.
Solama disse:
— Raquele, essa segunda advertência, caso não pague o aluguel atrasado, com isso já são três meses que me enrolando. Não estou brincando! Expulsarei você e entregarei sua vaga a outra pessoa!
— Entendeu?-Ameaçou-me. Revirei os olhos, e digo algo entrando no espaço que ainda era meu…as coisas estavam difíceis, o meu pai teve problemas na fazenda e por isso atrasou.
— Eu vou receber um dinheiro de um serviço que fiz, mas por favor não faça isso!-Disse sentindo lágrimas, mas não dei essa ousadia a ela. Depois de tudo que ele fez por mim, não poderia recorrer novamente ao meu pai, então dei tudo que tinha, e zerei as minhas economias.
Graças a isso, não virei uma sem teto…mas fiquei sem comida e passei a comer qualquer coisa no trabalho e na faculdade. Cheguei atrasada na faculdade por perder meu horário, tudo devido ao trabalho noturno, mas sem querer esbarrei em alguém e tudo que até estava em minhas mãos foi parar no chão.
Esbarrei num rapaz alto e ele foi tão rápido que quase fui ao chão, mas ele sorriu e perguntou se eu estava bem? Iria lhe responder e o sinal tocou e quando olhei aqueles olhos azuis e aquela sensação de que não era a primeira vez…
Cabelo loiro e barba rala e aquele olhar tão fixo penetrou os meus e então ele sorriu entregando a minha apostila, quando estendeu a mão ao perguntar novamente se eu estava bem?
— Desculpa, sinto muito, se machucou?
— disse ele me olhando para mim. Dono dos olhos mais lindos que vi em toda minha vida. Digo que sim e estava tudo bem.
— Não gostei do seu olhar de ódio, mas não era para mim e sim em outra direção, então ele me deixou livre. Pedir novamente desculpas por ter expressões que eram boas, quando estendeu a mão e me levantou quando aceitei, ele não me era estranho, mas não quis saber de quem se tratava, só o agradeci.
Ele sorriu gentilmente e eu senti meu coração acelerar. Havia algo mágico naquele momento, como se o universo conspirasse a nosso favor.
Enquanto recuperava meus pertences, percebi que seus olhos azuis refletiam uma mistura de curiosidade e encanto. Era como se estivéssemos conectados de alguma forma inexplicável.
—Aqui, você deixou cair. Tem certeza de está bem?
—Sim, obrigada...
— **Estou atrasada!-Falei correndo sem olhar para trás, foi quando soube que ele era o irmão de Léon.
Enquanto nos despedia, uma sensação de perda tomou conta de mim. Era como se estivesse deixando escapar algo precioso. Sabia que aquele encontro não era comum, que havia algo mais profundo a ser explorado.
— Quem sabe nos encontraremos novamente, podemos conversar?— ele disse, com uma pitada de esperança em sua voz.
— Até lá, desejo-lhe o melhor**.
Então nos encontramos novamente, perguntei o nome dele mesmo sabendo, pois era uma forma de tentar agradecer por ele ter pagado o meu lance, eu estava contando moedas e ele viu a minha situação humilhante.
— Você queria saber o meu nome, então, vou me apresentar formalmente. Muito prazer, sou o Carlos Eduardo, e você é?
— Prazer! Sou a Raquelle..." murmurei, sentindo um misto de gratidão e curiosidade. Seu nome ecoou em minha mente, Carlos Eduardo, um nome forte que combinava com sua presença marcante.
Ele sorriu, revelando um par de covinhas que me deixaram ainda mais encantada.
— Raquelle, um nome lindo para combinar com uma pessoa especial como você.
Minhas bochechas coraram novamente, e eu desviei o olhar, sentindo-me envergonhada por suas palavras tão gentis.
— Obrigada, Carlos Eduardo. Você não sabe o quanto sua ajuda significou para mim hoje.
Ele balançou a cabeça, com um brilho nos olhos que denotava genuíno interesse.
— Não há de quê, Raquelle. Acredito que todos nós passamos por momentos difíceis, e se podemos ajudar uns aos outros, é uma forma de tornar o mundo um lugar melhor.
Eu me senti tocada por suas palavras. Era como se ele entendesse não apenas minha situação financeira precária naquele momento, mas também a minha busca por um propósito maior.
Conversamos por mais alguns minutos, era como se já nos conhecemos, compartilhando histórias e risadas.
Quando nos despedimos, ele segurou minha mão por um momento, transmitindo um calor reconfortante.
— Espero encontrá-la novamente, Raquelle. Foi um prazer conhecê-la.
Eu sorri, sentindo uma mistura de gratidão e emoção.
— Também espero, Carlos Eduardo. Muito obrigada por tudo. Até a próxima...
Nesse primeiro capítulo, Raquelle conta sobre o tempo na faculdade. Parte-1
...Oiê amores, Tudo bem thuquinhas?...
...Voltei!...
...Deixem comentários e votem no livro, eu quero presentes e comentários de boas-vindas 😌🌷...
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Atualizado até capítulo 83
Comments
XandeLili Cáffaro
começando a ler e gostando
2023-05-24
14
Hilda F.P Marchesin
Iniciando Leitura
20/10/2024 23:56 PM
Baixada Santista SP
2024-10-21
1
ARMINDA
MUITO INTERESSANTE. JA TO GOSTANDUUUUUU.🤪🤪🤪🤪🤪
2024-10-08
1