Capítulo 15

Homem: Desculpa chefe, mais ela não usa o sobrenome Fontini, ela se apresenta apenas como Isabela Garcia, como eu ia advinhar que ela pertencia à essa família.

Paulo: Droga, agora eu vou ter que desistir daquele terreno, eu não posso me indispor com a família fontini, eu deveria ter imaginado que ela tinha uma carta na manga, quando ofereci dinheiro e ela não aceitou, ela é simplismente da familia mais rica que eu conheço, deve fazer isso como hobby, defende pobre só por diversão.

Paulo: Eu já sei até o que vou fazer para reverter isso a meu favor.

O Marcelo depois de sair do escritório do Paulo voltou para casa.

Isabela: Achei que você tinha voltado para o escritório.

Marcelo: Fui ter uma conversa com o Paulo Lagran, ele não vai mais fazer nada contra você, eu não sabia que você corria riscos assim, e só hoje eu fico sabendo que não é a primeira vez que é ameaçada.

Isabela: Mais não é arriscado, é raro algo desse tipo acontecer, as vezes tem um ou outro que como o senhor Paulo que acha que está acima da lei, não aceita perder uma causa aí quer partir para a violência, mais na maioria das vezes é só uma tentativa de me amedrontar.

Aline: Senhora eu mandei mensagem para minha amiga e falei o que aconteceu, ela contou para o líder da comunidade e ele quer saber se pode vir visitar a senhora?

Marcelo: Quem é esse cara e ele é líder de quê?

Isabela: Ele é o lider da comunidade que o senhor Paulo que desapropriar, esse terreno foi doado pelo pai dele, e agora que o terreno está valorizado ele quer tomar de volta.

Aline: Todos os advogados que pegaram o caso, esse empresário deu dinheiro para eles desistirem e a patroa não aceitou, e está fazendo tudo isso sem cobrar nada.

Marcelo: Porque você faz isso?

Isabela: Aquelas pessoas não tem quem olhe por elas, e além do mais não é uma causa dificil e eles só não estão ainda com a posse definitiva do terreno porque o senhor Paulo está evitando isso de todas as formas.

Marcelo: Você não quer ter o seu próprio escritório?

Isabela: Sim, mais não agora, quero acumular um pouco mais de experiência.

Marcelo: Você sabe que na hora que quiser você pode abrir o seu próprio escritório não sabe?

Isabela: Eu sei, o seu avô ofereceu abrir um escritório para mim.

Marcelo: E por que não aceitou, e prefere ficar trabalhando no escritório daquele imbecil?

Isabela: Porque implica tanto com ele? lá no hospital eu achei que vocês iriam brigar.

Marcelo: Não é implicância, eu só acho que ele explora você, e se tivesse seu próprio escritório ganharia muito mais.

Isabela: Ele não me explora, muito pelo contrário ele me ajuda muito, desde o estágio ele sempre procura me dá os melhores casos e me orienta sempre que tenho dúvidas, todo advogado recém formado sonha em trabalhar com Marcos.

Marcelo: Ele não é o único advogado bom dessa cidade, igual a ele tem muitos.

Aline: E então senhora o que digo para o Carlos?

Marcelo: A Isabela está se recuperando e não é bom ficar recebendo visitas.

Isabela: Eu estou bem, pode dizer que ele pode vir, já que não vou poder sair de casa esses dias é bom que posso adiantar algumas coisas com ele.

Marcelo: Você não para nem assim não é?

Isabela: Eu estou me sentindo ótima.

Marcelo: E não vai querer avisar para ninguém que você sofreu um acidente.

Isabela: Não precisa, só ia deixar eles preocupados à toa.

Marcelo: Tudo bem você quem sabe, Aline traga uma bolsa de gelo.

A Aline vai pegar e ele coloca no pé dela.

Isabela: Você não vai voltar para o trabalho?

Marcelo: Hoje não tinha nenhum compromisso importante, e o Victor pode cuidar de tudo por lá. Tá doendo o seu pé?

Isabela: Um pouquinho só.

Alguns dias depois, Isabela entrou com o processo para solicitar a ação de manutenção de posse ao juiz. A causa estava praticamente ganha, quando o Paulo Lagran em uma coletiva de imprensa anunciou que estava abrindo mão do direito ao terreno, e que ele ainda não tinha feito isso porque os moradores não quiseram falar com ele para entrar em acordo e também desde o início queria ter feito isso, mais os moradores da comunidade espalharam que ele queria tomar o terreno. O Carlos tinha ligado para a Isabela avisando que ele iria se manifestar a respeito da briga pelo terreno.

Marcelo: Que cara de pau, ele viu que não tinha chance, quis tirar proveito da situação para sair de bonzinho.

Isabela: O importante é que aquelas pessoas agora irão ficar tranquilas sem ter medo de perder o seu teto.

Marcelo: Você tem razão, vai sair agora?

Isabela: Vou ao shopping com minha irmã.

Marcelo: Você está lembrando que hoje é a missa do papai não é?

Isabela: Sim, eu não vou demorar, chego a tempo.

Ela vai encontrar com a irmã.

Manuela: Que bom que você veio, hoje é uma data muito triste e não gosto que o papai e a mamãe me vejam assim.

Isabela: Eu sei maninha, sempre que você precisar eu vou está ao seu lado.

Manuela: Pode parecer ingratidão, o papai e a mamãe sempre me trataram como se eu fosse realmente filha deles, mas eu gostaria muito de ter convivido mais com minha mãe e saber quem é o meu pai.

Isabela: Mais é claro que você é filha deles, as vezes eu esqueço que não temos o mesmo sangue, e não precisa ficar se escondendo deles, nossos pais entendem que você fica triste e você pode conversar com eles sobre sua mãe biológica, com certeza a mamãe deve conhecer muitas histórias sobre ela, já que eram melhores amigas.

Manuela: A única coisa que eu queria saber era a identidade do meu pai e isso ela não sabe.

Isabela: Podemos procurar nos pertences dela, alguma pista que nos leve a identidade dele.

Manuela: Será que a gente consegue encontrar alguma pista?

Isabela: Não custa tentar, não temos nada a perder.

Manuela: Você me ajuda a procurar maninha?

Isabela: É claro que ajudo?

Manuela: E você como está com o Marcelo?

Isabela: Ultimamente ele está mais atencioso comigo.

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