Consegui ir ao aeroporto sem ser reconhecido e receber o meu pai.
Passamos o resto da tarde juntos e a noite, após jantarmos ele se recolheu para descansar.
LUKE: Arun, alguma novidade?
ARUN: Senhor ainda não tive tempo de investigar, estava acalmando os ânimos de Steven enquanto o senhor estava com seu pai.
LUKE: E ele, falou algo?
ARUN: Estava fazendo “fita” com a Srta. Decha. Sobre a camareira, amanhã mesmo descubro tudo.
Na manhã seguinte, meu pai entra e me chama para irmos à praia.
ARUN: O Senhor teria que ir com os seguranças, ainda tem muitos fãs de olho.
LUKE: Verdade pai, seu filho é popular aqui nessas terras. Rs
CHRISTIAN: Quem diria... Então, vamos de piscina do hotel?
LUKE: Ótimo! Pai, o senhor acredita que ainda eu não consegui ir.
CHRISTIAN: Esse tempo todo e não conseguiu desfrutar de nada aqui?
LUKE: Agora que o senhor está aqui, e depois da chamada que dei em Steven, posso aproveitar. Afinal, já cumpri com todos os compromissos das viagens.
Aproveitamos aquela manhã na piscina do hotel. Almoçamos juntos e até arquitetamos um plano para turistar pela cidade.
Em todos os momentos em que eu circulava pelo hotel, em nenhuma hora vi Analice. Passei a reparar o rosto de cada camareira deste lugar.
Depois de tomar um drink à tarde no bar do hotel com meu pai, vou para minha suíte descansar, no caminho cruzo com Arun.
LUKE: Arun, alguma novidade?
ARUN: Estava indo mesmo me encontrar com o senhor. Andei sondando discretamente e a quem perguntei disseram não conhecer. O mordomo Roberto me disse, que as camareiras são selecionadas a trabalhar nos determinados andares e ele falou que só conhece as dos andares máster.
LUKE: Tenta com os mensageiros. Acredito que ela tenha amizade com um deles.
ARUN: Ok.
LUKE: Vou descansar e você pode me deixar sozinho.
Entro no quarto e estou exausto, tiro a camisa e vou pegar uma muda de roupa para tomar uma ducha e dou de cara com Decha deitada seminua na minha cama.
LUKE: O que você faz aqui?
DECHA: Achei que você queria um pouco de companhia.
LUKE: Saia daqui agora!
Pego ela pelo braço, jogo um roupão meu pra ela vestir e arrasto pelo quarto a fora com ela fazendo a maior cena.
Entram Arun, o Roberto e Steven no meio daquele alvoroço.
Arun disse que Roberto o procurava justamente para dizer que viu Decha entrando com a ajuda de Steven e queria saber se eu estava sabendo sobre e correram pra cá imaginando a confusão.
Discuto com Steven sobre o fato dele ter trazido Decha para o Brasil, sento na poltrona cansado desta situação e Roberto tentar tirá-los do meu quarto junto com Arun e terminam a discussão na porta.
Arun entra...
ARUN: Luke, eles já foram! O senhor está bem?
Arun começa a procurar algo pelo quarto.
LUKE: O que está fazendo?
ARUN: Vendo se a senhorita Decha instalou algumas câmeras escondidas, nunca se sabe sua real intenção.
LUKE: Apenas me forçar a ficar com ela. Steven não permitiria que ela prejudicasse minha imagem com outra coisa.
ARUN: Isso é verdade! Ele só quer empurrar ela pra você, acreditando numa mídia que te beneficie com a empresa do pai dela.
LUKE: Pois é! Ele quer me casar com ela. “O astro do Thai Drama com a herdeira do império One31”.
ARUN: Depois desta cena, acredito que Steven irá segurar a onda. O senhor pode descansar agora! Roberto e eu garantiremos sua paz.
Pude finalmente ficar sozinho, depois de um banho deitei em minha cama e fiquei olhando minhas redes sociais e até tentei pesquisar sobre alguma Analice, como não sabia seu sobrenome ficou ainda mais difícil.
Acordo, ouvindo alguém me chamar...
ROBERTO: Senhor Luke! O senhor Christian Braga, enviou um recado para se juntar a ele no restaurante.
LUKE: Que horas são?
ROBERTO: São oito horas da noite.
LUKE: Estou indo...
ROBERTO: Assim que o senhor sair, a camareira irá arrumar sua suíte. Não deixei virem antes para não incomodá-lo.
Quando ele fala em camareira, olho desesperado me despertando do sono e reparo na moça acuada num canto do quarto, que para meu azar não era Analice.
ROBERTO: Algum problema?
LUKE: Não, nada!
Entro no banheiro e me troco, jogo uma água no rosto e saio junto com Roberto que me esperava. Olho ao redor e só agora percebo que o chilique de Decha deixou rastros de bagunça neste quarto.
O jantar com meu pai foi muito bom, mais ele percebeu minha inquietação em estar sempre reparando os funcionários do hotel.
Ao me despedir do meu pai que ficava no quinto andar eu continuei no elevador e desci para o segundo andar na esperança de encontrá-la. Vi uma, que passou por mim escondendo risadinhas, fui de escadas para o terceiro andar e dei de cara com uma senhora funcionária e ao fundo cheguei a ver duas camareiras entrando em quartos, mais fui cercado pela senhora de terninho azul.
INÊS: Boa noite senhor? Precisa de alguma coisa? Está perdido? (português)
Falo em tailandês, pra deixa-la confusa e ela me responde em inglês.
INêS: Sou Inês, supervisora de andar. O senhor é o ator Luke Klahan, certo? Seu andar é o sexto.
LUKE: Decidi subir de escada para me exercitar e me enganei. (Respondo em inglês)
Dou meia-volta, e subo mais um lance de escada. No quarto andar, vi apenas hóspedes e um mensageiro de passagem.
Volto para meu quarto de elevador e vou dormir.
Pela manhã, tomo meu café no quarto e vou na academia do hotel me exercitar, volto pra suíte e encontro Steven à minha espera, conversamos seriamente e ele só me pediu para participar de uma entrevista no programa do Fernando Prati, e eu poderia descansar, turistar e voltar para Tailândia.
LUKE: Bom, estamos conversados. Agora se me der licença, vou turistar com meu pai que já me aguarda no saguão.
STEVEN: Só mais uma coisa Klahan! Sugiro que leve pelo menos um segurança e Arun junto. Não sei até hoje, por onde você se meteu quando sumiu naquela noite, mas aqui é um lugar perigoso e você não é anônimo, precisa tomar cuidado.
LUKE: Ok. Desde que você envie Decha de volta.
STEVEN: Eu iria sugerir que você a levasse, mas não irei insistir. Eu mesmo continuarei a fazer companhia a senhorita Decha.
Em todos esses dias em que estive aqui, a movimentação na entrada do Belmond Plazza não se aquietou. E passear por aí, sem segurança seria complicado. Então, eu acabei aceitando a sugestão de Steven. E comecei a suspeitar, que ele fez gosto de eu ter recusado a companhia de Decha, se oferecendo a continuar ao seu lado.
Passei um dia agradável e conheci alguns lugares lindos neste país, meu pai me contava inúmeras histórias em que ouvia dos seus pais, passamos o dia todo na rua. Jantamos num restaurante em Ipanema, Arun preferiu voltar para o hotel à tarde.
Chegamos por volta das onze da noite, e Arun me esperava na minha suíte.
LUKE: Arun, alguma novidade? Por que está aqui à minha espera a essa hora?
ARUN: Senhor, andei conversando com um dos mensageiros que disse ser colega de Analice.
LUKE: Sério? Continue o que descobriu
ARUN: Ele disse, que ela é do terceiro andar e que cruzou com ela algumas horas atrás no refeitório dos funcionários jantando.
LUKE: Então ela já se foi? Ela saia as 17horas.
ARUN: Parece que tem dias escalonados a trabalhar no turno da noite.
LUKE: Pior que se eu pedir pra ser atendido especificamente por ela, pode soar estranho.
ARUN: Concordo senhor! Por que não vai dar umas voltas pelo hotel?
LUKE: E ser cercado pela governanta de andar me olhando como se eu fosse idiota?
ARUN: A essa hora, o hotel está mais calmo. Tirando esse barulho de helicóptero. Parece que tem alguém importante indo embora.
No momento que Arun falou de Helicóptero, pude lembrar de onde a vi pela primeira vez, como pude esquecer daquele espaço perto do heliponto.
Vou pro banheiro tomar um banho e me arrumar, pois passei o dia todo fora e subo na esperança. Não a encontrei, então fico pensativo admirando a paisagem naquela noite com o céu bem estrelado, pensativo nos momentos em que passamos juntos. Por que será que ela não sai dos meus pensamentos? Sinto a presença de alguém se aproximando e era uma moça de camareira que continuou se aproximando e sim era ela!
LUKE: Analice!
Avanço os passos ao seu encontro, não me contenho e a abraço.
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Atualizado até capítulo 61
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