capítulo 12

A noite chegou, e Kim estava imerso no trabalho, um cenário comum para ele. Wat, por outro lado, estava concentrado no computador, editando modelos com a atenção voltada para as telas. Sentado em seu canto, o estagiário não pôde deixar de perceber que seu namorado estava tão absorto no trabalho. Sentindo o peso do silêncio entre os dois, ele decidiu sair para espairecer, indo até uma lanchonete da cidade para comprar café e um salgado. A rua estava movimentada, cheia de gente e vida. Foi então que Kim apareceu, vindo ao encontro dele. Wat ficou surpreso ao ver seu namorado, seu rosto corando de uma mistura de emoções.

"O que faz aqui, hum? Eu ia levar o seu jantar." Kim sorriu, a expressão suave, porém carregada de um desejo de proximidade.

"Eu precisava tomar um ar. Quando estou perto de você, me sinto melhor." Wat respondeu, sua voz mais suave, tentando disfarçar a ansiedade que sentia.

"O que está te deixando tão angustiado, Kim?" Wat perguntou, olhando fundo nos olhos do chefe.

"Minha ida a Nova York…" Kim confessou com um suspiro. "Está me deixando angustiado. Eu não quero ir…"

Wat pensou por um momento, seu coração apertando ao ver o desconforto de Kim. "Eu ficarei bem. Eu pensei bem… Eu te esperarei aqui, e mais, eu cuidarei muito bem da sua empresa." A frase saiu dele como uma promessa silenciosa.

Kim pegou a mão de Wat e o guiou até uma mesa na calçada, onde se sentaram para conversar. O ambiente estava cheio de sons, mas a mesa ao redor deles parecia um pequeno refúgio de intimidade.

"Um ano passa rápido, não é?" Wat disse, olhando para o céu noturno. "Só de pensar que ficarei longe de você…"

"Eu vou sentir sua falta, mas, em breve, estarei de volta." Kim respondeu, com um tom suave. "Eu prometo."

Wat sorriu, sentindo seu coração mais leve. "Me promete que irá se despedir de mim, Kim?"

Kim olhou para ele, seus olhos profundos e intensos. "Hum, prometo." Ele disse, a palavra impregnada de uma sinceridade que tocou profundamente Wat.

Após pagarem o lanche, Kim pegou a mão de Wat novamente e os dois caminharam pela rua. O caminho parecia tranquilo, mas logo se viu interrompido. Eles encontraram uma visita inusitada: Lee estava à espera deles, armado, com um olhar fixo de desafio.

"Essa não…" Kim murmurou, sentindo a tensão aumentar.

"Quando eu pedir para correr, você foge. Está bem, Wat?" Kim disse, com uma expressão de seriedade.

"Não posso deixá-lo." Wat respondeu, decidido, com os olhos fixos no chefe.

"Eu te peço, espere por mim em casa. Eu te alcanço." Kim ordenou, enquanto olhava com uma mistura de desconfiança e determinação para Lee, que se aproximava.

"O que quer?" Kim perguntou, sua voz fria, quase desinteressada. "Já é passado, Lee. Não tenho mais nada com você."

Lee, porém, não se conteve. Ele pegou o braço de Kim, com um olhar desesperado. "Eu quero você! Preciso de você. Eu preciso do seu amor!" Ele disse, com um tom arrastado e implorativo.

Kim afastou-se imediatamente, seu rosto enojado pela audácia de Lee. Antes que pudesse dizer mais, ele deu um soco no rosto de Lee, que cambaleou para trás, caindo de joelhos no chão. Wat, que havia corrido de volta ao encontro de Kim, ficou parado, observando tudo em silêncio.

Lee, com lágrimas nos olhos, tentou falar, mas suas palavras saíam falhadas. "Kim?" Ele murmurou, quase em desespero.

"Wat, eu pedi para você voltar para casa." Kim disse, com firmeza, seu olhar mais suave agora, mas ainda carregado de uma força que tocava Wat.

"Eu não queria deixá-lo sozinho com esse aí." Wat respondeu, seus olhos fixos em Lee, que se levantava lentamente.

"O que quer comigo? Você já roubou o que é meu." Lee continuou, com uma voz baixa, tremendo.

Gun, o namorado de Kim, apareceu atrás de Wat, dando-lhe apoio. "Eu e Kim estamos exaustos com suas atitudes estúpidas. Se quer redimir seus erros, deixe meu marido em paz. E mais, peça para os seus guarda-costas baixarem as armas. Aqui ninguém é criminoso."

A atmosfera ficou tensa por um momento, mas Lee acenou, e seus homens se afastaram, permitindo que Kim e Wat seguissem em frente.

Ao chegarem em casa, Kim estava preocupado com Wat. O estagiário parecia abalado, e Kim não hesitou em abraçá-lo com força. "Você foi corajoso, meu amor. Não precisava ter feito isso." Kim sussurrou, acariciando os cabelos de Wat.

"Preciso tomar banho." Wat disse, tentando se recompor. Kim o conduziu até o banheiro. Ao entrar, Kim sussurrou no ouvido de Wat, com um tom sedutor: "A escuridão é a companheira da intimidade. Deixe a luz apagada."

Wat virou-se, e seus lábios encontraram os de Kim. O beijo foi intenso, e o tempo pareceu parar por um momento.

"Já estou com saudades de você. Saudades do seu corpo, dos seus beijos, do seu carinho…" Wat confessou, com os olhos fixos nos de Kim.

Kim, com um sorriso suave, respondeu: "Eu não posso ir, meu amor. Eu preciso ir. Volto uma vez por mês para visitá-lo. O que acha?"

"Eu não quero isso, Kim. Se for assim, eu não aceito." Wat disse, com um olhar determinado. Foi então que Kim tirou algo do bolso. "Abre isso."

Wat abriu, surpreso, ao encontrar um anel de compromisso. Ele não pôde esconder o sorriso largo. "Sim… Sim, sim! Eu te aceito!"

Após o banho, Kim e Wat estavam em silêncio, organizando as malas de Kim para a viagem. O celular de Kim tocou, e a voz de seu pai do outro lado fez com que sua expressão mudasse instantaneamente.

"A sua viagem, meu filho, foi cancelada."

"Como assim?"

"Os sócios irão vir para cá. Eles estão trazendo pessoas importantes. Aproveitarão a estadia para um evento e decidiram ficar um ano."

Kim, visivelmente aliviado, puxou Wat para mais perto e disse, com um sorriso, "Eu não irei mais viajar. Eu vou ficar com você."

"Você vai? Tem certeza?" Wat perguntou, o alívio estampado em seu rosto.

"Sim, finalmente. Fico aqui com você, meu amor."

A noite terminou com risadas e o calor de um novo começo para ambos.

Quando Ana entrou sem bater, ela trouxe consigo uma oferta inusitada: "Vamos comer e assistir a um filme. Alex e Ayan estão aqui. Ben e Arlan também."

Kim sorriu, mais feliz do que jamais estivera. "Agora sim, a noite será ótima. Chefe abrirá um vinho?" Ana perguntou.

"Vou pensar sobre isso." Kim respondeu, sentindo-se em paz pela primeira vez em muito tempo.

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Comments

Cleide Almeida

Cleide Almeida

Ana muié tu toda animada atrás d vinho sendo q vai segurar vela kkk

2023-08-04

3

Leitoradelivros Online

Leitoradelivros Online

Kkkkkk tadinha da Ana

2023-05-25

0

Leitoradelivros Online

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Estou apaixonada porr esse Bl .

2023-05-25

0

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