Capítulo 11

Noah já estava cortejando Gregório há mais de uma semana. No início, o ômega se sentia um pouco desconfortável na presença de Noah, mas com o passar dos dias foi se acostumando. A serpente trazia frutas, flores cheirosas e até peles de animais que caçava. Algumas vezes, Ian os deixava sozinhos enquanto cuidava da aldeia, confiante de que estariam em boas mãos.

Ele sabia que a serpente estava prestes a hibernar e desejava que, até então, já fossem companheiros. Os baratas iriam sair para caçar antes do inverno e, agora, ter um companheiro o assustava, pois não queria perdê-lo.

O casal sempre dormia juntos quando a noite chegava, mas Noah ia para uma caverna perto da aldeia. Ian e Gregorio estavam deitados. Foi um longo dia na aldeia, com reformas sendo feitas para que ficassem mais seguros. O ômega deu várias ideias para as cabanas, para que não precisassem sair em dias frios. Mostrou como fazer lareiras com chaminés, para que cada família pudesse se manter aquecida dentro de casa.

Ian: Você sabe que é a coisa mais bonita que aconteceu comigo e com a aldeia. Você está cheio de ideias ótimas e úteis. Quero recompensar meu marido.

Gregorio: Mmm, eu gosto da ideia de ser recompensado. E como o meu leãozinho sexy fará isso?

Ian: Darei a você o que você quiser, exceto deixar de te amar, isso eu não posso fazer.

Gregorio: Ah, você é tão fofo, dá vontade de te prender e que ninguém te veja, assim só terei você pra mim.

Ian: Eu sou só seu, isso nunca mudará.

Gregorio: Às vezes eu me sinto mal por gostar do Noah. No meu mundo, é muito mal visto que alguém esteja em um relacionamento com mais de uma pessoa. Já chegou a acontecer assassinato por causa disso. É pior quando é o ômega ou a mulher que trai, eles sempre são as vítimas, os que são mortos ou criticados quando algo assim acontece, enquanto os alfas ou homens são elogiados por terem mais de um amante.

Ian: Aqui ninguém vai te matar por causa disso. E eu vou continuar te amando, mesmo que você esteja com ele ou com mais pessoas quando estivermos juntos. Você terá mais pessoas cuidando e amando você.

Gregorio: Às vezes tenho medo de dormir e voltar para aquele lugar onde não tenho ninguém e perdê-los.

Ian: Vou implorar ao deus das feras para que isso não aconteça. Eu morreria de tristeza se isso acontecesse. Você quer se acasalar com a serpente nesta lua cheia?

Gregorio: Sim, acho que é hora. Vamos ampliar nossa cabana para que possamos viver e dormir juntos. Eu sei que a serpente hiberna, então faremos um local separado para ela, para não incomodá-la e que também seja confortável para ela. Amanhã falarei com o Noah para ele nos ajudar a ampliar a cabana, já tenho em mente o que faremos. É hora de meu marido mostrar carinho para o seu companheiro, você não acha?

Quando o ômega disse isso, o leão se lançou sobre ele, o beijou e acariciou. (Vocês sabem o que vem depois).

Na manhã seguinte, Gregorio estava fazendo alguns reparos. Ele queria fazer tijolos para as chaminés das lareiras. Tinha visto argila perto do lago e estava fazendo moldes. Eles não sairiam perfeitos, mas serviriam. Ele fez seis moldes e ensinou alguns aldeões como fazer, e eles estavam se saindo muito bem, o que o deixou muito feliz.

Gregorio: No futuro, faremos isso em grande escala e construiremos casas com eles.

Aldeões: Não sabíamos que o companheiro do chefe fosse tão habilidoso. Aliás, nossas esposas estão muito agradecidas pelo sabão que ele fez, dizem que gostam muito do cheiro. Nós também.

Gregorio: É mesmo? Sabem, rapazes, também fiz sabonetes para homens, com fragrâncias de menta e madeira, suas esposas vão adorar.

Os aldeões e Gregorio passaram o dia fazendo coisas e conversando, além de planejar coisas para a semana. O ômega queria fazer camas altas, pois não gostava de dormir no chão por causa dos insetos e do frio que se aproximava.

Gregorio: Rapazes, amanhã faremos camas altas.

Aldeões: Camas?

Gregorio: Sim, o que vocês chamam de ninho, eu chamo de cama. Vocês verão amanhã.

Aldeões: Estaremos esperando.

Já havia terminado o dia e havia muito trabalho adiantado. Isso deixava o ômega feliz. Sabia que na noite do dia seguinte se acasalaria com sua serpente sexy e já estava ansioso.

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