Capítulo 17 *** Quando se encontra um amor ***

Capítulo 17

*** Quando se encontra um amor ***

O almoço seguiu tranquilamente, Emma conseguiu se acalmar.

Os noivos estavam radiantes e apaixonados, Téo e Zoe que já ouviram Marina sua mãe contar várias vezes como foi lindo o casamento dela na fazenda, contaram para todos.

— Eles se casaram perto do penhasco na hora do crepúsculo porque o sol bate de uma maneira que faz formas e luz lindas. – Zoe tenta explicar pela milésima vez.

— Vamos lá ver? – Miguel convida a todos.

— Sim, assim vamos ver.

— É lindo sim eu já vi. – Ben quem diz.

Ana já tinha terminado de almoçar quando pela babá eletrônica ela vê que os bebê acordaram.

— Eu vou ver meus filhos, com licença.

— Eu já vou amor.

— Vem mesmo Ben.

— Eu queria tanto andar a cavalo, mas não posso fazer nada. – Clara fala.

— Pessoal se forem sair me avisem ou ao Téo e ele me passa, não se afastem da sede e andem por onde tem segurança. Os cachorros estão soltos e eles podem atacar. — Mike explica.

— Com licença. — Emma pede se levantando.

— Toda.

Ela escuta e sente o ar que sai forte da boca de Mike em seu braço esquerdo.

Todos se levantam e vão para os quartos descansar, Zoe não encontra Emma em lugar nenhum, mas não se preocupa, afinal ela não é criança, Zoe também vai para um dos quartos assistir a sua série favorita.

Emma se vê sozinha nos fundos da casa, em uma área cercada, então tem perigo dos cachorros a pegar. ‘Mike é charmoso, cheiroso e sério, o seu olhar é profundo, por que ele me mandou respirar devagar?’ ela pensa sozinha enquanto sobe em uma árvore.

Ele nunca me daria atenção, é melhor não alimentar esse interesse. Emma pensa e repensa em tudo que está sentindo.

Não demora Emma percebe o quão alto está na árvore.

– Merda, por que eu subi tão alto?

Ela diz percebendo que para descer é mais difícil já que precisa olhar para baixo. Ela passa horas ali, já que todos foram descansar.

Mike sabendo que Téo está a passeio resolve olhar nas câmeras, o sensor avisa que alguém passou para os fundos do quintal da casa e ele estranha porque achou que todos foram descansar e isso já faz três horas, mas o sensor não apontou  terem passado novamente. Para a surpresa dele é Emma que passa quase correndo pela câmera. Ele resolve ir ver o que está acontecendo, Mike estranha quando não vê ninguém.

Ele olha nas árvores e não vê nada, Emma já o viu assim que ele chegou, mas a aceleração do seu coração a impede de chamá-lo, primeiro ela se acalma.

— Emma onde está eu sei que está aqui. — ele a chama preocupado com o ataque de pânico que ele acha que ela tem.

— Aqui Mike. – ela sussurra.

Ele vai até a ela e olhando para cima pergunta.

— Não consegue descer não é?

— Não, nunca subi tão alto, me distraí e passei do tronco que gosto.

Mike tentou subir com os sapatos, mas não conseguiu então os tirou. Emma assistia a tudo envergonhada.

Quando Mike chegou lá em cima ela disse.

— Obrigada!

— Eu ainda não te tirei daqui é cedo para agradecer.

— Mas não estou mais sozinha e você tem um rádio que pode mandar chamar os bombeiros.

— Não vai precisar, me diga qual o tronco que você consegue descer sozinha?

— Eu não sei, faz tempo que não venho aqui.

— Talvez você não esteja na árvore certa.

— Talvez.

— Calma. – ele diz já que percebe desespero nos olhos de Emma.

—Vamos descer?

— E se eu te derrubar.

— Emma você não vai me derrubar, só venha atrás de mim.

Ele desce um pouco.

— Mas Mike posso colocar os pés nas suas mãos?

— É o único jeito.

Emma tira a sandália e faz o que ele pede.

— Agora vou descer mais.

— Está bem.

E assim eles fazem até Mike estar no chão. Ao pisar no chão Emma se vira de frente para ele.

— Obrigada Mike. – ela diz fazendo um carinho no rosto dele e depois o abraça demora, mas ele retribui o abraço.

A onda de calor que Mike sentiu ao ter Emma em seus braços, não foi comum e nem de um abraço de amigos. Emma suspirou e amoleceu em seus braços sem soltá-lo.

Eles se encararam por um tempo.

— Obrigada mesmo.

— Por nada, não ande sozinha por aí.

Emma pega as suas sandálias e corre para a sede.

‘menina não brinca com fogo, que eu não sou de ferro’. Ele pensa enquanto a olha até ela sumir.

****** Continua

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