Sendo a melhor amiga do meu sobrinho, põem-me numa enrascada. Laila, Laila... Seu nome ecoando na minha mente, mas a única coisa que sinto é que irei chama-la de meu amor assim que a for convocar.
A garota de pouco mais de um metro e meio, para com os seus braços cruzados, indícios de alguém em processo de emagrecimento, um rosto mais flácido, pernas mais finas que o tronco. Tudo que para alguns sem noção alguma do que procurar em mulher despreza.
— Menina, não me olhe assim. - ela permanece imponente como se eu houvesse cometido um crime. Bem... Não naquele momento. - Eu vou falar com o pai de Dylan.
A menina fica satisfeita e o meu sobrinho reclama.
— Mas... - vagamente continuo.
— Sempre tem um mas. - ela revira os olhos e a minha mente suja não pode evitar imaginar, essa situação em prazer.
— Vão almoçar na minha casa. - os dois arqueia a sobrancelha. - O que foi? Quero saber mais sobre o envolvimento dos dois, sou quase um pai para Dylan e nunca o vi abaixar a cabeça dessa forma.
Eles não refutam. Minha fofura vai na minha casa!
— Desculpe, adoraria ir, mas,... - ela diz e eu travo. - Não tenho tempo.
A minha moral se rompe na hora. Como assim!? Busco na minha mente os horários da pequena segundo as informações de Dylan é... Fato, ela não tem tempo. Nunca odiei tanto rotinas e poréns como agora!
O meu espírito chora nesse momento.
— Domingo? - insisto.
Resposta negativa.
— Eu vou. - Dylan fala.
— Eu não ligo. - meu tique nervoso se faz presente.
Só estou usando Dylan como transporte para chegar até Laila naturalmente. Naturalmente? Dane-se "No pain, no gain". Ele tá comigo quase 24 horas, como eu não sabia dessa garota?
Caso bem me recordo, coisas preciosas a esse playboyzinho não são de meu conhecimento. Ele esconde a existência. Uma maneira de autodefesa que eu mesmo o ensinei, sem fraquezas para seus inimigos. Parando para pensar... Esse moleque ver-me como uma ameaça!? Por mais que eu seja alguém que cobiça a amiga dele no momento, isso é inaceitável! Eu cuido para que ele não se ferre com o pai dele todos os dias.
— Eu busco-te. - tento solucionar o problema.
Ela fica um pouco relutante, mas aceita. Algo que ela não abriu mão foi de treinar após a escola. Parece que a questão do peso a incomoda bastante. Não estou mentindo, ela é linda, ver ela incomodada com isso, para mim é besteira. O sorriso dela... Além de ter covinhas discretas ela sorri com vontade ao ponto de fechar os olhos, a sinceridade que essa menina transmite, deixa-me aos pés dela.
— Combinado. Que horas? - não dou brecha para recusa. Perdi demais a minha pose natural.
— As 13:30, já devo ter acabado.
Nossa, que símbolo de independência. Não é o horário que eu desejo, e sim, o que ela pode e que não a atrapalhe. A sua frieza com a minha insistência faz com que eu continue interessado. Como será a menina por baixo dessa casca?
— Eu vou com Dylan. Ele deve saber o local. - Ela me olha com o se aquilo fosse óbvio.
Ah, claro, ela não sabe que o motivo é que eu, um velho, estou interessado nela. Havia esquecido este detalhe.
— Vai embora. - Dylan empurra-me e eu acabo me despedindo da garota. - Não vai contar para meu pai? - eu nego. - Mas prometeu. Laila, odeia pessoas que não cumpre com a própria palavra.
— Pensa em me ajudar? - um pingo de esperança me resta.
— Não. - ele diz e me irrito.
— Contarei para Patrick. - ele resmunga. - Eu só quero que faça propaganda de mim.
— Desiste, tio. Laila não é uma princesa delicada. Ela é bruta em alguns momentos, ríspida e até mesmo ignorante.
— Como pode falar assim? Você mesmo a defendeu por estar num período pós-traumático e ainda assim não consegue reconhecer ações defensivas emocionais? Tem problema, Dylan!? - repreendo.
— Cure as suas feridas para não sangrar em quem não tem nada a ver. - ele quebra o meu argumento.
— Eu não sei, talvez, ela seja uma garotinha mimada que precisa de atenção. Por saber que não pode oferecer conforto e dividir com ela o fardo, considerar os seus sentimentos é inútil, afinal, você não pode ajudá-la e nem deseja. Não use a sua exclusão na lista de pessoas de confiança dela, como se o problema fosse ela. O problema é você por ser um péssimo amigo e não transmitir a confiança que ela precisa. Ela tem uma vida cheia e tem que ficar cuidando de você e monitorando as merdas que está fazendo! Vira homem, porra. - perco o controle.
— Conheceu ela hoje, é crê que a conhece?
— Prefiro não a conhecer agora, pois tenho uma desculpa de pouco tempo que a conheci. Mas quanto a você? Não a entende, mesmo que ela seja alguém da sua vida há tanto tempo? - ele dá um passo a frente me desafiando. - Abaixa a tua bola. - aponto o dedo no seu peito e ele recua.
Entro no meu carro e deixo o garoto com o punho cerrado. Mesmo que perca créditos com Laila, não vou falar nada com o pai dele. Parece que ele se envolveu com a marmita do filho de traficante, Patrick o mataria.
Infelizmente ele tem o mesmo temperamento que o nosso pai, pouca eficiência e muita violência. O garoto completamente oposto, ama rir da cara do perigo.
— Jamilly. - ela finge não acordar - Arrumei uma cunhada para você.
Ela pula do banco de trás para o da frente me enchendo de perguntas sobre Laila. Estou me emocionando? Talvez, porém como eu disse ela vai ser minha mulher e acabou o papo.
— É a Vanessa!? - entusiasmada a minha irmã fala da sua amiga.
Só pode ser brincadeira... Vanessa, uma padrão, alta, magra, beldade, típica modelo. Todavia, eu Alexandre, prefiro mulheres mais corpudas à comprida. Do que adianta ser uma vara e não ter nada de corpo? Claro, essa é uma preferência minha.
Mulheres, não se baseie em pensamentos masculinos, cada um tem o seu próprio gosto. Ou seja, todas são lindas, só não me interesso. O meu irmão prefere mulheres com Vanessa e despreza como Laila. Isso são exemplos, infelizmente é a realidade.
- Não. - Ela não desanima. - Ela vem na minha casa, pode tentar conhecê-la? - ela assente.
Pronto.
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Atualizado até capítulo 81
Comments
brenda🍒
você ainda vai casar com ela, sem pressa
2023-05-14
3
brenda🍒
cara doido KKKKKKKKKK
2023-05-14
0