Natália ficou envergonhada ao notar que seu coração tinha acelerado por apenas uma gentileza da parte de Ulisses. Se sentia uma criança por se abalar por algo tão pequeno.
— Obrigado por organizar o quarto de lazer deles, nem lembrava quando tinha sido a última vez que vi o chão de lá. — Ulisses agradeceu.
— Na verdade, não fiz quase nada, foram as crianças que arrumaram. Se juntaram e rapidamente tudo estava organizado. — Natalia explicou colocando o bolo no forno. — Prontinho! Em trinta minutos teremos um bolo quentinho e delicioso para vocês levarem para escola. Que tal aproveitar para tomar um banho?
— Olha a hora! Meu Deus! Perdi a manhã toda dormindo. Você pode organizar as crianças para escola? Eu irei pedir o almoço. — Ulisses saiu correndo.
— Então, vamos fazer assim? Primeiro darei banho em Lisa e depois em vocês dois, o que acha? — Natália sugeriu as crianças, que novamente se olhavam.
— Lavamos o cabelo ontem, não precisamos lavar hoje também. Então, podemos tomar banho sozinhos. — Lucas explicou.
— Mas eu preciso de ajuda para arrumar meu cabelo. Ainda não sei pentear direito. — Lisa fez careta.
— Entendi, então vamos fazer assim. Primeiro Lisa toma banho e depois vocês dois. Assim poderei ficar perto do banheiro, caso vocês precisem de alguma ajuda. — Natália estava acostumada a dar banho no seu irmão de oito anos, achou que aquelas crianças também tomassem banho com ajuda, já que tinham seis anos.
As crianças não entenderam bem a proposta, mas decidiram concordar. Lisa foi primeiro, não demorou muito e já havia terminado. Natália pediu para que os dois fossem, enquando ela vestia Lisa. Ao escutar alguns barulhos no banheiro, correu para verificar. Encontrou os meninos brincando com arma de água e um banheiro totalmente ensopado.
— Vocês dois. Fora do banheiro. Olha o caos que deixaram esse lugar. Vamos. Peguem os roupões e saiam. — Natália falou sério com os meninos que pareciam prestes a questionar a ordem quando a irmã entrou no banheiro.
— Lucas, Lenin. Vocês prometeram. — Lisa disse. Os dois meninos acenaram para ela concordando e saíram do banheiro.
Natália ficou enxugando o banheiro e fazendo uma nota metal de nunca mais mandar os dois tomarem banho juntos, era esperado que algo assim acontecesse naquela situação.
— Crianças! O almoço chegou. Pedi o favorito de vocês. — Ulisses gritou. Estava impecável novamente. De terno e gravata, cabelo perfeitamente arrumado. Bem diferente do homem que abriu a porta para Natália pela manhã.
As crianças sentaram cada uma em uma cadeira. O pai já havia colocado um pedaço de lasanha em casa prato. Elas já estava comendo quando Ulisses olhou para Natália encostada na parede.
— Venha. Coma conosco. Sente. Deve está com fome depois de tudo que fez hoje. — Ulisses ofereceu, apontando para o prato vazio.
— Eu preciso organizar a lancheira das crianças. O bolo já está pronto. Irei organizar tudo para que não atrasem. — Natália recusou, sabia que não era natural os funcionários sentarem com o patrão, ao menos, ela aprendeu assim. Entendeu a atitude de Ulisses com educação da parte dele.
Depois de procurar muito no quadro das crianças, finalmente encontrou as lancheiras. Natália fez um pouco de suco, colocou o bolo e alguns cookies que as crianças haviam dito que queriam levar para escola também.
— Tudo pronto? Nem acredito que vocês vão conseguir chegar na hora hoje. Vamos comemorar a noite essa façanha histórica. — Ulisses gritou da porta carregando várias bolsas.
— Aqui estão as lancheiras. Coloquei o bolo, suco e os cookies que eles pediram. Coloco algo mais? — Natália perguntou.
— É o suficiente. Eu irei levar eles hoje, normalmente, será uma função sua buscar e deixar eles na escola. O horário, telefone da escola e endereço estão no arquivo que te mandei. Vou enviar o número do motorista, caso haja alguns desencontro entre vocês. Você pode esperar aqui ou resolver o que quiser, desde que esteja na escola deles no horário. Se um imprevisto surgir, me avise com antecedência. — Ulisses explicou enviado o contato do motorista para Natália.
— Sim, senhor. Boa aula, crianças. Vejo vocês mais tarde. — Natália sorriu acenando. As crianças devolveram o aceno, mas logo correram em direção do carro.
Natália olhou ao redor. Aquela bagunça toda. Respirou fundo. Ela não conseguia trabalhar ou fazer nada ambiente bagunçados, decidiu colocar tudo no lugar, sabia que não era sua função, mas também não conseguiria fazer absolutamente nada naquele caso. Ela mal havia terminado de arrumar a casa e o horário de buscar as crianças chegou. Ela estava mandando mensagem para o motorista quando ouviu alguém chamando na porta.
— Olá, sou Pedro, o motorista. Você deve ser Natália, a vítima atual das crianças. O senhor Ulisses me pediu para acompanhar a senhorita até a escola das crianças. Podemos ir? — Pedro era alto, musculoso, tinha por volta dos vinte anos. Natália ficou alguns segundos sem reação ao ver ele. — Natália? Está me ouvindo? Iremos nos atrasar.
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Atualizado até capítulo 106
Comments
Elba Anunciacao
Tadinha. É muita informação.
2024-04-23
5
Elba Anunciacao
A pobre vivia em uma redoma, agora deu. 🤭
2024-04-23
0
Nil
Um esse motorista ❗sei não, ele veio para apimentado o relacionamento 🤣🤣🤣🤣🤣🤣🤣
2024-02-25
8