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TALES POV

Estacionei o carro na garagem em frente à minha casa e saí para tirar o Samuel da cadeirinha de segurança, coloquei-o no chão e pedi para que não saísse do meu lado enquanto eu fechava a porta, tomei um susto ao olhar para baixo e não encontrar o meu pequenino e isso se intensificou quando o vi correndo na direção de um cachorro enorme.

— Não! Samuel volte aqui, pequeno!

Chamei por ele fazendo a dona do cachorro olhar para mim, e deduzi que ela seria a minha mais nova vizinha.

Eu não sabia se corria atrás do meu filho ou olhava a vizinha, ela era linda com aqueles olhos verdes e o cabelo longo e castanho preso num rabo de cavalo.

Decidi ir até ela que olhava de forma assustada para meu filho, e percebi que ela tinha apertado à coleira.

— Samuel, eu já disse que você não pode sair correndo dessa forma.

Falei dando uma bronca no meu filho.

— Me perdoe, sou o Tales e esse é meu filho, Samuel.

Falei olhando para a morena a minha frente que não me deu resposta.

— Não podemos vacilar com crianças, elas nos cegam!

Falei na esperança que ela dissesse algo ou pelo menos sorrisse.

— Novamente gostaria de pedir desculpas.

Pude ouvi-la sussurrar um “Tudo bem” e notei que ela não parava de olhar para Samuel que sorria e acenava para a mesma, a minha vizinha pediu licença e entrou na sua nova casa junto com o cachorro.

Assim que ela entrou, virei dando outra bronca no Samuel e nem pude continuar com a minha pose de sério quando ele me chamou de papai coruja, abracei e segui em direção à minha casa.

Dei o banho nela, logo após colocar ele deitado na cama para assistir desenho, arrumei-me e desci para comermos, ouvi as mensagens da caixa postal e tinha um recado da minha mãe pedindo para meu filho dormir com ela, já que amanhã não teria que leva-lo para creche, liguei para meus amigos combinando de ir a alguma balada.

Depois de tudo certo, liguei para minha mãe aceitando a proposta dela e marcando o horário de levar o Samuel.

Arrumei a mochila dele com o que era necessário e esperei dar 19:00hrs para leva-lo.

— Filho se comporte, amanhã papai vem te buscar.

Falei pegando ele no ar e entregando ele para minha mãe.

— Amo vocês.

— Tales, venha para o almoço amanhã.

Falou a minha mãe.

— E nada de beber loucamente e sair pegando qualquer uma nessas festas, Tales!

— Sim, Dona Diana.

Falei sério, batendo continência, o que me levou a receber uma tapa.

— Estou falando sério rapazinho, se eu souber dessas suas aventuras vamos ter aquela conversinha muito séria!

Falou pondo um dedo a minha frente.

— Nada de chegar com ressaca aqui e nada de dirigir após beber!

— Ok, mamãe.

Disse como um bom filho obediente.

— Tchau, amo vocês! Manda um beijo para o papai.

— Tchau!

Gritou quando eu já estava perto do carro, me fazendo sussurrar um "Te amo" para cada um deles.

Fui para casa esperando dar a hora de me encontrar com os caras, liguei para o Teodoro que também iria, assim que me atendeu, foi pedindo para não contar a nossa mãe que também iria, me fazendo dar risada e concordar.

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