Bigode de gato

– Querido, não veja isso. Vamos voltar para a sala. – Dona Ângela falou tampando os olhos do marido.

– Mãe, não é isso que você está pensando! É um mal entendido.

– Vamos querida, esse assunto é muito adulto para nós. – Seu Jordan provocou

– Pai, isso aqui foi um acidente. – Alex tentou se explicar mas seus pais fingiam não se interessar

– Filho, foi num desses acidentes entre sua mãe e eu que você nasceu.

– Ah, meu deus! Meus pais também não colaboram. – Ele falou desanimado

– Vamos descer, querido. Deixem os dois aí. Filho, não ouvimos nada e nem vimos nada

Eles saíram fechando a porta e deixando o Alex e o Vicent na mesma posição em que encontraram.

– Você pode sair de cima de mim? – Alex pediu

– Ah, desculpa. – Vicent levantou ajeitando a roupa

– Por sua causa, meus pais estão tendo ideia errada sobre nós. E, eles parecem aceitar de boas. Quando meus pais ficaram tão mentes abertas? – ele ficou pensativo

– E, não é bom que eles sejam assim? – Vicent especulou

– Você é um gatinho estúpido?– Alex deu um peteleco nele

– Ai, isso doeu. Meu senhor, se eu te der uma lambida você fica mais calmo? – O felino colocou a língua para fora e foi em sua direção

– Definitivamente, não! Fiquei quieto aí. Eu não posso decepcionar meus pais. Minha mãe está doente e não quero ser um motivo de preocupação para eles.

– Eu gostei dos seus pais. Alex, quero dar um presente para eles.

– Você não precisa se preocupar em dar nada. – ele respondeu rapidamente

– Preciso que você me ajude – Vicent voltou a sua forma de gato

– Te falei para ficar na forma de humano.– Alex o reprendeu

– Não se preocupe meu senhor, vai ser rápido. Vem aqui e arranque um bigode meu.

– Não, eu não vou. Eu não maltrato os animais!

– Por favor, meu senhor. Arranque! - Vicent fazia uma expressão carinhosa e gentil

– Não quero. Olha só esses seus olhinhos de gatinho fofo. Eu não consigo! – Alex se negava a fazer isso

– Se você não arrancar, vou te lamber na frente das pessoas.– o gato ameaçou ele

– Ah, seu gatinho descarado! – Ele segurou no fio do bigode e deu um puxão com tudo.

– Miiiiaaaaaauuuuuuuuuuuuuu

– Foi você quem pediu. – ele disse com ar debochado

– Custava ser um pouco gentil?– Vicent falou se transformando em humano.

O buço dele estava sangrando, o Alex arregalou os olhos, pegou um guardanapo e foi limpar.

– Porque você está ferido?

– Foi porque arrancou meu bigode. Apesar de eu não ter bigode na forma humana, eu posso me machucar quando removido. – ele explicou

– Que droga. E, porque você me pediu para fazer isso? – ele indagou curioso

– Sabe, os animais espirituais eles tem dons e poderes. Um dos meus poderes é de cura. Veja, mesmo tendo a pata ferida e costurada ontem, eu posso andar hoje como se nada tivesse acontecido. Isso é por causa do meu poder. A pessoa que tem contrato comigo é protegida apenas por ter o contrato. – Ele movimentou a perna para frente e para trás dando passos firmes

– Isso é fantástico! Então eu serei um tipo imortal? posso me ferir mas vou me curar e não vou morrer? – Alex falou com o entusiasmo de uma criança sonhadora.

– Não, se você se ferir feio, temo em dizer que vai ficar em perigo de bater as botas! – ele sacudia o dedo para lá e para cá

– Ah, eu já estava todo animado. Mas qual é o lance do bigode? – Ele pergunta cheio de curiosidade, se sentando na cama.

– Meu bigode ele pode servir de amuleto, e quem estiver com ele terá a minha proteção. Não será tão forte quanto a que você tem, mas será suficiente para mantê-la a salvo.

– Que irado, cara. Se as pessoas souberem disso, vão te deixar "desbigodado"

– Engraçadinho. Esse bigode aqui é para seus pais. Ele vai curar sua mãe gradualmente e vai manter a saúde e segurança deles. Você precisa encontrar um local seguro para colocar.

Lágrimas escorreram pelo rosto do Alex. Vicent se aproximou e foi secando as lágrimas do seu senhor com sua língua.

– Não chore. – Ele pedia, lambendo o rosto do seu mestre.

– Estou feliz. Saber que minha mãe pode ser curada, isso me deixa muito feliz. Se realmente isso funcionar, farei todos os seus desejos. Se estiverem ao meu alcance, é claro.

– Eu vou cobrar. Agora vai procurar um lugar e coloque o amuleto. – Vicent pediu

Alex saiu do quarto e foi procurar um local seguro e guardou-o.

Ao voltar para o quarto, viu Vicent mexendo em seu álbum de fotos de família.

– Quem é esse menina aqui na foto?

Alex correu e tomou o álbum de suas mãos. Ele ficou sério.

– Não mexa nas minhas coisas sem a minha permissão. – Seu rosto tornou-se sério e com expressão severa.

– O que houve, porque você ficou todo bravo? Deixa eu ver as fotos.

Vicent foi pegar o álbum. Alex no impulso bateu o álbum na cabeça dele e gritou.

– Saia do meu quarto, agora! – ele estava furioso, Vicent achou por bem obedecer e sair dali.

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