Capítulo 4

Johan Boyer

Depois que eu conversei com o meu pai, eu entrei em contato com o Joseph, ele é um dos funcionários mais antigos e leais da companhia e posso deixar tudo nas mãos dele, de olhos fechados.

Meu pai disse que vai mandar alguém pra me levar aos lugares, não faço ideia de quem seja, mas eu tenho um amigo de infância com quem não falo há muito tempo que mora por lá e pode me ajudar nisso.

Mas não iria dizer isso pra ele, porque o conheço suficiente pra ele não concordar, já que a palavra dele é lei, mas fazer o quê.

Acho que eu exagerei um pouco quando disse que ele é meu amigo, a gente tinha contato por sermos vizinhos em Nova York e agora usamos poucas palavras pela rede social.

Mas pensando bem, é melhor eu procurar me virar mesmo, afinal, já faz um tempo que não falo com ele e de repente ligo pra pedir um favor... Acho que seria melhor procurar por ele quando estiver por lá.

Eu tinha dito pro meu pai que estaria por lá em uma semana, mas na verdade eu já comprei a passagem pra amanhã mesmo.

Quero ficar uns dias na cidade, antes de começar a trabalhar, pelo que eu pesquisei, tem uns lugares muito bons.

Durante essa pesquisa, encontrei um lugar bem interessante onde posso entrar sem ser identificado e que eu poderia fazer o que quisesse.

Tudo porque eu iria de máscara, achei interessante esse conceito, aqui onde eu moro o máximo que tem são os famosos "pubs" que se usam mais pra beber até perder o sentido e ir pra casa, acordar com uma ressaca maldita e dependendo do caso, nú ao lado de uma mulher... Ou homem, mas isso eu quero esquecer.

Antes que alguém ache algo, eu aceitei fazer um ménage com uma garota, eu pensei que ela levaria uma outra garota, só que ao invés disso, fiz o primeiro ménage com um cara, AFF... Como eu disse, melhor esquecer.

Mas enfim, achei interessante e assim que desembarquei decidi ir pra esse bar.

Sou bem ansioso, então não estava cansado e na verdade, ainda estava querendo relaxar muito pra me preparar.

Preparar psicologicamente pra ver a famosa Zoe.

Meu amigo fura olho veio junto pois está de férias e queria ir pra outro país.

Mas na verdade, ele queria mesmo era me atormentar.

Como ele não tem o mesmo ritmo que eu, quando chegamos ao hotel ele tomou banho e já capotou.

Esse agora só amanhã.

Eu acabei tomando banho e indo nesse bar.

Realmente, é muito bonito, e a máscara trouxe um certo ar de mistério.

Gosto de observar tudo a minha volta, as mulheres, são mesmo lindas.

Mas hoje só estou aqui para observar, mas amanhã eu virei com mais calma e aí quem sabe...

...Noite do Dia Seguinte...

Depois de contar ao Kevin, que se empolgou bem mais do que eu esperava, fomos até essa boate.

O lugar era bom mesmo, então fiquei observando.

Apareceu um grupo de umas cinco pessoas mais ou menos, bem alegres por sinal.

Uma delas me chamou atenção.

Tinha o cabelo longo castanho, e tinha um andar sedutor, começou a dançar com os amigos no meio da pista.

A garota tem ginga, interessante, mas não era só eu que estava olhando.

Não sei porque esses outros olhares me incomodou.

Bem, não custa nada chegar perto, se ela der um fora é só trocar de roupa e de máscara e fingir que nada aconteceu.

Comecei a dançar com ela, e me senti bem, mas depois de um tempo chamei ela pra conversar, afinal já vi muitas garotas que só eram bonitas por fora e podres por dentro e não queria que ela fosse uma dessas.

Percebi que ela era boa de conversa, e também que ela queria manter o papo no limite da formalidade, nada de perguntas pessoais.

Pra mim é até melhor, afinal, nem meu pai sabe que estou aqui.

Decidimos continuar dançando, mas acho que era inevitável que rolasse um beijo, mas não um beijo qualquer, esse foi com vontade e isso me surpreendeu.

Eu nem conheço ela, mas não queria desgrudar mais.

Ela beija muito bem, e tudo o que eu queria era que esse momento não acabasse.

Nós encostamos na parede e perdi a noção do tempo.

Não nego que a minha vontade era sair de lá e levá-la para um lugar bem isolado pra ficarmos mais à vontade, mas isso é impossível.

Ela não me conhece e fez questão de não me conhecer, e isso me apavorou.

Pois qual seria a chance de nos encontrarmos de novo?

Acabei deixando um chupão no pescoço dela na hora da empolgação e ela nem percebeu, mas quando paramos um pouco a sua boca estava até inchada.

Quase sem fôlego eu disse:

— Por favor, me diga que vou te encontrar de novo.

Eu sei que é meio humilhante, na verdade, é a primeira vez que eu faço questão disso, mas ela era boa demais.

— Tem certeza que é isso que você quer, me ver de novo? Pode se arrepender.

— Nada vindo de você, vai me fazer me arrepender.

— Fechado, amanhã nos encontramos aqui, nesse mesmo horário, o que acha?

— Será Perfeito.

Não tão perfeito se eu a levasse para outro lugar, mas ainda tem tempo.

— Então nos vemos amanhã, agora preciso ir.

E com um sorriso ela foi embora.

O Kevin apareceu logo em seguida e já foi jogando as suas...

— Cara! Vou trazer um babador pra você, porque tá feio a coisa, se bem que eu não posso negar... A visão é uma delícia.

— Dá pra parar de ser menos escroto, animal?

— Credo! Quanta possessividade, você mal a conhece e se ela for igual aquela moça do Pica-Pau, lembra? O corpo lindo aí tira o véu parece uma bruxa hahaha.

— Acho que você andou fumando banana pra falar tanta besteira.

— Tô brincando, mas vai te ajudar a encarar o tribufu da Zoe.

Esse nome me deu um frio na espinha.

Nisso ele tem razão, essa garota vai me ajudar a encarar o que tenho pela frente.

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