A Patricinha E O Chefe Do Morro
Carolina:
estou exatas 2 horas esperando minha prima Beatriz veio me buscar na rodoviária do Rio de janeiro trago em minha bagagem não só as minhas roupas e meus pertences mas também a esperança de esquecer, esquecer toda a dor e sofrimento que passei
não vim para o Rio de janeiro apenas para turismo mas vim também para cursar a faculdade de direito, recomeçar deixei em Curitiba minha família, meus amigos deixei algo mais precioso que ninguém mais vai me devolver
estava com os meus pensamentos longe vendo as pessoas entrarem e saírem dos ônibus quando finalmente minha prima me grita
–Carol, Me desculpa o trânsito está horrível
nos abraçamos já fazia mais de dois anos que eu não via minha prima e ela sempre ia em Curitiba e eu é a primeira vez que põe os pés no Rio
chegamos em casa minha tia Letícia já me cumprimenta me abraçando e disse para mim ficar no quarto que era do Mateus meu primo infelizmente foi morto pelo seu envolvimento por dívidas com o tráfico de drogas
sou Carolina Matos tenho 23 anos nascida e crescida em Curitiba no Paraná, sou baixinha tenho 1,58 m era uma jovem Alegre cheia de sonhos, sonhava em cursar direito há muito tempo atrás quando terminei o ensino médio mas as circunstâncias me fizeram desistir e tudo que eu fiz foi fugir daquela cidade, então estudei muito e finalmente consegui passar em um vestibular muito longe de lá e agora estou aqui para morar com minha tia que veio morar no Rio de janeiro há mais de 15 anos
hoje eu quero me esquecer do meu passado apesar que tem coisas que jamais esquecerei, coisas que ninguém me trará de volta mas eu espero recomeçar
entrei no quarto as coisas do Mateus já não estavam mais aqui o quarto só havia uma cama e um guarda-roupa minha tia permitiu que eu ficasse aqui o tempo que eu quisesse pois só eram ela o meu tio que trabalhava em um banco como gerente, minha prima Beatriz que tem a mesma idade que eu e o Mateus que era dois anos mais velho mas há cinco anos atrás ele começou a usar drogas e três anos depois morreu em decorrência a uma alta dívida que tinha com tráfico
eu tinha muito medo não queria de jeito nenhum subir no morro, meus pais me encheram de instruções para nunca pisar em um morro e nem chegar perto de pessoas mal encaradas e eles viviam me dizendo que no morro a 90% das pessoas eram os traficantes e que lá você só iria ver drogas e violência então eu preferia ficar na cidade mesmo não ia subir nas comunidades
da vida aqui na casa deles está sendo muito boa ainda faltam 3 meses para começar as aulas e eu estou me adaptando a nova cidade, aqui é muito mais quente do que em Curitiba parece que estamos em um forno, Já que em Curitiba viviamos todas as estações do ano em um dia você acordava com frio vinha chuva no mesmo momento eu fazia calor e voltava ao frio
conheci apenas as meninas daqui mesmo no condomínio meus tios viviam em alto padrão já o meu pai era motorista de ônibus e de aplicativo nas horas vagas minha mãe também era motorista de aplicativo e eu em Curitiba fazia bolos por encomenda para ajudar com as despesas já que pretendia fazer faculdade e não queria pegar o emprego fixo
Já faz um mês que estou aqui fui em alguns pontos turísticos como Cristo Redentor ,o pão de açúcar e a praia de Copacabana A Bia está me convidando para ir na Lapa Mas eu não estou animada para ver que disseram que lá é um ponto turístico que vai muitos casais eu não estou pronta para me envolver sentimentalmente com ninguém
–Carol, Carol Andreia do 202 tem um contato lá no alemão e hoje tem baile funk ela nos convidou para ir O que você acha Eu sei que nós somos feras no funk e vamos arrasar lá deixar aquelas piriguetes do Morro de queixo caído
–eu não se eu pisar lá eu vou sair sem vida
–morro não é isso que você pensa lá tem gente honesta e trabalhadora, não vou negar tem a criminalidade e o tráfico mas se você não mexer com eles ,eles não mexem com você e também a única coisa que tem lá é o tráfico pois disseram que o dono não permite criminalidade lá dentro é seguro eu garanto até a polícia sabe que quando tem baile funk não dá para fazer operações porque geral bate lá
–você não vai desistir né Bia
–Claro que não já faz tempo que eu tô tentando colar os cacos do meu coração e refazer minha vida amorosa eu preciso de beijar alguém
Eu me chamo Beatriz Mota tenho 23 anos também sou paranaense como a minha prima Carol, Mas diferente dela eu já estou aqui no Rio faz 15 anos então já sou acostumada com tudo aqui enquanto ela pensa que o rio é só violência bomba e tiro
claro que está sendo difícil tirar ela de casa depois de tudo que ela passou ela ainda tem medo mas eu quero animá-la eu também sofri sofri por amor fui enganada, traída pisaram no meu coração mas eu quero dar a volta por cima
eu sempre ia para Curitiba nas férias e ficava na casa dos meus tios e a vizinha deles era uma professora de dança que saiu aqui do Rio para ir morar em Curitiba e como ela era praticamente da nossa idade e éramos amigas aprendemos a dançar com ela e ela era craque em funk então sabemos muito bem o que faremos não faremos vergonha para nenhuma carioca e nenhuma gostosona do funk do Morro Estou louca para dançar já faz tempo que não saio de casa desde que tudo aconteceu comigo apenas vamos na praia e nos pontos turísticos mas eu quero me distrair e distrair a Carol também
Eu já fui algumas vezes em alguns morros mas no alemão Eu nunca fui quero conhecer
então depois de muito insistir ela acaba aceitando e fomos nos arrumar para ir com a Andreia para o baile
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Atualizado até capítulo 47
Comments
Sandra Maria de Oliveira Costa
começar a ler 05 06🥰🥰
2024-06-06
3
Jaciara Barbosa
vamos lá começar mas uma obra maravilhosa
2024-05-25
0
Daniella Fernanda
mergulhando em mais uma bela história
2024-05-23
0