Sno ainda estava paralisada, não sei qual parte a fez ficar assim e também não está conversando com Luna, pois o seu olhar está diferente… Que merda, eu pedi apenas para ela ficar no quarto.
— Sno… Sno… — começo a chamar, pois, ela está parada no meio do quarto — Preciso que converse comigo.
— Companheira… — ela finalmente me olha — Que poha é essa?
— Bom, quando os lobos — ela começa a me dar tapas no peito me empurrando para a cama, os seus tapas não doíam nada e com isso acabo rindo a deixando mais nervosa.
— Eu sei o que é companheira.
— Então por que perguntou?
— Idiota — ela foi se afastando, mas a puxei caindo na cama com ela ao meu lado — Desde quando sabe disso?
— Desde o momento que te toquei.
Ela está muito irritada e já percebi que não contar ou contar pela metade as coisas para ela era sempre a pior decisão, pois a sua reação sempre era uma surpresa. Ainda com os olhares conectados, levo a minha mão no seu cabelo, os tirando de cima do seu rosto.
A minha companheira era linda, não sei ainda como posso ter essa benção, já fiz tantas coisas que por um tempo acreditei que essa maldição era a minha companheira. Ao sentir seu toque na minha pele, sinto o meu corpo vibrar, me deixando em alerta, agora certamente não era hora de Demon aparecer.
— Vem comigo.
— Para aonde? Não quero encontrar mais nenhum velho babão — Sno se recusa a levantar da cama se mantendo sentada.
— Quando pedi para você ficar aqui dentro e me esperar, você saiu, agora que quero te levar para conhecer o lugar, você resolve ficar dentro do quarto?
— Estava com fome animal — ela me responde se levantando e me empurrando quando passou por mim — Entediada também.
— Agora tenho um apelido?
— Queria te chamar de totó, mas Luna vai brigar comigo — ela abre a porta e como não me mexo ela volta me puxar pela roupa.
Sorrindo pego a sua mão que é tão pequena perto da minha e saio para os fundos da casa, quando percebi que ela estava olhando para todos os lados diminuo o passo.
Na verdade, não sabia para onde ir primeiro, porém antes de sair a vejo olhando para a cozinha, entro com ela e logo os empregados ficam tensos, mais ao fundo vejo a senhora se aproximar, ela olhava para Sno com admiração.
— Então esta é a escolhida — ela gira Sno três vezes e estava contando os segundos para ela perder a paciência.
— Depende.
— Você tem a língua afiada e maior que a boca criança — Sno apenas pende a cabeça para o lado.
— Não sabe nada sobre mim, então não tem o direito de me acusar…
— Isso é um elogio, criança, gosto disso — a senhora segura o rosto de Sno com as duas mãos — Duas almas antigas num mesmo corpo, você é mais interessante do que eu pensava.
— Continua — Sno volta as mãos da senhora no seu rosto que a olhava confusa e quando ela abre a boca Sno volta a falar — Calada, só coloque as mãos e faça o que fez agora a pouco, mas de boca fechada.
— Conseguiu se ver?
— Partes, o que era isso? — a senhora dá um beijo na testa de Sno, a convidando para se sentar.
— Sno, esta é a nossa xamã — entro no meio da conversa me sentando ao seu lado.
— Temos muito o que conversar, serei sua facilitadora se me permitir — Sno me olhava curiosa, mas eu também não sabia como iria funcionar, então apenas coloquei a minha mão sobre a sua coxa por debaixo da mesa.
Elas começaram a conversar, mas eu só conseguia pensar na minha mão e na sua perna, lentamente fui subindo ela devagar até que Sno a empurrou para seu joelho novamente.
Tive que segurar o riso, pois ela fez isso sem nem olhar para mim. Faço sinal para servirem a comida, como as duas não paravam de falar, puxo Sno para meu colo de uma vez, assustando não somente ela, mas todos ali na cozinha.
— Que merda é essa Dods?
— Vocês falam demais…
— Ele está com pressa para lhe mostrar tudo, depois ele te levará até a minha casa — Sno apenas sorria e confirma com a cabeça, pois havia acabado de colocar um pedaço de pão na sua boca.
Sno continuou a comer, ainda sentada no meu colo, isso me fez segurar o riso, mas não toquei no assunto, sabia que ela falar um “a” que ela sairia correndo. Aproveitei para comer também, assim poderíamos voltar mais tarde.
— Onde quer me levar?
— Em alguns lugares — ela dá um tapa na minha coxa e ameaça a sair do meu colo, me fazendo rir — Lugares que sempre vou quando quero paz, ou que são importantes para mim.
— Doeu me contar? — nego sorrindo ao ver o seu sorriso crescer no seu rosto, imagens dela toda machucada invade a minha mente e por segundos sinto vontade de voltar e queimar tudo.
— Podemos ir? — precisava de ar fresco, já sentia Demon se agitar dentro de mim e não quero que Sno o veja sedento por sangue.
— Sim — ela pega um pedaço de pão e enfia na minha boca enquanto sorria — Você está de cara feia e para mim isso é fome.
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Atualizado até capítulo 112
Comments
Luzia
Estou amando ler essa história é muito interessante e ela não tem medo de nada
2025-03-14
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Mariauna
kkkkkk que leitura boa estou presa na história
2025-02-09
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Ameles
cara feia é fome ou sono kkkkkk já diz o ditado
2024-12-13
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