Dulce sentiu a chuva no seu rosto e logo em seguida, ela chocou-se contra um peito másculo.
Ela estava um pouco atordoada e não se deu conta de onde e com quem estava até que ela levantou o rosto e observou o rosto sorridente e simpático de Tom olhando para ela.
Ela encarou-o e percebeu o quanto o seu rosto parecia mais jovem e a sua roupa era a mesma que eles usavam no dia em que se conheceram.
— Pegue o meu guarda-chuva senhorita, ou pode pegar uma constipação.
Ela já sabia tudo o que aconteceria a partir dali, ela afastou-se da proteção do guarda-chuvas e olhou para o céu, de fato ela fora abençoada com uma segunda oportunidade.
Tom estendeu a mão para colocar o guarda-chuvas, porém, como se ele tivesse alguma espécie de praga que pudesse passar para ela, Dulce recolheu a sua mão e disse:
— Eu não quero.
No segundo seguinte, ela correu na direção oposta.
Tom ainda pensou em ir atrás dela, contudo Dulce foi mais rápida e escapou das mãos dele. A rua estava cheia, com pessoas saindo do trabalho e desesperadas por chegar em casa, então seria praticamente impossível encontrar ela.
— Droga! Não me disseram que ela era maluca.
Dulce não conseguia deixar de olhar para o céu e agradecer por ter essa segunda oportunidade.
— Prometo Deus, dessa vez não serei tão burra.
Ela até o ódio prometeu esquecer de sentir, se Tom se mantiver longe dela.
Como ela estava distraída, não percebeu quando bateu novamente em alguém, isso a levou ao chão e os seus óculos caiu. Ela pôde escutar no minuto que ele foi despedaçado por alguém.
Sem ânimo, não restou muito a ela do que aceitar a ajuda da mão que estava à frente dela, ela só esperava que não fosse Tom novamente.
Mas, no momento, em que ela foi puxada para cima, o seu rosto ficou na altura do pescoço da pessoa que a levantou e ela sentiu o melhor cheiro do mundo.
— Desculpa-me moça, eu gravava um story e não vi você.
A voz, o cheiro, todo aquele homem mandou uma corrente elétrica ao corpo de Dulce, algo muito parecido com o que ela sentiu por Tom, porém, muito mais intenso, então ela afastou-se e disse:
— Não tem problema, com licença.
No primeiro passo, ela sentiu que o seu salto estava quebrado, ela então tirou o salto que estava bom do pé e o quebrou também.
O homem a observava fascinado, essa mulher era tão interessante, ele poderia até se apaixonar por ela.
— Precisa de alguma ajuda moça?
Já recuperada, Dulce disse simplesmente sem olhá-lo:
— Não se preocupe, este nunca foi um dia de sorte para mim mesmo.
Ela então seguiu o seu caminho, estava sem os seus óculos, no entanto, ela ainda podia enxergar um pouco, o suficiente para saber onde estava.
Por sorte, o que era uma piada diante de tudo o que ela estava a passar, Dulce sabia estar perto do salão de beleza do seu amigo Joaquim, ou melhor, Quim, como ele gosta de ser chamado.
Assim que ela virou a esquina, um carro passou e jogou uma enorme quantidade de lama sobre ela.
Respirando fundo e seguindo, ela olhou para a porta e observou o seu reflexo, ela era mesmo uma pessoa de dar pena por isso ela foi enganada tão facilmente por aquele crápula.
Enquanto ela ainda observava o seu reflexo, de repente a porta se abriu e Quim olhou-lhe e disse:
— Entra agora, você fica insuportável quando está doente e eu não vou cuidar de você.
Dulce gostou que ele não fez nenhum comentário sobre o seu estado, ela sentia-se feia. Ela abraçou o seu amigo e disse aos prantos:
— Eu preciso da sua ajuda Quim, tenho que mudar, não posso ser a mesma idiota de sempre.
— Você não é idiota, apenas ingênua. É o que eu sempre lhe digo, se ame primeiro e não vai precisar de mais ninguém para lhe amar.
— E você tem razão, eu estive a ponto de estar num ponto sem retorno.
Dulce dizia isso pensando em tudo o que aconteceu na sua vida passada.
— Então entra minha, drama queen, vamos começar pelo exterior, o interior você cuida gradualmente.
Dulce entregou o seu cartão de crédito para ele, ela sabia que mesmo que fossem amigos, o dinheiro é algo que Quim gosta muito.
— Faça-me a deusa que você sempre me prometeu.
Ela estava com o olhar determinado e Quim gostou disso é concluiu que a sua amiga estava finalmente preparada para ser a mulher que ela sempre teve potencial para ser.
— Não se preocupe, hoje eu serei a própria fada madrinha, minha princesa.
Pela manhã, quando Dulce saiu para o trabalho, ela notou que o dia estava muito mais bonito que de costume. Ela notou também que chamava atenção por onde passava. Ela corou diante desta constatação, o que deu-lhe um ar mais natural e inocente.
Se Dulce chamou a atenção de pessoas desconhecidas na rua, o alvoroço foi ainda maior quando ela chegou pontualmente para o trabalho naquela manhã.
Ela ouviu comentários como:
— Não acredito que esta é a Srta. Braga.
— Ela está tão diferente.
— Como eu nunca soube que ela era tão bonita?
Ela foi até a cafeteira e encontrou um grupo de funcionárias ainda comentando sobre ela.
— Nossa, ela fez uma transformação impressionante.
— Será que ela finalmente desencalhou?
— Eu queria saber onde ela fez essa transformação.
Se fosse antes, Dulce teria ficado chateada, porém, ela estava decidida a mudar.
Ela aproximou-se das mulheres e estendeu um cartão do seu amigo e disse:
— Aqui, o Quim pode fazer milagres. Mas, advirto garotas, se preocupem mais com a vossa vida é o que eu faço, me amando mais. E, cuidado para o presidente Winston não encontrar vocês cochichando por aqui.
— Nem me fale nele, mal consigo manter-me de pé quando estou perto dele.
— O presidente Winston é bonito, mas não é legal ter uma postura pouco profissional, perto dele.
Dulce ouviu de repente atrás dela a voz forte de Winston atrás dela.
— Falta trabalho no seu departamento Dulce? Está com tempo para fofocar sobre mim nos corredores.
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Atualizado até capítulo 82
Comments
Erlete Rodrigues
gosto muito da história
2024-05-18
0
Salete gorete Borges
gostando,coloca mas foto deles
2023-12-13
0
Marcia Ramalho Mecias
imagina
2023-06-24
0