O salário do pecado

Os dois seres espirituais sentiram que algo de errado estava acontecendo com o mestre. A ligação que obtiveram por contrato faziam-os sentir quando mestre estava em perigo.

– Alícia...– o felino abriu boca para falar

– Nem precisa pedir, vou farejar o cheiro do mestre e encontrá-lo. Não será difícil pois ele está nesta casa aí em frente.

Vicent tomou a forma humana e bateu na porta da casa, a mesma senhora que tinha recebido o Alex, o atendia naquele momento. O felino só queria criar uma distração para a Alícia entrar.

– Boa noite, senhora. Estou distribuindo umas cestas básicas por aqui e gostaria de saber se a senhora quer.– ele agia de forma polida

– Oh, senhor. Eu estou ocupada, não posso sair de casa. Mas o senhor poderia deixar na casa da esquina?

– Posso sim. Poderia apontar para qual casa? – ele pediu

–É só deixar naquela casa ali. – ela se afastou da porta, caminhando um pouco para frente para mostrar o local da casa.

Alícia aproveitou a brecha e entrou na casa. Não tinha muitos cômodos, contudo o mau cheiro da casa prejudicava o rastreio efetivo do seu mestre. Ouviu uns burburinhos e decidiu verificar.

Vicent tinha sido despachado pela senhora. Procurou uma janela aberta para entrar e se juntou a Alícia.

....

Um dos homens que tinha pegado o Alex, o drogou fazendo - o ingerir uma bebida batizada, quando ele estava voltando aos poucos a consciência. Pouco tempo depois ele começou a sentir uma euforia e um forte desejo sexual. Cinco homens entraram no quarto e começaram a tocá-lo alisando o seu corpo, ele se contorcia de prazer. Não conseguia raciocinar direito, sua mente estava confusa e começou a acreditar que estava em um sonho. Seus braços e pernas estavam amarrados na cama.

– Vamos foder esse cara. Ele já está querendo ser usado. – um prostituto falou, subindo na cama e andando de quatro para perto do Alex.

– Vamos desamarrar ele e colocá-lo de quatro, como ele está, vai ser difícil para nós cinco brincarmos. – um outro sugeriu

Decidiram desamarrar-lo, tentaram colocar o Alex na posição planejada, porém ele estava inquieto. Estava agitado devido a droga, ele sentia um fogo consumindo, a cada toque, ele se contorcia.

– Deitem ele de costa e o imobilize pelos punhos. – um outro falou enquanto segurava o quadril do Alex elevando - o

Quando estava pronto para cometer o ato, a porta do quarto foi arrombada. Uma fera que parecia um tigre enorme e um outra como um lobo gigante, invadiram o quarto.

– Vocês imundos, que pensa que vai fazer com o meu mestre – Vicent rugia, sua aura era intimidadora. Ele estava numa forma que, dificilmente, tomava.

– Quem de vocês quer morrer primeiro? – Alícia uivava ferozmente

No ímpeto ela avançou no que estava segurando o quadril do seu mestre. Arrastou-o para fora da cama, com uma mordida arrancou-lhe o braço.

– Seus humanos imundos, vamos fazer vocês sofrerem antes de morrer.

Os dois seres se arremessaram nos cinco homens ali presentes. Usaram de suas garras e dentes para dilacera-los. Após terminarem com a carnificina, voltaram a forma humana e desamarraram o Alex

– Vicent, é você? – ele segurou a mão do servo e levou até sua intimidade – você poderia me tocar?

– Desculpa, mestre. – Vicent lhe deu um golpe sutil, fazendo-o desmaiar. – Alícia, coloquei um rastreador na maleta. Aqui está, encontre o mandatário. Não o mate, leve para esse endereço aqui. – ele entregou um tablet e um cartão.

– Não vou matá-lo mas não garanto que não irei feri-lo. E o que você vai fazer com o mestre?

– Vou levá-lo ao hospital. Ah, e não deixe aquela senhora escapar.

Ele levou o Alex para o melhor hospital da região. Queria que fizessem um exame toxicológico para descobrir qual droga foi usada. Ia devolver na mesma moeda.

Chegaram ao hospital, todos os exames e procedimentos foram feitos. Alex estava sendo tratado. O médico com o resultado em mãos foi divulgar para o Vincent.

– Senhor, encontramos uma substância no corpo dele que é bastante perigosa, se tivesse usado um pouco mais receio que ele não estaria vivo. Essa droga tem se usado nas práticas Chemsex.

– Me explique direito, doutor. – o Vicent queria saber o motivo pelo qual usaram a droga no mestre

– Essa droga tem um efeito na libido, ela aumenta o desejo sexual consideravelmente, e faz com que as pessoas percam qualquer pudor. Muitas pessoas usam de forma consciente para fazerem sexo indiscriminadamente, porém o número de vítimas de estupro que tiveram essas drogas misturada em suas bebidas tem crescido nós últimos tempos. Seu amigo, recebeu uma dose no limite. Vai ficar internado aqui até desintoxicar e faremos mais exames depois.

Vicent estava furioso. Não ia pegar leve com as pessoas que planejaram isso para o seu mestre.

– Obrigado, doutor. Eu tenho que resolver umas questões pessoais e volto assim que possível. Qualquer coisa liga para meu número que volto correndo.

– Não se preocupe. Ele vai ficar bem. – o doutor tranquilizou ele

O felino saiu do hospital pesquisando sobre a droga que o médico falou. Precisava adquirir uma igual para poder fazer o criminoso pagar. Entrou em contato com seus conhecidos e conseguiu a tal droga.

Alícia mandou uma mensagem comunicando que já estava com os criminosos. Vicent acelerou o carro, iria pegar a droga e segura até o local indicada pela colega.

...

– Por favor, Senhorita. Somos da mesma empresa por favor, não nos mate. – falou o homem usando o chapéu.

– Eu fiz isso, mas a ideia foi dele, ele me forçou – o outro incriminou seu parceiro

Alícia tirou o cinto de um deles, deixou o lado da fivela pendendo. Aproximou-se, olhava com nojo e desprezo. Se o Vicent não tivesse proibido de matá-los, ela já teria feito de forma muito dolorosa.

– Você aí, disse que ele te forçou a fazer isso, não foi? – ela perguntou

– Isso mesmo, senhorita. Eu não queria cometer nada ilícito, mas ele me forçou – falou chorando

– Muito bem... você está sendo entregue pelo seu comparsa. Se você sente injustiçado, dê um tapa, com todas as suas forças, na cara dele. Porém espera que vou ajustar a câmera que vocês usaram para filmar o meu mestre. Pronto, pode bater!

O homem de chapéu virou de frente para o outro, levou a mão para trás e com toda força, o estapeou na cara. O rapaz agredido cambaleou para trás, zonzo com a pancada recebida.

– Agora, me responda uma coisa. Você de chapéu, como é o seu nome?

– Sou o Marcos. Senhorita, agora que bati nele, me deixe ir.

– Ah, Marcos. Mais uma pergunta: porquê você fez isso com o Alex?

– Porque ele agia como se fosse superior a todos nós da empresa. Ele não conversava com ninguém, não saía em grupo, ficava no canto dele evitando a gente. Parecia um riquinho que estava ali porque o pai obrigou.

– Então, você tirou essas conclusões e com base nisso você quis puni-lo chantageando e sujando sua moral. Não passou pela sua cabeça oca, de que ele era apenas uma pessoa antisocial? Você está muito ferrado, Marcos!

Ela levantou a mão que segurava o cinto e lapeou a costa dele. Ele gritou de dor, sentiu o cinto cortar-lhe a carne.

– Vocês vão morrer hoje, depois de sofrer bastante. Estou filmando tudo, vou editar e mandar para suas famílias.

– Sua vadia! O que você vai ganhar com isso? – Marcos gritou

– Hum... não é sobre o que eu vou ganhar, mas o que você vai perder. Como será que seus familiares vai encarar depois que ouvirem tudo o que você falou e verem o seu destino?

– Sua cadelaaaaaa, eu vou te matar! – ele correu em direção a ela.

Ela mais uma vez levantou a mão que segurava o cinto e o lapeou com uma força maior que a anterior.

O Vicent entrou no galpão em que eles estavam. Parecia ter urgência. Dez homens acompanhavam ele.

– Alícia, faça eles beberem essa água. – ele ordenou de forma firme, entregando-lhe uma garrafa

Ela pegou a garrafa e os forçou a beber. Não demorou e eles começaram a mudar o comportamento.

– Rapazes, agora eles são de vocês. Não pegue leve, machuque-os bastante, humilhe-os e deixem eles bem visíveis para câmera. Vamos sair, em meia hora quero que tenha terminado com tudo.

Ele e a Alícia saíram do galpão. Ela explicou para ele os motivos dos criminosos.

Passado os 30 minutos, eles entraram, viram os dois homens deitados no chão, sujos e sem forças.

– O restante deixo com você, Alícia. Faça - os sofrer bastante, antes de morrer. E, não se esqueça do vídeo. Quando acabar, edite e mande para suas famílias.

– Pode deixar comigo, sou boa em sujar as mãos.

Vicent saiu dali, foi para casa tomar um banho e depois voltar para o hospital. Voltar para seu mestre.

Mais populares

Comments

Zenith Afonso

Zenith Afonso

7 / 1 / 2024........21 ,50 horas...
Gente....que beleza de imaginação,,,essa autora teve para escrever, essa história
....

2024-01-08

1

Ver todos

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!