"Pois a força do Bando é o Lobo, e a força do Lobo é o Bando.“
Vermelha.
Pelos Deuses. O que ele faz aqui?
— Posso falar com você?
Deni perguntou.
— Por quê?
Minha resposta foi cortante como uma
lâmina e mais brusca do que deveria. Eu queria conversar com ele, mas essa não era uma opção.
Notei a surpresa de Rony com minha hostilidade, sem ao menos olhar o garoto.
A intensidade da minha pergunta atraiu o alfa. Eu não sabia se ficava grata ou ofendida. Afinal, era uma alfa também.
O garoto olhou para Rony. Vi a expressão ameaçadora dele refletida nos olhos do estranho.
Nenhum humano resistia ao olhar ameaçador de um Guardião, ainda mais vindo de um alfa. Senti pena do recém-chegado.
— Por nada. Esqueça.
Murmurou Deni claramente nervoso, alternando o olhar de mim para Rony, que estava com as mãos na minha cintura.
Meus instintos se degladiavam entre o desejo de expulsar as mãos de Rony e o alívio de tê-lo por perto.
Gostei da pressão das suas mãos, mas me incomodava aquela atitude possessiva. Olhei para ele, evidenciando minha irritação, e, quando voltei a atenção para o intruso, descobri algo:
Não quero que Deni me veja assim.
Deni sacudiu a cabeça como se estivesse em um nevoeiro, perdido e desorientado. O sinal tocou e ele sumiu rapidamente.
— Garoto esquisito.
Murmurou Rony, tirando as mãos da minha cintura.
— Ele é novo aqui, não é?
— Acho que sim. Ele estava na sala comigo e Lina e a mesa dele fica ao lado da minha, deve querer dicas.
Tentei soar entediada.
— Ele ainda não conhece as regras: nada de misturas.
Rony se virou para guardar o material da aula.
— Ah, essa regra.
— Mesmo que você tenha problemas em respeitar limites, os outros não precisam ter.
Nós respeitamos a vontade dos Defensores.
Minha voz era doce como mel. Ele apenas deu de ombros. Droga, vou ter que me unir a esse arrogante!
— Olha, estou com muita fome. Pode cuidar disso?
Apontei para meus livros espalhados na mesa e que ainda deveriam ser guardados.
— Sem problema, Red.
— Obrigada.
Soltei minha bolsa e saí da sala.
Os Guardiões almoçavam no final do refeitório. Embora os dois grupos se sentassem em mesas diferentes, estavam sempre próximos.
Do outro lado, ficavam os filhos dos Defensores, sempre vestindo uniformes, querendo ser melhor que os outros.
Os humanos ficavam espremidos entre os lobos e os filhos dos nossos mestres. Às vezes, eu sentia pena dos mortais.
No mundo deles, possuíam imenso poder, mas não aqui. Em Wolf School, os humanos sabiam que eram os mais frágeis na cadeia alimentar.
Ruller e Dário estavam na nossa mesa. Puxei uma cadeira ao lado do meu irmão.
— Então, o que Rony queria?
Os olhos de Ruller não disfarçavam sua ansiedade. Dário se inclinou para a frente, curioso, mas não falou nada.
— Vamos esperar os outros.
Tirei um sanduíche de peru de um saco de papel. Ruller grunhiu, impaciente, e eu lhe lancei um olhar de advertência.
O metal arranhou o piso quando Lina pegou
uma cadeira próxima. Tulio se sentou ao lado de Dário.
Encarei meus companheiros, sentados em círculo, e olhei de relance para a mesa ao lado, dos Liosgates.
Lua batia na mesa com suas unhas pintadas enquanto sussurrava algo no ouvido de Melissa.
Melissa, enrugou os lábios. Sua pele era tão pálida que ela parecia ser transparente, e seu jeito inquieto e acanhado indicava que era isso o que ela desejava, ser transparente.
Todos diziam que ela era apaixonada pelo o alfa Rony, mas não tinha nada que fosse capaz de desfazer nossa união, nem mesmo ela.
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Atualizado até capítulo 104
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Comments
Mary Lima
Estes acordos /Puke//Puke//Puke//Puke/
2024-07-26
0
Miranda
realmente
2023-05-09
8
Edu Miranda
isso aí
2023-05-09
6