A imagem dela lutando comigo dentro da água ainda não saia da minha mente, tem algo muito escondido dela que nem ela mesmo sabe sobre si, afinal ela em momento algum saiu para buscar ar.
Quando entramos na cidade já pedi para que ela não falasse com ninguém, muito menos saia sozinha, eu preciso resolver algumas coisas já que retornei e não posso ficar de baba neste momento.
Mas parece que ela veio para me afrontar mesmo, primeiro me chama de totó, se bem que isso explica o motivo dos carinhos, quem em juízo perfeito faz carinho em um lobo, ainda mais em mim?
Como tivemos a ilustre presença dos anciões na entrada da minha casa, não tive como escapar de uma reunião avisando sobre tudo que aconteceu, eles funcionam mais como uma espécie de conselho.
Tem dois apenas que estou torcendo para que morra logo, eles são os mais chatos e sempre arruma defeito em tudo, por isso oculto sempre muitas coisas, eles sabem disso, mas quando assumi o posto de alfa supremo eles perderam a voz de me repreender ou me cobrar qualquer resposta que fosse.
Faço de tudo para terminar o quanto antes a reunião e saio correndo até Brat, precisava encontrar o xamã, ou melhor, preciso que ele conheça a Sno. Eles certamente se darão muito bem.
— Estava à sua espera, garoto — ela é uma senhora bem velhinha, mas também muito sábia.
— Então também já sabe que retornei com ela.
— Jogar ela no ombro como se fosse um pedaço de carne não é a melhor recepção — é claro que ela viu, acabo rindo de nervoso enquanto ela nega com a cabeça.
— Poderia vir comigo?
— Quer a minha ajuda para o que precisamente?
— Gostaria que a conhecesse, ela tem habilidade com ervas e água.
— As habilidades dela vão muito, além disso, meu garoto, mas ainda não é o tempo certo de serem despertadas, ou melhor, não sou a pessoa certa para desertar.
— E quem seria?
— Vocês dois.
— Como assim? O que precisamos fazer?
— Você precisa ir meu garoto, receio que ela ficará em apuros e se demorar não vai conseguir evitar.
Saio dali correndo em minha forma de lobo e não consigo evitar de gargalhar por lembrar do totó, escuto Demon rosnar em resposta, mas logo estava rindo também. Ela, sem fazer nada, conseguia nos acalmar de forma imediata.
Ao chegar todos vão se afastando por estar ainda em forma de lobo, mas o que me assustou mesmo foi escutar a voz de Sno completamente alterada vindo da minha casa.
Brat vem ao meu encontro já me informando que ela saiu do quarto, mas não da casa e que o ancião veio arrumar encrenca, ele me pedia desculpas por não chegar antes, mas nós dois sabíamos que não era responsabilidade dele ficar de babá.
Merda eu pedi uma coisa simples era apenas ficar dentro quarto, deixei claro que não iria demorar e realmente não demorei, mas se ela estava apenas andando dentro de casa o que esse velho está se metendo?
Não me lembro de dar satisfação da minha vida para eles, estão perdendo o respeito pelo seu alfa? Pois faço questão de os fazer relembrar, não me importo quem seja mulher ou homem, novo ou velho, a regra é clara me afrontou morre da pior forma possível.
— Eu exijo ver a marca.
— Não vai tocar em mim, não tem direito a nada comigo — pelo menos concordamos nisso Sno.
— Você agora é desta alcateia e me deve respeito.
— Não te devo nada, o seu velho enxerido — p*ta merda, lá estava o temperamento calmo dela.
— Sua abusada, mostre logo essa marca ou será considerada apenas uma serva.
— Não vou mostrar nada — agora estou começando a entender a revolta dela sobre a marca, lá estava ela sendo novamente considerada uma serva.
— Levem ela — sinto o meu sangue ferver, se alguém tocar vai perder a mão, mas ninguém se mexeu.
— Ninguém vai tocar em mim e você, seu velho babaca, não manda em mim.
— Ela precisa apresentar a marca — ele gritava como se estivesse alguém morrendo.
— Acha mesmo que ele vai g0z@r na minha barriga e espalhar o seu g0z0 na minha testa e me chamar de simba? — preciso fazer um esforço tremendo agora para não rir, mas ao olhar Brat estava da mesma forma, acabo rindo baixo.
— Sua insolente — tudo fica lento na minha frente, consigo observar o momento exato que ele ergue a mão para acertar um murro em Sno, quando percebo já estou segurando o seu braço no ar enquanto ele me olhava completamente mortificado.
— Se tocar um dedo em minha companheira não será apenas a mão que irá perder — o jogo no chão o afastando de Sno que também resolveu paralisar — Isso fica de aviso a todos, quem tocar na minha companheira vai pagar com a própria vida — a puxo para meu lado abraçando sua cintura deixando todos de boca aberta — As regras se estendem a ela, se a ofenderem, traírem, ou desobedecer estarão cometendo essas ações contra a mim e acredito que todos aqui conhecem as regras e sabem o que acontece quando resolvem me enfrentar.
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Atualizado até capítulo 112
Comments
Nataly da Silva Ferreira Silva
amei a atitude dele .
2024-12-30
0
Joelma Oliveira
essa peste é das minhas 😂😂 não tem papas na lingua 😂😂😂
2024-11-15
3
Cátia Cristina 😉😘
kkkk
2025-03-13
0