SleepVill 2364, quatro anos antes
— Rápido Porra! Corre! — Eduardo grita.
— Calma! Minhas pernas são curtas! — Jenny a cacheados de cabelos vermelhos responde.
— Anda Jenny! Você que quis vir. Agora corre. Se eles nos pegarem a gente se fode você entendeu?
— Eu sei mísera!
Desesperados eles corriam, fugindo dos policiais, após tentarem ver a vida além das muralhas de SleepVill; ambos se lembravam vagamente da vida lá fora, antes de serem arrastados e obrigados a viverem em exílio, por não terem pais, nem condições alguma de se manterem em sociedade, mas por obra do destino, Eduardo se tornara experiente, já fizera isso muitas vezes, e sabia como se esconder desses policiais idiotas. Guiando Jenny, eles se escondem nas ruínas de um prédio abandonado, que alguns acreditavam ser assombrado.
— Caraí Edu, tinha que ser aqui né! Tem fantasma.
— Larga de ser idiota. Isso é conversa. Eles nunca vão nos achar aqui, graças a essas historinhas para boi dormi. Vamos esperar um pouco, depois vamos embora.
— Ta! Mas se eu ver um capeta, eu saio correndo e te deixo aqui.
— Muito obrigada — Eles riem
Foram cerca de dez minutos vagando pelo prédio abandonado, com Jenny morrendo de medo, mas se foram logo seguida. Moravam na mesma ala, o bloco C, onde ficavam os jovens recém adicionados, para facilitar as pesquisas. SleepVill era dividida em cinco alas, de A a E, tendo a ala A para os adultos homens solteiros, a B para as mulheres solteiras, a C para os adolescentes e crianças em situação de rua, e a D e E para as outras famílias com no máximo quatro membros, até mesmo aqueles que não queriam, eram jogados ali. Todos eram estudados.
O novo rei, Jorge Van Hyden, se especializou em "tratar" a pobreza que ele julgava como doença. E após ter AsleepCity emancipada da antiga Isezia, Nightmare, como era conhecida antes, se tornara uma cidade independente, e fora construída SleepVill, isolada da cidade central; em seguida ele jogou lá, todos os que ele julgava como errados, para serem tratados, com o forte argumento de que não permitiria nenhum tipo de aberração em sua nova cidade.
— Boa noite Jenny! — Eles se despedem.
A noite caiu e Eduardo se viu sozinho, em sua casinha simplória, dada pelo governo, só havia um quarto minúsculo, um banheiro e um lugarzinho onde ele podia cozinhar.
Morando na rua desde seus dez anos de idade, Edu fora jogado em SleepVill a sete anos, ele acabara de completar dezessete, e se lembrou que nunca mais sairia dali, nunca mais veria o mundo lá fora. Os trancados em SleepVill jamais deixavam a cidade, era de lá para o caixão, muitos sucumbiam por causa das torturas e das pesquisas feitas com eles. Eduardo mesmo, perdera um dedo por causa disso, o jovem amante de jazz nunca mais pudera tocar seu saxofone tão bem quanto antes.
— Da próxima vez eu vou sem a Jenny! Aquela anão de jardim só atrapalha.
Já passava das nove da noite, Eduardo não conseguia dormir, a ideia de ver o mundo além das muralhas, rondava em seus pensamentos, como um redemoinho que sugava qualquer outra vontade. Então ele se levantou em um impulso, e saiu em direção às muralhas; iria sem a Jenny dessa vez. Os arredores da muralha eram completamente vigiados, e só havia uma pequena passagem, que levava ao mundo exterior, onde ficava a saída de lixo. E Eduardo se especializou em despistar os guardas, estudara aquela região desde que entrou ali, sabia de cada centímetro e cada horário de todos os guardas, e por volta das nove e trinta e cinco da noite, haveria uma troca de turnos, só teria dois minutos no máximo para chegar até a saída de lixo, e passar rápido.
E assim foi feito, correu vertiginosamente até a saída e em um pulo, passou e caiu na caçamba de lixo do outro lado.
— Que merda! — Ele resmunga — Pelo menos consegui sair.
Quando Edu se levantou, observou AsleepCity pela primeira vez, e fora como ver o paraíso. A deferência na qualidade de vida era escandalosa, a cidade Central era tão brilhante, que parecia que estava de dia, as ruas tão limpas que davam para se deitar nelas, prédios gigantescos, letreiros neon, e lojas que ele não fazia ideia do que poderiam ser. Pessoas andavam por todos os lados, apressadas, esbarravam umas nas outras, mas sem parar; tudo era muito diferente. Não viviam em pequenas casinhas como em SleepVill, as ruas não tinham entulhos e seus prédios não eram destruídos ou largados pela metade, e acima de tudo, eram donos de suas próprias vidas.
Edu andou sem rumo, sem saber aonde ir, ele apenas seguiu a multidão. O garoto míope de cabelos pretos, com sua jaqueta de couro favorita, vagou sem parar durante cinco minutos, até parar na Rua dezesseis, onde havia um fluxo maior de pessoas, música alta tocava, e gente ia e vinha, dançavam, se abraçavam, tudo ali no meio da rua, pareciam muito felizes, e Eduardo às invejou profundamente, pois não havia esse tipo de coisa do outro lado, ele não lembrara quando fora a última vez que ouvira uma música, nem vira gente dançando assim.
— Incrível! — Diz deslumbrado
— Se você gosta desse tipo de música — Uma voz estranha surge ao lado dele.
— E que tipo de música é essa? —Pergunta curioso.
— Você não é daqui, não é? — Ele sorri — É funk.
— Ta tão na cara assim? — Sorri de volta.
— Não exatamente! Mas se andar por ai perguntando o que é funk, vão te achar um alienígena — O estranho para e sorri terno — Então, de onde você é? Nunca te vi por aqui.
Mas Eduardo não respondeu.
— Você está certo! Eu sou um estranho, não me diga onde mora. Meu nome é Pedro, Pedro Albuquerque.
— Eduardo.
O moreno não respondera mais nada além disso, não pelo fato de ter acabado de conhecer Pedro, mas porquê não poderia, se descobrissem que ele era um Sleeper, ele estaria FERRADO.
— Espera! Para onde você vai? —Pedro grita tentando alcançar o mesmo.
— Pare de me seguir!
— Então me diz para onde vai.
— Não é da sua conta.
— Qual é!
Pedro continuou seguindo Edu, mesmo que o garoto não tivesse a mínima ideia de onde ir. O acastanhado pareceu estranho aos olhos de Eduardo, feliz demais, usando uma blusa marrom com um desenho que ele mesmo havia feito, uma calça alfaiataria mostarda, uma jaqueta jeans azul e um óculos amarelo, péssimas combinações aos olhares monocromáticos de Edu, mas que ficavam estranhamente boas nele.
— Você não sabe para onde ir, né?
— Por que você ainda está aqui?
— Eu não quero que você se perca, porquê está na cara que não conhece nada aqui.
— Eu não preciso de um guia turístico, ta? Volta para o seu tunk.
— Funk! — Ele corrige.
— Tanto faz.
— O que pretende fazer? Vagar sem rumo e depois ir cara casa? Você é tão solitário assim?
Mais uma vez Eduardo saí sem responder, deixando Pedro a falar sozinho.
— Ok! Eu fui estúpido, me desculpa! Só me deixa te ajudar.
— Se eu deixar, você vai parar de me incomodar?
Pedro concorda com um sorriso e ambos saem. O externo leva Edu para conhecer a cidade, embora seja tarde da noite, não se sentem sonolentos, então ambos seguem em direção a Praça StarLight, que ficava frente ao prédio de luxo em que Pedro morava, onde antigamente, ficava a cede dos guardiões, conhecida até hoje com o manto verde. Lá, eles sentaram, e conversaram por um longo tempo.
— Você não vai mesmo me dizer onde mora? — Pedro pergunta.
— Você não precisa saber!
— Como eu poderei te levar para casa, se eu não sei onde mora?
— Eu tenho perna, posso ir sozinho.
— Não seja tão chato!
A conversa até que fora divertida. Ambos fizeram perguntas e se conheceram melhorar, é claro que algumas mentirinhas foram contadas, mas Eduardo se sentia em paz, AsleepCity era barulhenta e tumultuada, mas ainda sim, era um lugar ótimo para se estar. E observando os arredores iluminados e cheio de curiosidade, Edu vira a cabeça para olhar o que está a sua traseira, mas se depara com o Doutor Nero Carvalho, responsável por arrancar o seu polegar.
— Puta que pariu! — Ele grita e se vira rapidamente.
Abruptamente, ele saí correndo, sem dar uma única explicação, Pedro se assusta e vai atrás dele, ambos se escondem em uma viela, que ficava ao lado de um dos prédios. Enquanto Edu tentava se esconder, Pedro não parava de falar, o doutor Carvalho e seus guarda costas passavam bem na hora.
— Xiu! Fecha a boca.
O moreno o encosta na parede, e tapa sua boca, fazendo um gesto para o garoto se manter em silêncio; por sorte o Doutor não ouvira nada, e seguiu seu caminho. E la eles ficaram, a se olhar, apesar de não estarem mais em perigo, se mantiveram assim por longos segundos.
— Você está fugindo de alguém? Por isso não quer me contar onde mora? — Pedro pergunta assim que Edu se afasta.
— Olha, Pedro né? Se não quiser se ferrar também, é melhor ir para casa, e esquecer que me viu aqui.
— Você é um criminoso? Um assassino? Um estuprador? — Diz assustado.
— Idiota! — Edu balança a cabeça em negação — Vá para casa.
Antes de sair dali, Edu se certifica de que não há mais nenhuma surpresa por perto, e logo vai embora, deixando Pedro ainda surpreso no mesmo lugar.
— Espera! Eu disse que ia te ajudar e vou. Afinal você não tem para onde ir.
— Qual é o seu problema? E se eu for mesmo um assassino, um estuprador, como você disse?
— E você é?
— Não — Ele responde baixo.
— Então cale à boca. Vamos. Pode ficar na minha casa hoje. É logo ali.
Edu titubeou, mas acabou aceitando, e ambos foram para o apartamento de Pedro, que ficava no décimo segundo andar. O apartamento dado por seus pais era gigante para Edu, cabiam pelo menos quatro casinhas de SleepVill ali dentro.
— Uau! — Ele se impressiona — É enorme.
— Você acha? Eu queria um maior, mas meus pais disseram que esse ta de bom tamanho para eu morar sozinho.
— Eu acho que você devia agradecer a seus pais por isso. Minha casa inteira caberia no seu banheiro.
Um silêncio constrangedor pairou
— Ih! Climão! Me desculpa, eu não quis parecer mesquinho.
— Tanto faz! Eu não tenho nada com a sua vida — Fala se dirigindo ao sofá
— Aff! — Ele sorri.
— Então vai contar porquê está fugindo? — Diz sentando ao lado de Edu.
Após muito, muito pensar, Eduardo decide que seria melhor não envolver o garoto em seus problemas, então decide não contar nada a ele. E para o passar das horas, ambos decidem assistir TV por um tempo, mas logo vão dormi; o quarto que Pedro dera a Edu ficava bem ao lado do seu.
— Não se preocupe, eu não vou te matar durante a noite! — Edu brinca.
— Engraçadinho. Eu não estava com medo.
— Ahamm! Claro que não
Pela primeira vez em sete anos, Edu passava uma noite confortável, sem medo de acordar e ser submetido a testes e mais teste. Espera?
— Merda! E se amanhã for meu dia?
Já passavam das três, e Edu mais uma vez se viu em um dilema, passava a noite ali? Ou voltaria agora mesmo para SleepVill? Se fosse assim, teria que voltar correndo, pois à próxima troca de turno estava próxima.
— Que se dane! é melhor eu voltar.
Decidindo voltar, ele para e escreve em bilhete a Pedro, agradecendo pela ajuda, e pedindo para que o garoto esqueça sobre hoje. Rapidamente ele saí correndo em direção a muralha, que não era nenhum pouco difícil de de ver, e graças a suas habilidades, entrar não fora complicado.
Minutos depois já estava em sua casinha, desmaiando com a roupa que estava logo em seguida.
A manhã chegou cinzenta, o frio tomava conta do apartamento de Pedro, graças a janela que ele esquecera aberta em seu quarto. O garoto se levanta com dificuldade para fechá-la; então decide checar se Edu estava bem, entretanto, só vê a cama vazia e um bilhete grudado na cabeceira da cama.
Tive que voltar para não te colocar em perigo também. Esqueça que me conheceu e obrigada por me ajudar.
— Ele meteu o pé no meio da noite, da pra acreditar — Ele sorri.
Já em SleepVill, Edu foi acordado com o alarme da inspeção semanal. Eram cinco horas da amanhã, quando foram arrastados para fora da cama e colocados em fila única no pátio central.
A inspeção era feita ala por ala separadamente, seus números de identificação eram chamados e um por um, verificados. A identificação continha a letra correspondente a ala que ficaria, e seu número de entrada, tatuados na lateral do pescoço. Quando chegara a vez de Eduardo e o número C355 fora chamado, ele se apresentou ao inspetor, junto do doutor Carvalho e se lembrou da noite passada.
— C355, braços e pernas abertos por favor! — Diz o inspetor Augusto Reis
Após ser cuidadosamente revistado, ele fora submetido a exames rápidos, como medir a pressão, checar as vistas e ouvir os batimentos cardíacos. E essa era única parte simples do tratamento.
— Leve o 355 para o laboratório. Hoje é o dia do seu tratamento.
Os tratamentos eram agendados sem quaisquer aviso prévio, eram decididos sem que eles tivessem a mínima oportunidade de questionar. O laboratório ficava a leste da ala C, próximo a ala E.
Lá, Edu fora preso ao leito, com eletrodos cardíacos para monitoração. A terapia consistia em uma série de experimentos de remédios em fase de testes; testados sem consentimento, nos pacientes de SleepVill, além de uma série de perguntas e questionamentos sobre suas sexualidades, tudo afim de buscar o receptáculo perfeito.
— 355...
— Eduardo — Ele o interrompe.
— O que?
— Meu nome é Eduardo.
— Irrelevante! Não precisamos saber seu nome, precisamos que colabore hoje, está bem? Não quer repetir o que aconteceu na terapia anterior. Quer?
— Não senhor!
— Exatamente. Você já conhece o procedimento então vamos pular esta etapa. Apenas tente colaborar, sim? Você teve algum tipo de desejo, ou pensamento sexual, com alguém do mesmo sexo recentemente?
Edu demora para responder, pensando no que deveria dizer, deveria mentir para agradá-lo? ou seria sincero consigo mesmo?
— Tive sim, ontem mesmo! — Ele debocha.
Eduardo optou pela sinceridade, não apenas por ter achado ser o certo, mas também para provocá-lo, jamais colaboraria com aquela maluquice.
— Edu, não está ajudando — Disse já pegando a seringa.
Para puni-ló, o doutor Carvalho, injetou em suas veias um remédio experimental, para tratamento de doenças cardiovasculares. Fazendo Edu se contorcer e logo amolecer com o efeito.
— Pode classificar de um a dez a frequência que tem tais pensamentos?
— Vai a merda! — Diz com dificuldade.
— Você não aprende mesmo, não é? Será preciso arrancar sua mão inteira para você colaborar? — Pergunta retoricamente.
A rebeldia de Eduardo sempre lhe rendia torturas a mais, e por mais que apanhasse ou arrancassem seus dedos, Edu jamais negaria quem era. Era gay assumido sim, e com muito orgulho.
— Levem ele.
Mas o garoto pagaria por sua rebeldia, o Doutor Carvalho conhecia todas as suas fraquezas, seus medos, e estava na hora de usá-los contra ele, para que se tornasse um pouco mais receptivo ao tratamento.
— Você é um garoto forte Edu! — Ele enfatiza — Meu paciente mais problemático. Então estou disposto a lhe dar um tratamento especial por isso. Eu sei que gosta de histórias medievais, então, o que acha de usarmos um método antigo como punição?
Edu fora arrastado a força até a praça central e amarrado a um dos postes de luz do local. O sinal de inspeção fora tocado, para que todos comparecessem ao local, e a cena que viram não era nada agradável, Edu sem camisa amarrado ao poste.
— Não, Edu! — Jenny grita.
Desde a criação de SleepVill, nada assim fora visto antes. Nunca ninguém havia desafiado tanto o governo, como Edu desafiava. E agora ele serviria de exemplos aos outro.
— Isso é para vocês aprenderem, que se não colaborarem com o tratamento, pagaram, como ele.
Todos estavam chocados, olhos arregalados e comentários viam de todas as partes, e antes que qualquer um pudesse pensar em alguma coisa, a primeira chicotada fora dada, fazendo Edu gritar com a dor. Mesmo que quisessem interferir, haviam soldados com armas, prontos para atirar, não havia nada a se fazer, além de fechar os olhos e rezar para que acabasse logo.
O clima em SleepVill pesou, somente os choros, os gritos de Edu e o barulho das chicotadas eram ouvidas. Sangue escorria por suas costas, e quando ele já estava quase perdendo os sentidos, a chuva começara cair, após a décima sétima chicotada, salvando Edu de sofrer por mais tempo.
A chuva que caía, lavava o sangue de suas costas, e rapidamente todos entraram, deixando ele ali, amarrado, sozinho e sangrando. Algumas pessoas até tentaram o ajudar, mas foram barradas pelos soldados, Eduardo ficaria preso, sangrando e na chuva, até segunda ordem.
Depois de trinta minutos, ele fora retirado e arrastado de volta ao laboratório, Jenny gritava e se perguntava o que fariam com ele, mas fora terrivelmente ignorada; o garoto deixado desacordado sobre o mesmo leito, recebeu os devidos cuidados, e após limparem e infaixarem todo seu tronco, o carregaram de volta a sua casa, onde Jenny ficou até que ele acordasse.
— Seu idiota! — Ela grita — Quantas vezes eu vou ter que te falar, para parar de fazer besteiras — Jenny chora ao ver Edu acordando — E se eles te matassem? — Ela o batia incessantemente.
— Aí! E mais fácil você me matar! — Ele brinca.
— Desculpa, desculpa, desculpa!
Os dias foram passando, e por toda SleepVill comentavam sobres os feitos de Eduardo, o garoto que desafiava o governo. Opiniões divergentes surgiam, enquanto alguns o achavam um idiota, outro o viam como um herói, um modelo que os inspiravam a lutar por seus direitos, e graças a condenação em Praça pública de Edu, fora a gota d'água para alguns. E durante toda a semana, aquele assunto foi discutido.
E mesmo uma semana depois, ainda falavam do ocorrido, Edu se recuperava bem, sua costa não doía tanto quanto antes, mais ainda estava muito machucada. Mas o garoto não pensava em parar por ali, queria voltar a AsleepCity, e quem sabe, com um pouco de sorte, rever Pedro.
Dessa vez ele não esperou a noite, assim que a tarde caiu, e o horário do almoço chegou, mais da metade dos guardas saíram, então Edu aproveitou para passar pela passagem de lixo, com muita dificuldade dessa vez.
Os movimentos abruptos, fizeram seus machucados voltarem a sagrar, mas ele não parou, já que estava do lado de fora, caminhou mesmo com dor, refez o mesmo caminho de antes, e por sorte, se lembrava do prédio onde Pedro morava, e lá, encostado na Praça, rodeado de amigos, estava ele.
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Atualizado até capítulo 52
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