Capítulo – Dietrich K. Morgam
Obscuridade tem nome. E desta vez… ela tem olhos verdes.
Eu já comi a maioria das cadelas dessa universidade.
Algumas porque são lindas. Outras porque são desesperadas.
Mas a maioria… só porque eu posso.
Elas se jogam aos meus pés como lixo procurando reciclagem — sedentas por poder, status, ou por uma falsa promessa de carinho.
E eu dou exatamente o que elas querem. Gozo. Dor. Domínio.
E depois… silêncio.
Nada me prende.
Nada me interessa.
Há meses, o tédio vem me consumindo como uma praga silenciosa. Nem as orgias particulares conseguem mais calar a irritação que pulsa em minha alma.
Mas hoje…
Hoje algo mudou.
Tudo começou quando eu saí do meu “escritório” — um cômodo privado na ala leste da universidade, onde administro tudo o que não quero que os idiotas vejam. Tinha acabado de me livrar de mais uma vadia que implorava por meu nome entre gemidos.
Gozei dentro dela. Três vezes.
E ainda assim, me sentia… vazio.
Até que passei pela sala dela.
A novata.
A sobrinha de Marcus.
A professora de artes.
Eu ainda não tinha me apresentado.
Por escolha.
Marcus me pediu que cuidasse dela, e eu aceitei.
Mais por obrigação do que por interesse real.
Mas, mesmo assim, investi recursos, montei um sistema de vigilância discreto, e ordenei que meus homens a monitorassem desde sua chegada.
Câmeras, escutas, coleta de dados.
Nada invasivo demais.
Apenas o suficiente para protegê-la.
Afinal…
Ela parecia delicada.
Frágil.
Pequena.
Mas ao vê-la com meus próprios olhos…
Porra.
Nada me preparou para aquilo.
Ela estava de costas quando me aproximei da porta.
Cabelos negros, longos, lisos, tão escuros quanto a minha alma.
O jeans preto realçava uma bunda em forma de coração, feita para ser marcada com mordidas e dedos.
A blusa justa escondia a pele… mas realçava as curvas. Um corpo de ampulheta desenhado por algum artista que entendia de luxúria e sofrimento.
Pequena.
Sim.
Mas havia algo… afiado nela.
Ela não virou.
Não se assustou.
Ela me sentiu.
Antes mesmo de me ver.
E isso…
Isso me acendeu por dentro.
Quando olhou pelo espelho, sua expressão era fria. Observadora.
Mas os olhos…
Verdes.
Ligeiramente puxados.
E tão atentos que pareceram me despir em silêncio.
E eu deixei.
Deixei que me visse.
Deixei que me estudasse.
Minha pequena raposa preta.
Um sorriso me escapou quando ela corou.
Um detalhe mínimo — mas real.
Um detalhe humano.
E porra, como isso me atrai.
Falei pouco.
O suficiente para plantar a ideia.
"Este ano será... fascinante."
E então, fui embora.
Deixei que minha presença ficasse para trás.
Porque o veneno funciona melhor quando é suave.
Entrei na ala restrita do bloco 9.
Digitando o código duplo e usando meu scanner de retina, abri a porta de aço camuflada atrás de uma estante falsa.
Desci as escadas que só eu conheço.
E me deparei com minha sala sagrada.
O santuário de Roxane.
Paredes revestidas com isolamento acústico.
Trancas internas.
Segurança máxima.
E no centro… o altar.
Uma mesa longa com três monitores gigantes, onde acompanho os dados.
Imagens dela desde a chegada. Trechos de vídeo. Fotografias.
Há pastas com registros do que consegui levantar: horários, rotinas, compras no mercado, contatos diretos.
Ainda não sei quase nada sobre seu passado.
Nem o real parentesco com as três menininhas.
Mas sei que ela é perigosa.
E que, ainda assim, precisa de proteção.
Há algo escuro em seus olhos.
Algo que ninguém mais parece notar.
Mas eu vejo.
Vejo porque também tenho isso.
Porque sou isso.
E quanto às trigêmeas…
Pequenas, doces, silenciosas.
Acredito que são suas sobrinhas.
Mas cada vez que assisto às interações…
Sinto algo estranho.
Um senso de posse.
De proteção.
De fúria silenciosa.
Elas pertencem a ela.
E ela...
Me pertence.
Pego o celular e ligo para Marcus.
Ele atende no segundo toque.
— Ela é minha. — declaro sem rodeios.
— Do que está falando, D? — sua voz sai desconfiada.
— A professora.
A sua sobrinha.
Esqueça o acordo.
Ela agora é minha prioridade.
E não aceito um "não".
O silêncio do outro lado me irrita.
— Escuta — ele diz, tenso —, o que você quer dizer com isso? Vai tratá-la como uma das suas putas?
Rosno. Literalmente.
Meus dentes rangem com a ideia.
Não. Ela não é uma puta.
Ela é diferente.
Ela é a única que não se curva.
— Ela não é como as outras, Marcus.
Ainda não sei o que ela é…
Mas não será mais uma cadela na minha cama.
— Dietrich… — ele suspira, mais cansado do que irritado —, você precisa tomar cuidado. Ela não é como as outras mulheres daqui. Ela passou por merda que você não consegue imaginar. Se for invadir a vida dela com essa tua mania controladora, ela vai fugir.
Silêncio.
Fugir.
Não.
Ela não pode fugir de mim.
Não ela.
— Eu não vou deixá-la fugir.
Nem machucá-la.
Só quero...
— Tê-la.
Inteira.
Na minha cama.
Na minha vida.
No meu inferno.
Marcus não responde.
Mas eu sei que ele entendeu.
E que vai ficar fora do caminho.
Ao sair da sala secreta, passo por corredores internos até o auditório vazio.
Ali encontro Ma, a responsável pela ordem entre os professores.
— Espalhe a palavra — ordeno em tom gelado. — Nenhuma fofoca. Nenhum comentário. Principalmente na frente da nova professora. Eu sou um aluno comum.
Entendeu?
Ela assente, pálida.
Sorrisos surgem nos cantos da boca de alguns dos meus homens disfarçados de universitários.
Eles sabem o que isso significa.
Eles sabem quando fico obcecado.
Me sento na última fileira da sala 1ºA3.
Onde ela dará aula.
Onde ela terá que olhar para mim.
Onde terá que sentir minha presença.
E enquanto aguardo, observo o celular vibrar com uma notificação da câmera do jardim externo.
Ela está caminhando com as meninas.
Rindo.
E por um segundo…
Eu respiro.
Eu sinto.
Eu quase sorrio.
Mas então percebo um homem se aproximando delas.
Alguém que não faz parte da lista.
Imediatamente aciono a equipe.
E enquanto os alertas disparam, meu sangue ferve.
Ninguém se aproxima das minhas meninas.
De nenhuma das quatro.
Ela não sabe.
Ainda.
Mas a caça já começou.
E, dessa vez…
Sou o predador.
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Atualizado até capítulo 38
Comments
algodão
aaaaaahhh tá muito boomm!!!!!
2025-06-26
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