CAPÍTULO 14

— Me fala um pouco de você Ava, músicas, comidas,sonhos quero saber um pouco.

Demétrio fala e eu o olho por que ele quer saber sobre mim.

— Ah, eu não sou muito interessante..

— Como não... Ele me olha e tira seus óculos,cara ele é lindo, seu olhar é penetrante e eu estou ficando louca mesmo,para de olhar Ava,olha para frente, céus acho que babei...

— Sim, não tenho muito o que dizer, nasci em Tannor, você já sabe,minha família também, meus amigos tudo você já conhece.

— Eu sei, mais quero saber o que não conheço a Ava que você esconde aí...

Ele pisca para mim e mil, não milhões de borboleta voam em meu estômago.

— E...e.....eu, bom sempre quis conhecer o mundo, viajar com meu companheiro sabe, acho que o que vou falar é uma bobeira, você vai pensar que é coisa de menina boba,mas sempre me vi em uma casinha na floresta com duas crianças,assando torta de maçã no forno........

Olho para Ava falando e seus olhos brilham em uma intensidade tão absurda.

Um pensamento tão forte que imagino Ava olhando a janela e a sua frente vejo várias árvores grandes,ah como eu queria estar lá com ela, penso em duas crianças um menino e uma menina com os cabelos e olhos dela eu a abraçando e sentindo o cheirinho do seu perfume... Porra viajei agora,quase senti o cheiro do orvalho..

— Acho que é isso Demétrio, não sou assim que nem você que tem muitas histórias para contar.

— Eu não tenho tantas histórias boas para contar Ava, desde pequeno eu sabia que assumiria o cargo de meu pai,quando minha mãe morreu e o elo de companheiros afetou meu pai,assumi seu lugar e tento ser um Alfa justo, espero não ser tirano nem nada desse sentido.

— Você não é pode apostar, eu fico sabendo de histórias suas que são um verdadeiro livro, acho que foi em uma batalha nas divisas das terras sombrias se não me engano, uau fiquei com o coração batendo rápido quando soube é verdade mesmo que naquelas terras tem vampiros renegados,magia negra e tudo mais.

— Sim, lá é onde o mal reina e não é nada bom lutar contra renegados que queriam invadir nossas terras, fico imaginando aqueles sanguessugas abusando de nossas crianças assim como fazem em seus domínios, olha Ava lá não tem nada de bom,eu tento deixar eles fora o máximo que posso e só aceito aqueles que realmente querem ser melhores aqui nas nossas terras.

— Eu entendi, só quis falar sobre suas aventuras..

Ela abaixa a cabeça e me olha depois.

— Sinto muito pela Luna Meredith, minha mãe fala que ela era a personificação da deusa da Lua na terra,sua bondade e amor pelas criaturas era imensa.

Ela fala e a tristeza me invade, me lembrar da minha mãe é doloroso,mais doloroso ainda é me lembrar de como ela morreu..

FLASHBACK ON

Eu estava no lago que tem em nossa propriedade, Matias,Luca,Maison e Hanuel estavam lá,éramos tão amigos fazíamos tudo juntos uma verdadeira alcatéia eu sabia que seria Alfa um dia,mas não imaginava que esse dia está a próximo,me lembro daquele dia como agora...

— Não Hanuel, esse ano vamos ficar na comunidade triaxial quem sabe lá Demétrio consegue a sua companheira. Luca fala e eu reviro os olhos.

— Ah calem a boca quem aqui conseguiu a sua companheira,nenhum de nós, somos os lobos rejeitados pela Deusa.

Falo e caímos na gargalhada estávamos nos embriagando como sempre.

— Eu gosto da Calíope não me importo de ficar mais alguns anos comendo aquela vadia gostosa. Hanuel fala e eu reviro os olhos, ele sabe ser um imbecil quando precisa.

— Eu não,quero encontrar minha companheira e viver um grande amor. Matias fala ele era o nerd do grupo.

— Hahahahah, Matias o eterno enamorado, não me importo de variar um pouco,cada ano em cada bruma aparece belas virgens para nos satisfazer. Luca fala e eu acabo rindo.

— Não sei se quero esperar,mais vou ficar com a Georgina ela é uma boa amiga...

— E boa de cama... Hanuel fala e levanta seu copo,ele e Georgina passaram as brumas passadas juntos, não me importo com quantos caras ela teve só me importo se ela for leal a mim.

Quando estávamos conversando ouvimos o uivo mais doloroso e mais forte que já ouvimos.

— Pai....

Corro para casa,ainda não tinha o poder de me transformar na hora então vou senti do meu corpo todo se flexionar, minhas mãos aumentarem,meu corpo se alongar e minhas garras saírem, ainda correndo me transformo,nossas transformações são um pouco doloridas, assim que chegamos no castelo, vejo meu pai e minha mãe caídos ao chão,meu pai agonizava de dor e minha mãe está a morta,branca como algodão..

— Pai... Falo me transformando.

Ele apenas me olha e vejo uma lágrima em seus olhos depois ele apaga, Apartir daí passei a procurar esse espectros que entraram em nossas terras e mataram minha mãe,meu pai ele nunca nos contou o que aconteceu ele não ficou bem das suas faculdades mentais, sempre delirava ou gritava pelo palácio,hoje ele vive isolado nas masmorras do castelo sua forma bestial tomou conta dele e hoje ele nada mais é que um animal preso.

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