A lua estava no alto, a noite estava muito animada para toda a matilha. Algumas mulheres escolheram novos parceiros e uma voltou a perguntar a Gregorio se ele queria ser seu parceiro, ao que ele negou. A aldeia entende que ele vem de um lugar diferente, viram isso quando ele começou a usar as roupas que estava vestindo e não tinha orelhas ou cauda como os outros, porque, não importa a espécie a que pertençam, eles têm algo de animal, como orelhas, caudas ou até mesmo chifres, mas Gregorio não tinha nada.
Gregorio estava sentado perto de uma fogueira assistindo às danças dos machos para as fêmeas e batendo palmas, encorajando-os. Nisso, Ian senta-se ao lado dele.
Ian: Como você está se divertindo?
Gregorio: Está tudo muito divertido e animado, todos estão muito alegres. Mas estou um pouco tonto, acho que vou para minha cabana.
Ian: Quer que eu vá com você?
Já era de se esperar que Gregory estivesse no cio, e Ian sabia disso, mas como sempre, era apenas uma dor de cabeça, algo chato. Gregorio ficou olhando para as mulheres por um momento e falou.
Gregorio: Sabe, tenho 25 anos de vida e nunca tive um parceiro por mais de um mês, além dos meus pais, ninguém me deu carinho.
* Ian olhava e escutava atentamente.
Gregorio: Lembro-me quando meu pai dizia que eu encontraria a pessoa certa quando chegasse a hora. E meu pai dizia que não nascemos para ficar sozinhos, que só precisávamos ter paciência. Mas olhe para mim, acho que vou ficar solteiro para sempre. Sorri .
Ian: Você não tinha mãe?
Gregorio: Bem, meu pai Samuel era minha mãe, pois foi dele que nasci.
Ian: Então você nasceu de um homem?
Gregorio: Sim, pois ele era um ômega.
Ian: Você poderia me explicar?
Gregorio: Bem, a coisa é assim, de onde eu venho, assim como aqui, há homens e mulheres, mas há um segundo gênero, os alfas, ômegas e betas. Os alfas são como os pais, não importa se são homens ou mulheres, o mesmo acontece com os ômegas, eles são as mães, não importa se são homens ou mulheres, pois deles nascemos. Meu pai Samuel era ômega, por isso era minha mãe. Ele não gostava que eu o chamasse de mãe, então eu o chamava de pai. E então há os betas, que apenas as mulheres podem ter filhos, como vocês.
Ian: Você me disse que seu segundo gênero é ômega, certo?
Gregorio: Sim, esse é o meu gênero, embora eu seja meio que um ômega defeituoso.
Ian: Defeituoso?
Gregorio: Bem, o que aconteceu comigo foi que, quando eu fiz 18 anos, eu despertei como ômega, quando a maioria o faz aos 11 ou 14 anos, eu achava que seria um beta. Então eu quis encontrar um parceiro, mas ninguém queria ficar comigo.
Ian: Eu não entendo por quê, se você é bonito.
Gregorio: Eu disse a mesma coisa para alguns e fui ao médico por causa disso. Ele me disse que eu tinha problemas com minhas feromônios, que não tinham cheiro, era como um beta, mas ômega. Nenhum alfa se sentia atraído por mim, eles sentiam repugnância, não podiam ficar comigo. Eu tentei por muito tempo, passava meus cios sozinho, mesmo que não passassem de dores de cabeça, mesmo assim eu me sentia inútil. Meus pais me encorajavam muito a continuar tentando, até que um dia eles morreram. Uma lágrima cai Eu continuei tentando, inclusive com betas, mas o resultado era o mesmo, ninguém me queria, até que um dia parei de tentar e me conformei que ficaria sozinho, e então eu apareci aqui, conheci vocês e estou feliz por isso. Sinto que somos como uma família e gosto disso.
Ian ficou pensando em tudo o que o garoto disse.
Ian: Quero conversar com você.
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Atualizado até capítulo 20
Comments
Cleide Almeida
ah tô cm dó do Gregorio tomara q Ian acolha ele como companheiro
2024-02-13
5