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Mc Donalds, Rua Syrenity
Carolina
Aqui estou eu! Do lado da minha moto, esperando mais um pedido.
Já estava atrasada. Essa unidade é a única de toda cidade que sempre atrasa, mas os pedidos saem sempre impecáveis.
-Aqui, está!
John, o gerente me entregou o pacote. E galanteador como sempre, fez um lanche para mim.
-John, já lhe disse que não tenho como custear esses lanches.
Disse temerosamente enquanto colocava os pacotes na bolsa de entregas.
-E já lhe disse para não se preocupar com isso, eu pago do meu próprio bolso para não dar diferença no caixa.
John sorriu e eu apenas balancei a cabeça negativamente.
Já montada na moto, me despedi de John com um aceno rápido e parti para a rua Camelot.
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Já no caminho para casa, surge uma última entrega e agradeci mentalmente por ser no bairro onde moro.
Era um pedido grande até. Sorri, pois, mesmo cansada conseguiria um dinheiro bom com essa última entrega.
Morro Do Galpe - Esquina com a Rua B
Eram umas nove e meia da noite, quando saí com o enorme pedido e fui em direção ao morro.
Quando estava na metade do caminho, me dei conta...
Essa rua fica no alto do morro. O que significa que essa comida é para os traficantes do morro!
Chego na barreira cerca de quinze minutos depois, e logo sou revistada.
Reconheci os rapazes que faziam a guarda e a garota que me revistou.
-Desculpe, Carol.. mas é o procedimento padrão!
Lia disse ao terminar de me revistar.
-Está tudo bem...
Respondi tranquilamente.
-Está limpa, pode subir!
-Obrigada..
Travei a moto e peguei as sacolas de papel com a comida.
Respirei fundo e comecei a subir. Bem devagar, e sempre atenta a qualquer barulho suspeito.
Passei por alguns meninos que vendiam as drogas, a alguns viciados.
Ignorei os "psiu" de alguns caras no bar da esquina e entrei na segunda rua a direita.
Onde avistei uma casa maravilhosa. Não parecia nada com esses barracos que mostram na televisão.
Aqui no Galpe algumas das casas são belíssimas, mais lindas que as da Zona Sul.
Enfim... assim que cheguei na porta. Um rapaz loiro e de olhos azuis esperava de cara amarrada.
-Aqui está a comida e.....
-Já não era sem tempo! Não conhece nada por aqui?
O loiro cruzou os braços.
-Teria sido mais rápido senão tivesse sido revistada...
Ele revirou os olhos.
-Gata, tu não sabe que aqui esse é o padrão?
-Dá licença, preciso fazer a entrega!
Disse em tom sério passando por ele e assim que cheguei na entrada, o loiro apontou a arma na minha testa.
-Insolente, não sabe que é falta de educação deixar as pessoas falando sozinhas?
O loiro tinha um sorriso sádico nos lábios.
-Estou apenas cumprindo o meu trabalho, e o você está me atrapalhando!
Respondi corajosamente. Ele riu, abaixou a arma e puxou as sacolas de comida, e me mandou descer o morro.
-Ainda falta efetuar o pagamento, seu grosso!
Revirei os olhos. O insolente me deu uma nota de cem e uma de cinquenta lemms.
-Já pode ir, motoqueira!
Debochou pouco tempo antes de entrar e bater a porta na minha cara.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Dora Silva
vou aguardar a confusão kkkkkkk
2024-08-07
0
Fatima Maria
O ENCONTRO DOS DEBOCHADOS
2023-11-06
1
Lena Macêdo E Silva
macaco sabe o galho que sobe, né 🙉🙈🙊🤭🙃💣🌪️🔥
2023-08-17
1