Kim, relutante em sair do aconchego do apartamento, olhou para Wat com um semblante de leve resistência. Seu desejo de permanecer naquele ninho de amor era forte, mas sabia que a noite aguardava. Wat, sempre tão determinado, levantou-se da cama, quase como um reflexo de sua vontade. Ele olhou para Kim, perguntando se ele estava pronto para ir à boate, ao que o Boss apenas fez uma careta, com a expressão de quem não queria sair. Wat não pôde evitar sorrir, encontrando uma diversão na birra do seu namorado.
Kim, sem mais palavras, abriu uma garrafa de whisky, servindo duas taças. O líquido dourado reluzia na luz suave do ambiente, enquanto ele entregava uma das taças a Wat, um brinde silencioso entre os dois. "A nós", disse Kim, com um sorriso que irradiava complicidade.
Wat, com um olhar travesso, se aproximou e acariciou o corpo nu de Kim, deslizando a bebida no peito do seu amante. Ele, com os olhos flamejantes de desejo, derramou o whisky sobre a pele do Boss, observando-o com um olhar perigoso. Quando a bebida tocou o corpo de Kim, um arrepio percorreu a espinha dele, e o prazer de sentir a língua de Wat lambendo seu corpo só intensificou o momento.
"Só você para me fazer perder o controle", sussurrou Wat, afastando-se por um momento e deixando Kim em um estado de puro êxtase. Kim, com os olhos meio fechados, murmurou, "Eu não tenho pressa, Wat. Vamos devagar."
O clima na boate estava carregado. Kim e Wat, finalmente prontos para sair, caminharam em direção ao carro. Alex, que aguardava do lado de fora, fez um gesto de cumprimento. Wat, um tanto surpreso, perguntou: "O que você está fazendo aqui?"
"Kim me mandou uma mensagem", respondeu Alex. "Ele pediu que trouxesse uma roupa mais casual para ele. E, claro, uma para você também." Ele entregou um terno para Kim e uma camisa para Wat. "Ben e Arlan acabaram de chegar. Ana ainda está viajando."
"Eu não quero ir", Wat disse com um suspiro, ainda sem vontade de sair. "A noite estava tão boa aqui."
"Você vai gostar, prometo", Kim respondeu com um sorriso enigmático.
O caminho até a boate foi recheado de uma música suave tocando no carro, mas a atmosfera estava tensa, principalmente entre Alex e seu namorado, Ayan. Wat não podia deixar de notar as interações, ou melhor, os silêncios tensos entre eles. E enquanto o clima no carro parecia ficar mais pesado, a música que tocava, "At My Worst", parecia se conectar diretamente aos sentimentos que estavam fervilhando dentro dele.
Quando chegaram à boate, Wat foi recebido pela grandiosidade do lugar. A música alta, as luzes piscando e o barulho das conversas se misturavam em um turbilhão de sensações. Kim, sempre com sua presença marcante, guiou Wat para dentro, deixando claro que ele era o centro do universo naquele espaço.
À medida que entravam, os seguranças imponentes de lado, Alex fez seu movimento e se aproximou. Kim, sempre cavalheiro, fez com que Wat passasse primeiro, notando sua surpresa diante do ambiente luxuoso. Eles estavam no epicentro da noite, cercados por gente elegante, garçons servindo coquetéis e uma energia inebriante.
Ben, Arlan e Ayan estavam em uma mesa distante. Quando Kim se sentou, Wat ao seu lado, ele percebeu a tensão no ar. Ayan parecia evitar olhar para Alex, um sinal claro de que algo ainda não estava resolvido entre eles.
"Vou ao banheiro", Wat disse, com um sorriso suave. "Fique aqui, ok?"
Kim apenas assentiu, balançando a cabeça de forma afirmativa. Mas o tempo que Wat levou no banheiro foi mais longo do que o esperado. E logo Kim percebeu que algo estava errado.
Ao chegar, ele encontrou Wat visivelmente abalado, com um machucado no rosto. "O que aconteceu?", Kim perguntou, preocupado, a voz grave, cheia de apreensão.
"Não foi nada", Wat tentou disfarçar, mas o sangue no canto de sua boca dizia o contrário.
"Você está sangrando", Kim insistiu, já apegando-se a ele para impedir que caísse. "Vamos sair daqui, rápido."
Mas o que parecia ser um momento de calma logo se transformou em algo mais misterioso quando Kim mandou Alex investigar. Após algum tempo, Kim e Wat retornaram à boate, onde a música parecia agora mais abafada. Kim, imperturbável, beijou Wat, e o ambiente ao redor desapareceu por um instante, como se só existissem eles dois naquele espaço.
Alex, fora da sala, agora com as evidências em mãos, não demorou a se aproximar de Ayan para pedir desculpas, mas as palavras ainda estavam difíceis de sair. "Eu não fiz nada de errado", começou Alex, mas Ayan, ainda amargo, interrompeu: "Não me venha com desculpas, Alex. Não sou cego."
Com um sorriso forçado, Alex tentou se aproximar de Ayan, mas o tempo ainda estava distante de uma reconciliação. "Eu te amo", sussurrou Alex, quase sem força nas palavras. E antes que pudesse mais uma vez se afastar, Ayan, finalmente, o puxou para perto, sussurrando: "Você é bobo, mas é o meu bobo."
E assim, com um beijo que ainda carregava as marcas da tensão, Alex se afastou, entregando as evidências a Kim, que, agora, estava com o coração inquieto. Ele não sabia o que acontecera com Wat, mas algo dentro dele dizia que o mistério estava longe de ser resolvido. E ele queria, a todo custo, descobrir a verdade.
---
Kim analisava os vídeos de segurança em silêncio. Seus olhos estavam fixos nas imagens que se repetiam em câmera lenta, mostrando claramente o momento em que Lee se aproximava de Wat no banheiro. Kim apertou o maxilar, o punho fechado sobre a mesa de vidro.
— Filho da p*ta... — murmurou entre os dentes.
Alex estava ao lado, sério. — O vídeo não mostra tudo. O canto da câmera não alcança os detalhes, mas o corpo de Wat encolhendo e tentando sair já é suficiente para provar que houve assédio.
Kim se levantou abruptamente. O terno impecável agora parecia apertado demais para conter a fúria que lhe subia à cabeça.
— Onde está Lee?
— Ele ainda está na boate. Está com um grupo no camarote dos fundos. — respondeu Alex, imediatamente.
Kim caminhou determinado em direção à pista, os olhos varrendo o ambiente como um predador. Wat, de volta à mesa, estava com uma bebida nas mãos, tentando se manter firme. Quando viu o olhar de Kim, soube que algo havia mudado.
— Kim...? — chamou baixinho, mas o Boss passou direto, como uma flecha pronta para atingir o alvo.
A multidão se abria à medida que Kim avançava. Ao chegar ao camarote, encontrou Lee sorrindo entre risos falsos e copos de champanhe. Ao notar a presença do Boss, seu sorriso murchou instantaneamente.
— Kim... que prazer— começou Lee, mas não teve tempo.
Kim o agarrou pela gola da camisa e o empurrou contra a parede espelhada. O som do vidro tremendo fez os outros ao redor recuarem.
— Você tocou no meu namorado? — a voz de Kim era baixa, perigosa.
Lee tentou se soltar. — Não sei do que está falando...
Kim ergueu o celular, mostrando a imagem congelada do vídeo. — Tem certeza?
Lee engoliu seco, sem conseguir responder. Kim se aproximou mais, seus olhos flamejando.
— Se você encostar nele novamente, eu vou acabar com a sua carreira... e com sua liberdade. Você entendeu?
Lee apenas assentiu, o rosto pálido. Kim o soltou bruscamente, ajeitando o terno como se nada tivesse acontecido. Ele se virou e caminhou de volta, encontrando Wat ainda o observando da mesa, agora de pé.
Wat se aproximou devagar, colocando a mão no peito de Kim.
— O que você fez?
— Protegi o que é meu. — respondeu, firme, os olhos mergulhados nos de Wat.
Wat engoliu a seco, sentindo uma mistura de culpa e alívio. — Eu... não queria que você se envolvesse. Eu estava tentando esquecer.
— Você não está sozinho, Gun. Nunca mais vai passar por isso calado. — Kim segurou o rosto dele com ambas as mãos, beijando sua testa com carinho.
Nesse instante, Ayan e Alex voltaram para a mesa, ainda meio tímidos, mas sorrindo. O grupo estava reunido novamente, mas algo havia mudado. A confiança entre eles parecia mais forte. A proteção, mais intensa. E o laço... inquebrável.
Kim olhou para o relógio e depois para Wat.
— Quer dançar comigo?
Wat sorriu, enlaçando seus braços ao redor do pescoço do Boss. — Só se prometer que essa noite é só nossa.
— Prometo — disse Kim, puxando-o para a pista, onde os dois se misturaram à música, ao calor, e ao brilho das luzes. A boate era um caos de corpos e batidas eletrônicas, mas ali, entre abraços, eles tinham encontrado um tipo raro de paz.
E enquanto dançavam, sem saber, estavam prestes a entrar em algo ainda maior...
Uma conspiração que envolvia o nome de Kim, o passado de Lee, e o desaparecimento de um antigo aliado: Akk.
Continua...
---
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 26
Comments
Cleide Almeida
Vailha pq Ser a q o Lee voltou a perseguir eles d novo 🤔🤔
2023-08-05
0
Anasilva
Hum fica de olho nesse Akk
2023-05-22
0
Anasilva
Deve ser linda essa música. Irei pesquisar.
2023-05-22
0