Aquele bilhete não o intimidava, mas queria saber quem na empresa era tão ousado para querer incomodá-lo. Sera alguém que viu ele e o Vicent em algum momento íntimo? Não tinha medo por ser exposto, mas seria desagradável lidar com isso na empresa. Estava pensando no que fazer, ele certamente iria contar ao felino, assim teria um aliado para investigar e descobrir que era o chantagista.
O trabalho terminou, ele juntou as coisas e se preparou para ir embora.
– Alex, vamos comemorar comigo a minha chegada na empresa. – Alícia pediu abraçando-o pelo ombro.
– Nada disso! Ele e eu vamos para casa. – Vicent interveio bufando
– Chefe, a partir de hoje, faço parte da equipe. Não seria melhor se nós três nos desse bem? – ela usou de um bom argumento
– Eu preciso espairecer, aceito o convite – Alex falou franzindo o cenho como se ainda estivesse preocupado
– Então, eu escolho o lugar – o servo se antecipou
Os dois seres espirituais ali presente, já tinham sentido a inquietação do humano querido. Estavam curiosos para saber o que o incomodava e iam usar naquela comemoração a chance para arrancar o assunto dele.
Vicent escolheu um barzinho com cabine exclusiva. Queria deixar o mestre à vontade. Então, pegaram a estrada e foram em direção ao seu destino.
– Alex o que você quer comer hoje? – ele perguntou para quebrar o silêncio
– Ah, gatinho... eu quero é beber até cair. Eu quero é encher a cara.
– Eu te acompanho, colega. Se você tomar um copo eu – ela fez o sinal de virar o copo na boca – tomo dois. Tudo que você beber hoje eu beberei em dobro.
– Você quer me dar trabalho, Alícia? Eu só cuidarei de um bêbado por vez. – Vicent olhou para ela reprovando, enquanto ela apenas deu de ombro e sorriu
– Será chato beber sozinho, Vicent. Hoje você fica como o motorista da rodada. Até porque você é fraco para bebida. Eu não quero me preocupar com ninguém, apenas quero me esquecer um pouco das coisa. – ele encostou a cabeça no vidro da janela e fitou a estrada.
Vicent e Alícia se entreolharam. Era um olhar de quem dizia um para o outro: Vamos descobrir o que está deixando ele assim e resolveremos o assunto.
Chegaram ao bar e foram direto para cabine escolhida pelo Vicent. Alex e Alícia abriram a noite tomando um copo grande de chopp 🍻.
– Saúde! – ela levantou o copo tentando animar o ambiente
– Saúde – o Alex retribuiu o gesto
A partir daquele momento ele bebia um copo e a moça bebia dois copos. Os petiscos chegaram e eles começaram a comer. O felino estava apenas no refrigerante e observando eles interagirem. E aí, não demorou muito para os dois bêbados agirem.
– Alex, me diz... o que você prefere. Orelha e rabo de cachorro ou de gato? – Alícia perguntou deixando suas orelhas e rabo aparente – Qual é a mais bonita, as do Vicent ou as minhas? – Ela se esfregava nele.
Como estava bêbado e desinibido, ele segurou com uma mão na orelha dela e com a outra o rabo, alisou-os e sorriu.
– Eu acho dos dois bem bonitos. Mas do Vicent é mais fofo e macio. – ele respondeu com os olhos brilhando
– Se você quiser posso deixar os meus fofos e macios para você. – ela ofereceu
– Sério? Se você fizer isso eu vou ter dois bichinhos fofos! – ele falou entusiasmado
– Alícia, para com isso! O que você pretende fazer? – O olhar do gato era fulminante.
– Ora, Vicent. Estou apenas distraindo o nosso ser humaninho. Está com medo de que ele me escolha essa noite? – ela provocou
– Ah...sua cadelaaaa– Vicent deu um soco na mesa, o copo de refrigerante tombou e molhou sua calça – droga, que azar que você traz! Vou ao banheiro limpar minha calça e por favor cuida dele. Se não eu te mato!
Vicent saiu dali, mas foi preocupado. Pelo que ele notou, a cachorra espiritual não faria mal ao Alex, mas poderia aprontar umas cachorrices, e era disso que ele tinha medo.
Enquanto isso, a Alícia, sem demora aproximou-se do Alex e sussurou em seu ouvido.
– Quer ter dois bichinhos fofos para você? – ela estava sendo sedutora, enquanto balançava o rabo, alegre.
– Eu posso ter dois de vocês? – ele respondeu cedendo a tentação
– Claro, é só você repetir o encantamento comigo colocando o seu nome, OK ? Vamos lá: Em nome dos Espíritos Sábios que governam os céus e a terra, eu, Alícia, me uno através do contrato de alma, como serva do Alex. Agora sua vez. Vamos, fala logo! – ela fazia sinal para apressá-lo
– Em nome dos Espíritos Sábios que governam os céus e a terra, eu, Alex, me uno através do contrato de alma, como senhor da Alícia.
A cachorra espiritual segurou-o pelo rosto e selou o contrato com um beijo. Neste momento o Vicent retorna a cabine e depara com aquela cena que o incomodou bastante, ele avançou pra atacá-la, mais uma força o impediu.
– O que você acabou de fazer? – ele gritava
– Oh, gatinho medroso, agora temos que nos dá bem, tá? Acabei de ganhar um mestre.
– Sua... que palavra posso usar para te xingar? todas que veem a minha mente parece elogio para você. Ah, eu quero te matar! Você se aproveitou da fragilidade do meu mestre bêbado. Você não vale nada! – ele falou furioso, indo sentar ao lado do mestre e empurrando ela.
– Eu não quero viver em pé de guerra com você, Vicent. Apesar que fomos criados para sermos rivais. Por favor! – Alícia pediu
– Vamos ver o que nosso mestre vai dizer quando estiver sóbrio.
Alex estava muito bêbado. Misturava as bebidas e continuava a petiscar. Olhou para a Alícia e para o Vicent.
– Gatinho, deixa suas orelhas e rabo a mostra.
O felino obedeceu. Alex avançou nele, abraçava -o e alisava as orelhas.
– O seu é tão gostoso, Vicent. Agora tenho dois bichinhos fofos. Um gatinho e uma cadelinha. – ele suspirou e adormeceu.
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Atualizado até capítulo 50
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