Cristian fitzy narrando:
Fiquei na minha sala com os pensamentos a mil, eu ainda não estava acreditando que ela estava ali, e que chegou no momento em que eu estava sem camisa. Só de imaginar seu olhar no meu corpo, já começo a me sentir excitado, a mulher me devorava com o olhar, e eu gostei… não foi como das outras vezes, agora foi diferente.
Saiu dos meus pensamentos quando Ava vem me entregar a camisa, agradeço e logo me visto, como meu colete estava sujo fiquei apenas com a camisa social, que agora era azul-claro. Deixo os dois botões de cima abertos e dobro as mangas da camisa até o cotovelo, deixando várias tatuagens a mostra.
Me sento na minha mesa e fico pensativo, ouço a porta sendo aberta e Marius passando por ela.
— Algum problema? — pergunta.
— Não, você quer algo? — pergunto.
— Quero falar com você sobre uma nova contratada — diz.
— E quem seria? — pergunto.
— Alisson — responde.
Prendo a respiração, ela voltará a trabalhar aqui?
— É... ela irá voltar a ser secretária? — pergunto.
— E é sobre isso que eu iria falar — diz, se sentando de frente para mim.
— Pode falar — digo.
— Ela será promovida — diz — Alisson agora trabalhará com a equipe que projeta os softwares e ficará responsável por eles, isso inclui supervisionar e ficar responsável por me passar o que será preciso para os projetos ficarem prontos.
— Mas isso é trabalho meu — falo confuso, sem saber aonde ele quer chegar.
— E era exatamente nesse ponto que eu queria chegar — diz — vocês irão trabalhar juntos.
— O quê? — questionei — Por quê?
— Alisson se formou em engenharia de software — diz ele — ela será uma ótima profissional, confio nela.
— Então você não confia em mim?
— Pelo contrário, confio muito em você, vocês dois serão uma ótima equipe — diz animado.
— Quando ela virá trabalhar? — pergunto.
— Na segunda — diz — ela acabou de chegar, estava arrumando a mudança.
— Isso não vai dar certo — digo baixinho.
— Claro que vai, você irá poder se acertar com ela — diz — quem sabe vocês não se entendem.
Ele sorri.
— Duvido muito, pelo que fiz com ela, a mesma deve me odiar — falo.
— E quem disse que será fácil? — diz ele — não irá, e você precisa correr atrás do perdão dela, assim como fez com Victoria.
Ele está certo.
— Ótimo, posso aproveitar essa oportunidade de trabalharmos juntos para me aproximar dela, e assim conseguir que ela me perdoe pelo jeito que a tratava no passado — digo — e conseguir mostrar a ela que sou uma nova pessoa.
— Perfeito, não desperdice essa oportunidade — disse se levantando — temos uma reunião em cinco minutos.
Assim, ele sai, me deixando sozinho. Não deixarei essa chance passar.
[…]
Dois dias se passaram desde o meu reencontro com Alisson, e eu não a vi mais. Isso acaba me deixando ainda mais ansioso para vê-la na segunda. Hoje era sexta e eu iria ter uma consulta com minha psicóloga. Marius sempre me dá a manhã de folga para que eu vá às consultas. Eu já estava voltando para casa, iria tomar banho para depois ir para a empresa, quando recebo uma ligação de Victoria.
Paro o carro no sinal e atendo.
— Oi, Vic — falo.
— Oi, Cris — diz — poderia fazer uma coisa para mim.
— O que seria? — pergunto.
— Estou muito ocupada no escritório e o Marius está em reunião, Madison de folga e a Eliza ocupada no trabalho — diz, ainda não sei aonde ela quer chegar.
— Onde você quer chegar com isso? — pergunto.
— Poderia pegar as crianças na escola e deixá-las na casa dos seus pais?
— Claro, agora vou desligar porque o sinal abriu — me despeço dela e já vou em direção à escola.
Chego no local em cinco minutos e já vejo algumas crianças saindo, fico esperando meus sobrinhos saírem quando vejo um menino parado no portão tentando amarrar o sapato.
Me aproximo dele que não nota minha presença.
— Posso te ajudar a amarrar — falo, atraindo sua atenção.
Ele fica em silêncio.
Sorriu.
— Não vai falar? — pergunto.
— Minha mãe me disse para não falar com estranhos — diz e em seguida cobre a boca com as mãos.
Dou uma risadinha.
— Sua mãe está certa, mas não vou te fazer mal — falo.
— Isso é o que uma pessoa que quer me fazer mal diria — diz.
— Certo — falo, olhando para frente, onde vejo meus sobrinhos correrem na minha direção.
— Tio Cris — diz Helena me abraçando, logo em seguida os trigêmeos.
Olho para o pequeno na minha frente.
— Não irei te fazer mal, agora que estamos na presença dos meus sobrinhos, posso amarrar seu sapato? — pergunto, ele, ainda desconfiado, assenti.
Ando até ele e me abaixo na sua frente, amarro seu sapato e logo me afasto.
— Obrigado — diz o pequeno.
— Por nada — sorriu amigável.
— Liam — ouço alguém falar.
— Papai, esse moço legal amarrou meu sapato — diz o garotinho que agora descobri se chamar Liam.
— Que legal — diz o pai.
— Eu te conheço de algum lugar — falo olhando para o cara.
— Sou Brandon Ferrari, trabalhava no RH da sua empresa, Cristian fitzy — diz me encarando.
— Agora estou lembrando — falo — não te vi mais na empresa.
— Eu não trabalho mais lá, herdei uma fábrica de carros e agora estou me dedicando a ela — diz.
— Que legal, foi bom revê-lo — falo sincero — agora preciso ir, adeus Liam.
O garotinho acena para mim e logo vai embora com o pai, ando com meus sobrinhos até o carro e os coloco no banco de trás. Sorte que hoje vim com meu Maserati, o mesmo tem quatro portas e é super espaçoso, só assim para conseguir levar a creche do meu irmão.
— Tio, onde está nossa mãe? — pergunta Ryan.
— Ela está ocupada no escritório e me pediu para pegar vocês — falo, terminando de prendê-los com o cinto — vou deixá-los na casa dos meus pais.
Entrei no carro e logo saímos.
— Vou pedir para a vovó fazer bolo de chocolate — diz Dylan.
— Vou pedir para ela fazer pipoca doce — diz Herry.
— Eu quero sorvete de maracujá — diz Helena.
— Não deixem os pais de vocês ouvirem isso — digo — sabe que eles não gostam que vocês comam muitos doces.
— Mas você não se importa, não é tio? — pergunta Helena.
— Claro que não, eu sou o tio legal — falo.
Deixo eles na casa dos meus pais e vou para minha cobertura, tomo um banho rápido e me visto com um terno preto, logo vou para a empresa. Mas não esqueço aquele garotinho, parece muito familiar… certo que o pai dele é o Brandon.
Eu o conheci antes, quando trabalhava na empresa, ele era um cara legal, nunca tive amizade com ele, mas também não tive nenhuma inimizade. Ele era na dele, e eu sempre estava fazendo merda. Tenho vergonha de mim mesmo ao lembrar do que fiz antes, porém, pessoas evoluem e se tornam melhores. A vida é assim, não evoluímos apenas uma vez, evoluímos a cada dia, isso é o que nos torna melhores.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Ana Lúcia De Oliveira
gente, o liam não é filho do Cristian, Allison é apaixonada por ele mas nunca tiveram nada,nem um beijo, o Cristian na época era um playboy que a humilhava por ela ser uma secretária, ufa. quase contei o livro anterior todo.
2025-02-17
3
Ana Lúcia De Oliveira
sim, a evolução ocorre lenta cada dia mais um pouco
2025-02-17
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Adriane Alvarenga
Amando..... ❤❤❤❤❤❤
2024-09-03
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