sentir na pele

**Melissa**

ele ficou me olhando e eu sair do banheiro, oque ele acha? que eu sou um objeto ou uma adolescente mimada? certo que eu só tenho 19 anos, mas eu não sou boba, já vivi muitas coisas na vida, não vou permitir ser magoada por ele!

fui para meu quarto e entrei no meu banheiro, fiquei me olhando no espelho e a raiva fez eu da um murro nele que acabou quebrando e machucando a minha mão, eu comecei a chorar mais não sabia se era de ódio ou de dor

Melissa: como eu sou idiota, quando vou aprender?

falei para mim mesma e sentei no vaso sanitário, fiquei um tempinho ali pensando e tomei uma decisão "a partir de hoje ele vai conhecer uma mulher forte, acho que pra eu lidar com ele eu preciso ser empoderada, afinal a esposa dele era assim, não é mesmo? talvez ele só se de com esse tipo de pessoa, mas não estou mudando por ele, estou mudando por mim, chorar não adianta, eu aprendi isso quando o marido da minha tia tentava me assediar e eu chorava e gritava pela minha tia, mas ela sempre se fazia de surda enquanto aquele cara me tocava com aquelas mãos nojentas. . . eu poderia amar o Lucas, mas tenho que aprender a me amar primeiro, afinal quem é ele?"

sair do banheiro e fui até o quarto da Maria, acordei ela que levou um susto de leve

Maria: oque foi minha filha? por que está chorando?

Melissa: eu queria comprar um celular por site, a senhora poderia me emprestar o seu

Maria: claro

entrei em alguns site e comprei oque eu podia pagar, era simples mais era meu, entreguei o celular dela

Melissa: não quero que o Lucas fique sabendo, tudo bem?

Maria: aconteceu algo?

Melissa: não, só não quero que ele se intrometa na minha vida

Maria: oh minha filha o Lucas te magoou não foi? ele faz sempre isso com as pessoas que tenta se aproximar, ele é sofrido, cuidou dos filhos sozinho, perder a Lorena foi a pior coisa da vida dele, as vezes eu nem o reconheço, ele virou outra pessoa, mas eu tenho certeza que ele está apaixonado por você, só não sabe lidar com esse sentimento

Melissa: eu não sou psiquiatra, ele precisa é se tratar. . . Olha Maria, eu não sou obrigada a aturar o seu bipolarismo por que gosto dele ou sei lá oque sinto, mas de uma coisa eu tenho certeza, não vou correr atrás nem me doar mais para algo que não irá acontecer, não vai e ele deixou claro pra mim que não. . . tenha uma boa noite Maria

sair dali e fui para meu quarto receosa de encontrá-lo novamente. . . tomei um banho e fui para o closet, vesti uma roupa confortável e fui dormir

*🌇 no outro dia

acordei e vi uma caixa em cima da minha mesinha, peguei e vi um um bilhete, que dizia: Bom dia querida, seu celular chegou de manhã cedinho, entreguei o dinheiro para o rapaz, paguei a quantia que você deixou comigo, o Lucas saiu bem cedo para trabalhar, nem viu o rapaz chegar

abrir a caixa e tinha um lindo celular dentro dele, eu atualizei ele, e coloquei o número de celular, abaixei as redes sociais e salvei o número da Clara, ela tinha me dado antes de eu vim para cá, mandei uma mensagem e pela minha surpresa ela respondeu de cara

__Mulher, que me matar do coração? tava já abrindo um boletim na polícia, sério mesmo, te odeio cara, você tá querendo me vê infartar de preocupação!!__

__Desculpa, podemos conversar?__

__Claro, vou te ligar__

o celular começou a tocar e eu nem sabia como atender, não sei como mais mechendo eu consegui atender a chamada

*📳 ligação on

Melissa: e foi isso

falei já chorando depois de contar tudo a ela, todos os detalhes

Clara: que filha da pütä, eu vou matar esse cara, aí que ódio, Melissa, sair daí agora, vamos arranjar outro emprego pra você, não vai pagar tão bem quanto ele, mas vai ser muito bom

Melissa: estou já procurando um, vai ficar tudo bem Clara, podemos nos vê no domingo na minha folga?

Clara: claro

Melissa: ótimo então, preciso ir acordar às crianças

Clara: não se esqueça de não dá mais bola para ele, faça ele sentir na pele Melissa

Melissa: já tenho tudo em mente, você poderia desligar?

Clara: esse Butão vermelho na tela

*📴 ligação off

apertei e desligou. . . levantei e fiz minha higiene pessoal, fui acordar às crianças que dormiam como anjinhos, deu até pena de acorda-los

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