Nos braços daquele rapaz que estava tão cheiroso vestindo um conjunto moletom preto de marca famosa e tênis, eu fiquei sem reação estranhando sua empolgação ao me ver. Ele se afasta do abraço, mas apoia suas mãos em meus ombros e diz em português.
LUKE: Senti sua falta!
ANALICE: Achei que nunca mais conseguiria te ver, não consegui me despedir naquele dia.
Ele pega seu celular e pede pra eu repetir o que disse.
LUKE: Sim. Como é difícil te encontrar aqui.
ANALICE: Você está bem? Ficará até quando aqui?
LUKE: Embarco depois de amanhã. Surgiu outro compromisso em meu país.
ANALICE: AH! Você deixou esse cordão em minha casa.
Tiro o pingente escondido por dentro do uniforme e o mostro sem tirar do pescoço.
LUKE: OH! Meu avô materno que me deu. O elefante branco é o símbolo de persistência, determinação e longevidade é a força sem agressão e sabedoria.
ANALICE: Que lindo! Não sabia...
Eu tiro o pingente e o entrego colocando em seu pescoço.
LUKE: Eu ganhei no dia que fui convidado para fazer meu primeiro filme. Tinha uns 17anos.
ANALICE: Ainda bem que consegui te entregar um presente tão precioso.
LUKE: Eu guardei as roupas que você me emprestou. Vamos lá na minha suíte que vou lhe entregar.
ANALICE: ah! Não precisava se preocupar com isso. Rs
LUKE: Faço questão!
Ele pega as minhas mãos e me direciona até o elevador, eu faço sinal que não devo acompanhá-lo.
LUKE: A essa hora, está vazio os corredores. Qualquer coisa eu digo que eu solicitei seus serviços ao cruzar com você.
Sigo ele, e entro em seu quarto. A suíte Master é incrível o dobro do tamanho das suítes dos primeiros andares, ele segue até um closet e me mostra uma sacola com as roupas de meu irmão, e coloca a sacola numa mesinha de centro.
Ele vai até o frigobar e pega duas cervejas e me entrega uma.
ANALICE: Não devo beber! Estou de serviço.
LUKE: Não em meu quarto!
Sorrio e abro a latinha, ele brinda sua latinha na minha e bebe pedindo para eu sentar.
LUKE: Trabalha aqui a muito tempo?
ANALICE: Algumas semanas só.
ANALICE: Eu pesquisei sobre você!
LUKE: Nem tudo que estar nas redes é verdadeiro. Rs
LUKE: O que descobriu?
ANALICE: Que você começou a carreira aos treze pra quatorze anos, que aos dezesseis foi protagonista em uma telenovela, que você tem 23anos é nipo-americano que vive na Tailândia.
LUKE: Isso te contei antes.
ANALICE: Já ganhou alguns prêmios importantes e está atualmente solteiro.
LUKE: Isso é verdade! Rs
ANALICE: Não vi muitas fofocas sobre seus relacionamentos, apenas que já teve uma noiva que também era modelo.
LUKE: Namorada! Noivado já é mentira da mídia. Rs Também pesquisei sobre você?
ANALICE: Descobriu que eu sou descendente de uma rainha indígena?
LUKE: Que?
ANALICE: Brincadeirinha! Rsrs... e descobriu algo?
LUKE: Não! Apareceu cerca de 15 Analices e nenhuma era você.
ANALICE: Vou te responder o que você poderia saber sobre mim.
Analice da Silva Cardoso, 20anos de idade, reside atualmente no Rio de Janeiro- Brasil, trabalha como camareira, solteira, nunca foi noiva rs e segunda filha de dona Ana e sr Cícero(falecido) e tenho mais um casal de irmãos mais novos.
Nunca ganhei prêmios, nunca saí do meu país e nem sou rica, mais tenho um sonho de trabalhar como enfermeira, cuidar dos pacientes, especificamente idosos. Porque me fez lembrar da minha vozinha e da doença do meu pai. Queria poder cuidar das pessoas adoentadas e retribuir com carinho e cuidado que não consegui dar ao meu pai.
LUKE: Você é uma menina muito generosa sabia?
ANALICE: RSRSR... Que nada!
Fico sem graça com o elogio que ele me faz, e o olhar de afeto que me encarava quando eu tagarelava sobre mim.
ANALICE: Bom. Preciso ir! Foi um prazer conhece-lo Luke Klahan. Acertei? Rs
Estico minhas mãos, me despedindo dele...
LUKE: Janta comigo amanhã? Ainda preciso agradece-la tudo que fez por mim.
ANALICE: Não precisa me agradecer!
LUKE: Você ainda não me respondeu se aceitará meu convite?
ANALICE: Eu não sei se é certo o senhor ser visto com uma camareira.
LUKE: Estou convidando a Analice! Uma amiga que fiz aqui no Brasil. Aceite por favor!
ANALICE: Eu...
LUKE: Mandarei meu agente junto com o motorista te buscar amanhã às oito.
Ele me olha brincalhão esperando por uma resposta positiva minha e afirmo balançando a cabeça, mas meia preocupada. Ele tira o seu colar e coloca no meu pescoço.
LUKE: Para você me entregar amanhã. rs
ANALICE: Até amanhã então!
Ele usa seu colar, pra não correr o risco de eu dar pra trás amanhã, pego a sacola, e ele abre a porta pra mim e faz uma reverência se despedindo.
Volto para o quarto e tenho apenas mais duas horas para dormir antes de voltar ao meu turno noturno. Deito e me pego sorridente ao me lembrar desse encontro.
...✴️...
Chego em casa as sete da manhã e vou para cama dormir, acordo por volta de uma da tarde e vou fazer meus afazeres de casa, almoço e a tardinha Derick chega em casa.
ANALICE: Pensei que não voltaria mais? E Thalia?
DERICK: Foi direto pra casa dela.
ANALICE: Está com fome?
DERICK: Não. Comi no caminho. O que essa sacola com minhas roupas estão fazendo aqui no sofá e meu tênis também vi ali na varanda. Eu não deixei nada espalhado!
ANALICE: Ah! É, tirei pra lavar achei suas roupas mofadas. O tênis, confesso que peguei pra caminhar mais não é meu número.
DERICK: Claro que não! Eu hein!
DERICK: O que você aprontou quando estive fora?
ANALICE: Eu, nada! Só trabalhei...
DERICK: Você está esquisita! Vou dormir um pouco, me acorde se alguém me chamar.
ANALICE: Tá!
Resolvi ir na padaria e comprar umas coisinhas pra um lanche da tarde, tomei café com Derick e ele me contou sobre sua viagem e o encontro com maínha depois de três anos sem vê-la. Por volta de 18:40mp comecei a me arrumar, preocupada com o que iria vestir, pois não tinha nada chique pra poder sair com um astro.
Coloquei um vestido que Thalia me deu assim que cheguei aqui e tinha usado apenas uma vez no casamento da sua irmã, ele era beje, colado e decotado, mas elegante, no meu ponto de vista e liguei pra Thalia que me trouxe uma de suas sandálias. Eu não tinha muitas roupas e as que eu tinha era mais simples, nada para um evento sofisticado. Quando Thalia chegou eu estava tentando fazer um penteado. Thalia logo se ofereceu pra me ajudar.
THALIA: Agora me diz, pra onde você vai que tem que estar chique?
ANALICE: Eu vou jantar com um amigo que conheci recentemente.
Falamos baixinho no quarto, pois não queria que Derick soubesse.
THALIA: E quem é? É funcionário do hotel? Alguém daqui?
ANALICE: Um hóspede!
THALIA: Puta merda Ana! Como assim? Você tem que ter cuidado com esses caras, sabe que eles nos veem apenas como objetos.
ANALICE: É um rapaz simples, nos conhecemos por acaso fora do hotel.
Minto, pois ela surtaria mais ainda se soubesse que Luke era um hóspede da Master, precisamente um famoso.
THALIA: Tem certeza que é um rapaz direito?
ANALICE: Ele nem sabe que trabalho no hotel e ele se hospedou por dois dias e foi pra outro hotel.
THALIA: UHNM... estranho! Mais tome cuidado! Aonde vão jantar?
ANALICE: Ainda não sei.
THALIA: De qualquer maneira, leve seu celular e deixe a localização ativada.
ANALICE: Pode deixar, que celular é a última coisa que não posso esquecer.
THALIA: Por que?
Deixo essa falha escapar, e dou uma desculpa qualquer, ela não precisa saber que o celular é a principal ferramenta para uma melhor comunicação com Luke.
THALIA: Você está incrível!
Me levanto e me admiro no espelho, Thalia domou o volume do meu cabelo fazendo uma trança num penteado que ficou bem apresentável e caprichou ao retocar minha simples maquiagem que havia feito antes.
Saímos do quarto e Derick me olha por baixo do óculos dizendo...
DERICK: Aonde mesmo você disse que iria e com quem?
ANALICE: Eu não disse! Rs
ANALICE: Mais se você quer saber, vou jantar com a Júh e a Eline.
DERICK: Júh, a recepcionista? E precisa disso tudo!
THALIA: Amor, se esse é seu jeito de falar que a Ana está linda, concordamos! Vou descer com ela e já volto.
DERICK: Vou junto!
THALIA: Não precisa! Fique aqui e pede uma pizza pra gente.
Gesticulo um obrigada pra Thalia que me encobriu pra meu irmão. Ao descer, vi uma Blazer preta com dois caras no banco da frente. Antes que eu me aproximasse, Thalia foi parada por uma senhora que puxou uma conversa e continuei a andar.
ANALICE: O carro já chegou, não precisa ir até lá. Tchau!
Antes que Thalia respondesse algo, sai andando e um deles saiu do carro, reconheci sua aparência, no dia da discursão na porta do quarto de Luke.
ARUN: Hello my name is ARUN, I`m na agente for Mr Luke Klahan.
ANALICE: Arun seu name?
ARUN: YES. Please accompany me miss Analice.
Embora compreendia mais ou menos o que o gringo falou, eu sabia que era ele, o agente de Luke, pois ele já havia me falado muito dele e de suas características e que ele que viria me buscar com um motorista.
Chegamos em Santa Tereza, o agente abre a porta do carro e entra comigo, é recepcionado pela hostess, o restaurante é de comidas latino-americana (Vi num quadro logo na entrada), um restaurante moderno e elegante.
O agente após falar com a moça, se despede de mim com uma reverência e sai. A moça pede para que eu a acompanhe e me sinto pisando em ovos, sem jeito de estar em um lugar tão chique. O restaurante não estava cheio e sou encaminhada para um lugar bem reservado e lá vejo o Luke que estava tão lindo, aspirava riqueza no seu terno preto elegante, que ao me ver se levantou, beijou a minha mão e puxou a cadeira pra mim como um cavalheiro dos filmes românticos.
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Atualizado até capítulo 61
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