Capítulo 14

...Alessandro:...

Ao voltar para o quarto, coloco a bandeja na mesinha de cabeceira e vejo que ele está completamente adormecido, aproveito para observá-lo, admirá-lo e me apaixonar por ele.

Quê?

Espera

Apaixonar?

Eu?

Mas que besteira estou dizendo, só estou alucinando por causa do garoto, já que ele é o primeiro com esse nível de rendimento, embora em parte seja por causa da droga em seu sistema.

A falta de descanso e o muito sexo que tenho feito estão me fazendo delirar.

Mal me ajeito ao seu lado e caio no sono.

Acordo e já é noite, o garoto se mexe, acordando também, mas seu corpo procura o meu.

Imediatamente, ele sobe em mim, movendo seus quadris para cima e para baixo, sem parar.

Outra noite havia passado, terminamos de fazê-lo até altas horas da madrugada, caí desmaiado sem nem ao menos beber água.

Eu estava tão cansado, ele parecia não parar, juro que em algum momento da noite vi seus olhos mudarem de cor para um âmbar brilhante, parecidos com os de um animal noturno, e não era para menos, o garoto estava me espremendo até as entranhas.

Se não fosse cientificamente impossível, diria que são como os de um lobo comendo sua presa. Embora fosse quase a mesma coisa.

Acordei ao sentir o movimento, era meu mordomo deixando comida na mesinha de cabeceira e levando a bandeja que eu havia trazido ontem para o garoto ao meu lado.

Infelizmente, ainda não sei seu nome, mas assim que ele acordar, será a primeira coisa que farei.

Tomo café da manhã, muito gostoso. Vitale não fez perguntas sobre o garoto, mas seus olhos tinham centenas delas.

Entrei no banheiro para relaxar um pouco, o som da porta me fez virar para ver o garoto totalmente nu, cheio de marcas de beijos, mas seus olhos me seguiam da mesma forma.

Isso já não estava me agradando, literalmente já haviam se passado mais de 40 horas e o garoto continuava igual.

Mas não pude fazer nada quando o senti se aproximando do meu corpo, dizendo que era meu e que queria mais de mim.

E eu, mais do que honrado por ele se sentir meu, dei a ele o que ele pedia.

Não percebi a que horas terminamos, apenas desmaiei de tanto esforço no que estava fazendo, meu amigo estava totalmente exausto, sentia que mais uma rodada e eu o perderia para sempre, pois ele estava literalmente flácido, sem querer voltar à vida por um bom tempo.

Este garoto iria me matar, falando sério, eu podia ouvir suas reclamações e, às vezes, grunhidos quando, no final do dia, eu estava pegando no sono.

Meu pau... Estava queimando, seu interior estava cheio de mim.

Se ele fosse mulher, eu teria feito uns 100 filhos nele.

Finalmente consegui dormir.

Acordei com o movimento, meu corpo doía como se eu tivesse sido atropelado.

Vitale: Jovem amo, acorde, diga alguma coisa, por favor.

Alessandro: Vitale, me deixe dormir, estou exausto.

Vitale: Graças a Deus o senhor está vivo, pensei por um momento que aquele garoto o havia deixado em coma.

Deixado?

Garoto?

Então, levanto o olhar procurando o garoto que me deixou incapacitado.

Mas ele não está.

Ele foi embora?

Talvez ele esteja no banheiro?

Vitale: O garoto foi embora esta manhã.

Disse ele, respondendo aos questionamentos da minha cabeça.

Alessandro: O quê? O que você disse?

Vitale: O garoto que chegou com o senhor há três dias, já foi embora esta manhã.

Ele repete.

Ele foi embora?

Ele foi embora e me deixou na mão?

Está falando sério?

Ele me usa como um boneco de pano ao seu bel prazer, 3 dias, 3 malditos dias de puro sexo, até fiquei sem pinto para poder satisfazê-lo e ele, muito mal...educado, me deixa como um idiota dormindo.

Aaaah

Mas que merda!

Ele me deixou como um idiota.

Alessandro: Que horas são, Vitale?

Vitale: Seis da tarde, senhor. Vi o jovem fugir por volta das sete da manhã, ele parecia assustado, mal conseguia andar. Pensei que o senhor o tivesse expulsado, e como o senhor praticamente o usou por 3 dias seguidos, quase sem descanso, achei melhor deixá-lo descansar.

Sete da manhã.

A última vez que vi meu relógio antes de cair completamente adormecido, eram três da manhã.

Droga!

Ele me deixou incapacitado, como se eu fosse um limão de taqueria, todo seco.

Não consigo me mexer, meu quarto cheira a sexo concentrado.

Merda, ainda estou cansado.

Eu me viro procurando o travesseiro onde ele estava descansando horas atrás.

Seu cheiro ainda está impregnado por todo o lugar, relaxando-me para voltar a dormir.

A luz que entra pela janela me faz acordar, meu corpo não dói mais, mas ainda estou exausto, as janelas estão abertas, fazendo com que o ar fresco da Itália nesta época do ano entre ventilando meu quarto, que até pouco tempo atrás eu dividia com um garoto petulante que me deixou na mão depois de me usar.

Talvez Vitale as tenha deixado abertas, procuro o cheiro daquele garoto que ainda está impregnado nos travesseiros, eles estão cheios de sêmen e suados, o quarto parece bastante bagunçado, decido me levantar e tomar um banho para clarear minha mente e pensar no que vou fazer.

Ao sair do banho, escovo os dentes, mas ao olhar no espelho, ele mostra um homem totalmente diferente, estou com barba de 4 dias, minha pele está cheia de chupões e mordidas, tenho marcas de unhas nas minhas costas, peito e abdômen, meu rosto parece bastante pálido, sem cor, evidenciando o excesso de trabalho que tenho feito nestes dias, meus lábios partidos denunciam que estou bastante desidratado e minhas olheiras enormes, fruto de muita atividade física e pouco descanso, meu pênis está irritado.

Quando eu vejo o fantasma.

Que está parado no espelho.

Minha fúria aparece.

Como ele ousa me deixar na mão depois de me usar como se eu fosse um garoto de programa?

Droga!

Sou eu quem deixa os outros na mão, como esse garoto com cara de anjo veio me deixar assim?

3 dias.

3 malditos dias em que me dediquei a satisfazê-lo.

Os melhores 3 malditos dias da minha vida.

Seu moleque maldito, vou te procurar e te fazer se responsabilizar.

Você não vai me deixar como um idiota.

Eu não sou idiota de ninguém.